Capítulo 3

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Sofia Adams

Abro meus olhos vendo a claridade invadir o quarto. Droga, esqueci de fechar a cortina e agora não irei levantar. O friozinho que entra pela quarto é tão suave e gostoso, me faz querer ficar o dia todo deitada, rolando sobre minha coberta quentinha e macia.

Mas se eu não levantar agora pode apostar que colocarei meus pés para fora da cama só a tarde. Jogo para o lado a coberta que cobria meu corpo, me espreguiço tentando de algum modo mandar essa moleza para fora do meu corpo. Calço minhas pantufas e dirijo-me ao banheiro.
Olhando para meu reflexo no espelho posso ver o quão parecida com minha mãe sou. Os olhos de um verde vivo, os cabelos escuros, a boca, o sorriso. Minha doce e amada mamãe que me deixou sem chão com sua partida. Me lembro como se fosse hoje, ela entrando naquele carro e levando consigo uma parte de mim, ninguém imaginava que aquela tragédia aconteceria, que ela não voltaria mais para os braços de sua família.

Até hoje papai sofre com sua ausência, eu ainda mais. Sinto falta das suas histórias, seus abraços calorosos, da sua presença. É difícil para mim, ainda dói muito. É algo que nunca poderei esquecer e nem pretendo. Ela é e sempre será meu anjo da guarda e sei que está me protegendo lá de cima.

Enxugo uma lágrima que insisti em cair. Sei que ela não gostaria de me ver triste. Descido não pensar nessas coisas, prefiro guardar somente as lembranças boas que tenho ao seu lado.

A água que cai sobre meu corpo me dá um certo alívio. Lavo meus longos cabelos. Estava até pensando em cortá-los, mas percebi que seria uma burrada e provavelmente iria me arrepender depois. Gosto deles assim, longos e macios.

Me enxugo na tolha e passo o hidratante no corpo, visto uma lingerie azul. Visto uma saia jeans que bate no meio das coxas e uma blusa branca de alcinha. Seco meu cabelo e o amarro num rabo de cavalo. Peguo um perfume e quando vou usá-lo um barulho estrondoso é ouvido fazendo o vidro escorregar de minha mão e se partir no chão.

Corro para a janela e vejo quando uns homens atravessam o portão e começam a atirar nos homens de meu pai.

O que está acontecendo?

Fico em alerta. Deus, meu pai. Sem pensar nas consequências saio correndo do quarto, desço a escada rápido sem me preocupar se posso me machucar ou não.

Vou em direção ao seu escritório e quando vou passando vejo Olga, nossa governanta.

__ Olga, onde está papai?_ minha voz sai trémula. Olga olha pra mim segurando as lágrimas. Oh não.

__ Está no escritório, mas não vá para lá minha menina._ pede segurando em minha mão. Ela está tremendo.

__ Por que? O que está acontecendo?

Só consigo pensar no pior.

__ Tem um homem lá, acho que é algum inimigo de seu pai, não vá...

Corro em direção ao escritório sem deixar que Olga terminasse de falar. Só quero ver meu pai. Estou sentindo um aperto aqui no coração. Ouço um barulho de vidro se quebrando. Oh meu Deus!

__ Saia de perto do meu pai._ digo para o homem que estava de costa para mim. Meu pai, está todo machucado, sangrando. Meu Deus. Meu coração se aperta e já não consigo mais controlar as lágrimas.

O homem vira-se para mim e posso ver o quão bonito é. Alto bem alto, aparenta ser forte e mesmo com aquele terno que parece ter sido desenhado para seu corpo posso ver o quão fortão ele é. Seu cabelo de um castanho escuro, quase preto, bem cortado, a barba por fazer o deixa charmoso e sexy mesmo tempo. Os olhos escuros quem estão a me encarar de um jeito que não sei como explicar. Como se ele pudesse ler meus pensamentos. Ele é tão lindo. Lindo não, é perfeito. Sua beleza extraordinário combina perfeitamente com sua cara de mau. Sinto meu corpo formigar.

Mas é esse homem que está agredindo meu pai, minha raiva volta. Tenho vontade de socá-lo.

__ Sofia, volte para seu quarto._ papai sussurra num fio de voz. Corro até ele.

__ Papai o que esse monstro fez com você?

Choro enquanto tento de alguma forma ajudar meu pai.

__ Nunca me disse que tinha uma filha, Adams._ sua voz é grossa e espalha ondas de calor para meu corpo. Que porra é essa?

__ Filha, saia daqui agora.

Pobre papai, parece está morrendo. Esse desgraçado quase mata meu pai. Minha única família.

__ Não vou deixar você aqui, ainda mais nesse estado._ tento ajudá-lo a levantar e sinto uma mão grande e forte me puxar para cima.

Escuto sua risada sarcástica.

__ Você é tola ou o quê, garota?_ seu rosto está bem perto do meu, e eu juro que minha vontade de socar a cara dele é grande.

__ Se desgraçado._ cuspo em sua cara e o babaca sorri. Ele levanta a cabeça e só agoro posso perceber que ele é realmente alto.

__ Devo confessar, sua coragem me impressionou.

Sinto tanta raiva desse homem que se tivesse a chance não pensaria duas vezes antes de mata-lo.

__ Solte ela. Seus assuntos são comigo.

O homem fingi não ouvir e aproxima seu rosto do meu novamente. Tento me soltar, mas é em vão. Ele é muito forte.

__ Tenho assuntos à tratar com ela também._ sussurra perto da minha boca, posso sentir seu hálito de menta. Os pelos de meu corpo de arrepiam.

__ Não tenho nada para falar com você.

Digo em sua cara. Ele balança a cabeça enquanto sorri.

__ Apartir de hoje, princesa._ me encara friamente._ Temos muito o que conversar.

E me larga, as palavras parecem sumir da minha boca. Não consigo falar mais nada

__ Agora volte para seu quarto caladinha e deixe-me resolver meus assuntos com seu pai. Garanto-lhe que não irei terminar meu serviço. Mas isso depende de você.

Seus olhos me encaram sem nenhuma expressão. Sinto um certo alívio. Olho para papai que apenas acena com a cabeça. Saio do escritório, mas aindo sinto um pouco de receio com o que esse homem pode fazer.

Agora uma pergunta que não quer calar é, o que ele quer comigo?

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
Primeiro capítulo da nossa menina.
Eai o que acharam?

Beijo!!!

Meu Perigoso Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora