Capítulo 6

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Sofia Adams

Finalmente ou infelizmente sábado chegou e hoje é a tal da festa que papai falou, por falar nele estou preocupada, ultimamente ele anda tão calado e tristonho, sei que ele não é assim e sempre que pergunto o que tanto o incomoda ele diz que são assuntos da máfia e faz questão de dizer para não me preocupar, eu finjo que acredito, mas ele que não pense que não vou descobrir o motivo.

Olhando-me no espelho posso ver o quão linda estou. Caprichei na maquiagem e passei um batom vermelho bem escuro, ondulei alguns fios do meu cabelo, e escolhi um vestido bem ousado, ele é longo e vermelho, tem uma fenda na perna e um decote que deixa meus seios bem chamativos, calcei um salto preto e pra finalizar coloquei um par de brincos que ganhei do meu pai no meu aniversário.

Eu estou linda e gostosa, pronta pra arrasar onde quer que seja, repito na minha mente e mando a insegurança embora.

Ao chegarmos no local me deparo com uma mansão enorme e bem chique, o dono deve ser muito rico e mafioso, claro. Por um mísero segundo havia me esquecido que não estou em um conto de fadas, muito pelo contrário, estou rodiada de bandidos mau caráter, dói saber que faço parte disso, mas é o destino que me aguarda.

O lugar está cheio de homens e mulheres, todos olham para nós, inclusive para mim. Será que exagerei no visual? Ah, meu Deus! Não posso ficar nervosa.

Recebo vários olhares maliciosos de homens, tento não ligar até porque já estou acostumada. Algumas mulheres me olham com deboche e eu as olho do mesmo jeito, não sou obrigada a aturar cara de cu de ninguém.

Um homem para ao nosso lado e começa a conversar com meu pai, tento ignorar o olhares que ele me dá. O papo deles dura mais que o necessário e resolvo dar uma volta no local, até agora não sei de quem é a festa. O olhares estão sempre em cima de mim. Caminho no meio daquela enorme multidão e um garçom passa por mim, pego uma taça de champanhe.

É impressão minha ou eu estou sendo o centro das atenções aqui? Até agora não entendi porquê todos olham para mim. Na verdade estou tentando não colocar coisa na minha cabeça, desde que fiquei sabendo dessa festa meu coração tem apertado, não sou boba nem nada, sei muito bem o que esse tipo de evento representa, estou tentando manter a calma.

__ Senhorita, Adams, seu pai pediu para me acompanhar. _levo um susto escutar a voz de um homem que me encara sem nenhuma expressão.

__ Onde ele está? Por quê não veio ele mesmo me chamar?

Confesso que fiquei com um pouco de receio e curiosidade. O homem apenas olhava para mim, nem piscava.

__ Apenas me acompanhe._ele deu um passo na minha direção e agarrou meu braço.

__Será que você pode me soltar?

Quem esse idiota pensa que é? O dono da festa. Pensando bem até pode ser, mas isso não dá o direito de me puxar assim.

__ Me acompanhe, agora.

Ainda segurando meu braço ele continuou ali, se é papai que me chama então não tem o que temer. Não é mesmo?

__ Tudo bem, eu vou. Agora solte meu braço que você está me machucando.

Ele me soltou e começou a andar e fez sinal para segui-lo, eu espero que seja meu pai mesmo. Paramos em frente à uma porta, ele bateu e alguém falou para entrar. Meu coração acelerou, minhas mãos começaram a suar frio.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa o brutamontes abriu a porta e me empurrou para dentro, ele nem entrou e saiu fechando a porta.

Antes que eu pudesse dar meia volta escuto papai me chamar e quando viro-me para falar com ele minha respiração falha. Eu não posso acreditar no que vejo.

O que esse desgraçado está fazendo aqui?

__ O que é isso papai? O que esse homem faz aqui?_pergunto nervosa, ele me encarava, me olhava intensamente. Papai chegou perto de mim.

__ Filha sente-se, nós precisamos conversar._ meu pai veio para tentar me fazer sentar, mas me afastei rapidamente.

__ Que conversar o quê, eu não tenho nada para falar, muito menos para esse homem. E você pai, o que faz aqui com ele? Por acaso se esqueceu?

Minha raiva era nítida, minha mãos começaram a tremer.

__ Querida se acalme, vamos, apenas sente-se e antes de qualquer coisa escute o que temos para lhe falar, por favor, Sofia.

Dava para ver que ele estava tentando se manter calmo. Eu me recusei a sentar-me de frente para esse monstro que apenas olhava-me como se eu estivesse nua.

__ Dá para ver que é uma menina bem mau criada, vamos ver até quando vai se comportar assim.

A voz dele fez meu corpo se arrepiar, ele tinha uma voz e um olhar capaz de intimidar qualquer um.

__ Se eu sou ou não mau criada não é da sua conta. _antes que eu pudesse pensar as palavras já haviam saido da minha boca.

Ele deu um sorrisinho de lado e continuou à me olhar com aquele olhar obscuro e intenso.

__ Que boca suja você tem minha linda, sei que vou adorar lhe ensinar como se deve falar comigo, já que seu pai não te deu educação.

Olhei assustada para meu pai. Como assim me ensinar? Do que esse homem fala?

__ Filha eu..._o cortei.

__ Pai que história é essa? Do que esse homem está falando sobre me ensinar sei lá o quê? E o que significa tudo isso?

Eu estava assustada, não sabia o que estava acontecendo e mesmo sem entender as palavras daquele homem me deu um certo medo.

__ Eu sinto muito, querida._papai falou, como assim sente muito? Alguém me explica o que está acontecendo. E antes de papai abrir a boca escutei da boca do mafioso.

__ A partir de hoje você é minha.

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
Fiquem ligadinhos que vem muitas surpresas por aí.
Bjo no coração!

Meu Perigoso Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora