Anjo Proibido

Cap 10

Clarys

Eu o vejo caminhar rapidamente em minha direção, me espanto mais não tenho pra onde correr ele já estava próximo demais, ele passa sua mão pela minha cintura e agarra minha nuca me olhando tão fixamente que eu fico bêbada com seu olhar, que olhos são esses que me prendem de tal forma que não o consigo repelir para longe. E como num passe de mágica minha corrente sanguínea entra em ebulição, nossos lábios estão selados com fúria e desejo, sinto a urgência que há em me ter para si, correspondo seu beijo quando sua língua pede passagem e a deixo entrar dançante em minha boca, ele me aperta contra si e sinto sua ereção, então ele para.

- Eu preciso de você viva será que não compreende isso ? Por favor Clarys - ele súplica com sua carinha de cachorro sem dono.

Depois de ter me explicado quase tudo eu ainda tinha muitas dúvidas, porém não obteria respostas ali, pois eram as mesmas que lhe atormentavam - Porque somente agora ? - era repetida várias vezes em minha cabeça a mesma pergunta

- Eu não vou embora Kamael - digo aflita quando vejo sua expressão mudar - Eu não posso, minha vida esta aqui, meu lar, meus amigos, do que adiantaria continuar aqui se não estarei viva de verdade ? Se não poderei me sentir viva Kamael ? - ele se afasta contendo a raiva - Corremos riscos todos os dias, seja no trabalho ou até mesmo em casa, nossa morte é iminente, eu trabalho com saúde e vejo isso acontecer todos os dias sem mais nem menos, pessoas se vão Kamael, estão bem hoje e amanhã morrem sem almenos sabermos a causa da morte, não fará diferença entre eu estar aqui ou fora de LA, se essa for a vontade de Deus assim se fará, não há para onde fugir, precisamos viver como se não houvesse amanhã e você mais do que ninguém sabe que é o que eu faço desde aquela época, vamos viver Kamael, eu e você - eu o trago para perto me entregando em seus braços esperando que me acolha, mas ainda sinto seu corpo rígido

- Eu não posso te perder Clarys, não posso - ele diz com seu maxilar travado

- Você não vai, eu só.. só preciso que esteja aqui, comigo - digo com meus olhos marejados e sinto um aperto no peito só de pensar em estar longe dele novamente, não sei o que ele desperta em mim mas é algo tão vivo que..que dói quando se afasta e não sinto seu calor - Eu senti tanto a sua falta nesses últimos dias - deixo escapar meu pensamento e fico vermelha na mesma hora.

Ele olha nos meus olhos não acreditando no que eu acabara de dizer, então avança em meus lábios mais dessa vez com paixão, com fogo.

- Ah minha pequena...porque você faz isso comigo ? - ele resmunga enquanto devora minha boca, sinto sua ereção latejar em seus jeans apertados e minha boceta encharcar com suas palavras, digamos que eu seja o tipo provocativa e não há nada melhor que o resultado positivo de um bom trabalho, ouvi lo gemer entre dentes é sinal de vitória, avanço o sinal vermelho escorregando minhas mãos para sua ereção e começo a baixar o zíper da calça, ele me beija com tal ferocidade que só faz encharcar mais ainda minha calcinha, ele puxa meus cabelos e sua língua dança descompassada em minha boca bem como nossa respiração, assim que eu o toco percebo quão grande ele é e me assusto com seu tamanho, minha boceta lateja querendo senti lo e eu sinto dor pela ansiedade em tê-lo dentro de mim e quando tento tira ló para fora ele me joga um balde de água fria e entro em colapso.

- Não - ele diz me deixando e meu corpo sente falta de seu calor - Eu não..não podemos Clarys..- ele diz angustiado e vejo em seus olhos que está contrariado pelo desejo que o queima - Está tudo errado, não podemos fazer isso, não podemos continuar com isso..- ele anda de um lado à outro

- Porque não ? Eu não entendo, você não me quer ? - digo sentindo uma dor em meu peito, rejeição.

- O que ? Como pode pensar isso ? - ele diz já alterado - Mais é claro que eu te quero Clarys, eu te desejo há tanto tempo..Ah se você soubesse tudo o que eu já imaginei fazer com você e fui obrigado a retrair tais pensamentos Clarys..- ele diz apreensivo e envergonhado

- Então porque não podemos ? - pergunto tentando me aproximar para tocar seu rosto e beija lo mas ele segura meu pulso no ar virando o rosto

- Eu tenho que ir - ele diz voltando ao seu modo Anjo hostil e desaparecendo num piscar de olhos.

Eu não consigo entender o porquê disso tudo, minha cabeça gira em torno de apenas um sentimento Raiva. Eu nunca lhe pedi que entrasse em minha vida muitos menos quis esse sentimento que me flagela cada vez que sinto sua presença, a dor e o vazio vão tomando conta do meu corpo e já não ouço mais nada ao meu redor, entao acabo dormindo ali mesmo no sofá da sala.

Me levanto completamente destruída, hoje o dia não será bom, estou com dores nos corpo todo por ter uma noite de sono espremida no sofá, a noite toda dormindo de mal jeito trouxera consequências. Tomo meu café e me apronto para o trabalho.

- Bom dia Dr.Clarys - Lis me comprimenta como sempre

- Bom dia - respondo ríspida e continuo meu caminho, ela me olha com espanto

- Aconteceu algo Clarys ? Você não parece nada bem..

- Eu estou ótima - a corto impaciente e ela levanta as mãos em sinal de rendição e me deixa continuar meu caminho.

O restante da semana passou tranquila, e os dias voaram, hoje já é quinta feira novamente, já faz uma semana desde que eu o vi e pude senti lo mais próximo a mim, essa última semana tem sido a pior da minha vida, nunca fui uma louca apaixonada mas não tenho sentido a vontade de viver que eu tinha antes dele aparecer na minha vida e me odeio por isso - O que ele fez comigo ? - me pergunto mentalmente, ele veio e levou tudo o que eu tinha, quando me lembro de seus olhos...Deus a lembrança daqueles olhos me tiram a paz que somente sua presença me traz, ele tem me destruído a cada dia dessa semana que se passou, aos poucos estou morrendo sem que eu perceba o quanto estou moribunda - O que eu penso que estou fazendo com a minha vida ? Eu não estou vivendo..oh céus - falo comigo mesma, eu preciso me reerguer, preciso me levantar e tomar as rédeas da minha vida novamente - Você não é assim Clarys Smith, você vai se levantar dessa lama e se colocar no papel da mulher forte, guerreira, com auto-estima e dona de si como sempre foi - digo encarando o espelho a minha frente mais ao sair do toalete toda aquela coragem se esvai ao passar pela grande sala vazia de meu apartamento e todas as poucas lembranças virem a tona, termino de arrumar minhas coisas e saio para trabalhar decepcionada comigo mesma.