Capítulo 5

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Sofia Adams

Havia se passado um mês desde que aquele homem foi em minha casa e durante esse tempo muita coisa aconteceu na minha vida.

Papai quase morreu por causa daquele bastardo, mas graças a Deus tudo deu certo e ele está terminando de se recuperar. Depois que voltei ao seu escritório e o vi desmaiado e seu corpo coberto de sangue entrei em desespero. Naquele momento imaginei o pior, não queria perder meu pai, a pessoa que mais amo nesse mundo. Ele ficou durante três semanas no hospital, estava muito fraco e parecia que à qualquer momento partiria pra sempre. Mas foi aí que Deus me provou o contrário.
Papai começou a reagir e a cada dia melhorava um pouco, aos poucos ele começou a falar e comer direito. Havia perdido muito sangue e seu corpo doía bastante por causa dos ferimentos. Ainda bem que ele estava desacordado quando tiravam os vidros de seu corpo, não quero nem imaginar o sofrimento que seria para ele. Fiquei tão feliz e aliviada por saber que ele estava bem. Se papai morresse não sei o que seria de mim sem meu grande herói. Ele pode ser um mafioso, mas é um homem bom. Eu o amo muito.

Durante esse tempo conheci André. Ele é estudante de medicina e não sabe que sou filha de um mafioso, se depender de mim nunca saberá. André tem se mostrado um ótimo amigo, está sempre do meu lado me fazendo sorrir, ele parece gostar de mim não só como amiga, finjo não ver. Não quero que ele entre nessa  vida que tenho e nem que saiba sobre a máfia. Tenho medo que algo de ruim lhe aconteça e por mais que também goste muito dele prefiro que as coisas fiquem como estão. Quero ele seguro e longe da máfia.

__ No que tanto pensa, princesa?_ assusto-me ao ouvir a voz de André, por um momento até me esqueci que estava ao seu lado.

Não estava muito à fim de sair de casa hoje, mas meu amigo dramático e insistente do jeito que é conseguiu me arrastar até aqui.

__ Estou lembrando que o aniversário do meu pai está chegando.

Falo a primeira coisa que vem em mente. Não posso lhe contar o que se passava na minha cabeça.

__ Hum. Por falar nele, quando irei conhecê-lo?_ pergunta enquanto toma um gole do seu café.

__ Já te falei que meu pai vive viajando e que é difícil encontrá-lo em casa. Prometo que algum dia apresento vocês.

Por mais que isso nunca vá acontecer preciso tentar dar um jeito nessa situação.

__ Sabe o que eu acho, Sofia?_ pergunta bravo.

__ Não sei e nem irei saber se você não me contar.

Reviro os olhos e o encaro. Dou um último gole no meu café. Já disse que amo café?

__ Acho que você não quer que eu  conheça seu pai. Toda vez que toco no assunto você inventa uma desculpa._ bufa irritado. Por mais que eu saiba que ele tem razão é melhor manter-me calada sobre isso.

__ De onde tirou isso, André? Não sei pra que tudo isso, se quer conhecê-lo vá atrás dele, mas não fique me culpando por algo que não tenho como evitar.

Eu também já estava sem paciência e acabei falando um pouco alto demais. As pessoas que estavam por perto nos olharam de imediato, inclusive meus dois seguranças que estavam numa mesa próxima de nós. Eles fizeram menção de levantar e antes que  fizessem olhei disfarçadamente e disse que estava tudo bem.

__ Me desculpe, princesa. Sei que não tenho direito de lhe cobrar nada.

Ele passa a mão no cabelo e me olha tristonho.

__ Tudo bem. Agora tenho que ir.

Começo a pegar minhas coisas enquanto André me olha.

__ Nos vemos depois?_ pergunta fazendo biquinho, não consegui não sorrir.

__ Sim, querido._ o abraço e saio do local, logo atrás meus seguranças. Sinto como se estivesse sendo observada e tenho certeza que não é por nenhum dos soldados de papai.

Logo a imagem daquele homem vem em minha cabeça e um frio percorre meu corpo. Sinto-me segura ao saber que os dois grandões já estão do meu lado.

Minutos depois chego em casa e subo direto para o quarto do meu velho. Abro a porta e o vejo sentado na ponta da cama, vou em sua direção e me junto à ele.

__ Como está papai? Está sentindo alguma dor?_ analiso algumas cicatrizes que ficaram em seu rosto e braços. Maldito daquele monstro.

__ Estou bem minha menina linda. Como foi seu passeio?

Papai me abraça de lado e retribuo.

__ Foi legal._ respondo simples.

__ Temos uma festa pra ir no sábado._ sua voz sai baixa e triste. Me solto dele com cuidado e o encaro.

__ Tem certeza que está tudo bem papai?_ pergunto preocupada.

__ Sim minha linda.

__ Pois não parece, te conheço à dezoito anos e sei que não está nada bem. O senhor parece triste, me conte o que aconteceu e por que fala dessa festa com tanta tristeza? Por acaso está me escondendo algo?

Olho diretamente em seus olhos para tentar saber alguma coisa, mas seu olhar é indecifrável.

__  Não estou escondendo nada e sobre a festa é porque você sabe o quando esse tipo de evento é chato.

__ Tem certeza?

__ Absoluta. Agora vem cá e dá um abraço no seu velho.

Nos abraçamos por um tempo e depois fui para meu quarto tomar um banho e gardar as coisas que comprei.

Papai que não pense que me convenceu com essa história.

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Meus amores, tinha trocado o nome da nossa personagem, mas voltei atrás e decidi deixar Sofia mesmo.

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