Incheon - Domingo

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Jungkook continuava dentro de seu pijama. Estava sentado na lateral da cama, de frente para a cama de Taehyung. Mantinha os cotovelos apoiados nos joelhos, que não paravam quietos, demonstrando a ansiedade que habitava seu corpo. Alternava o olhar entre seus dedos entrelaçados e o corpo parcialmente nu — já que estava coberto com o lençol — do irmão de sua namorada. Ficara a noite inteira naquela posição, praticamente.

Estava furioso.

Estava irritado.

Estava fora de si.

Não conseguia decidir se queria que ele acordasse para matá-lo, ou se o mataria dormindo mesmo. Passou a madrugada nesse dilema ético. O dilema moral vinha em relação à maneira que o mataria. Sufocado? Ou jogaria a cama em sua cabeça?

Viu o corpo do rapaz se remexer. Se fosse mata-lo sufocado, agora era o momento, pois o ruivo falso dava indícios que acordaria. Percebeu que pensou demais quando viu o mais velho se espreguiçar na cama.

Taehyung coçou os olhos e virou-se para o lado de Jungkook. Fitou o semblante sério do rapaz fitando-o e permitiu-se sorrir mínimo.

— Dormiu bem, Jungkookie?

Atrevido.

Não se atreveu a responder. Apenas pensou nas possibilidades existentes naquele quarto que poderia usar para forjar uma morte acidental. Olhava-o com tanta raiva, que quase se esqueceu de piscar.

Mais uma espreguiçada gostosa e lenta e então Taehyung se sentou, ainda com as partes mais íntimas cobertas pelo lençol.

— Eu podia acordar do seu lado sempre se você colaborasse. — disse durante um bocejo longo e preguiçoso.

O rosto ainda inchado e sonolento dava um ar quase infantil para Taehyung. No entanto ao se levantar, toda a inocência abandonou a áurea do rapaz, que exibiu as nádegas bronzeadas e redondinhas. Ele caminhou lentamente, levando o olhar de Jungkook consigo, até o banheiro. O pênis levemente ereto foi devidamente ignorado pelos olhos odiosos do mais novo.

Jungkook ouviu a porta do banheiro fechar atrás de si e bufou. Pressionou os olhos com os dedos numa tentativa falha de se acalmar. Dahyun não merecia a decepção de saber que o irmão era um pervertido sexual, mas ele próprio não merecia as investidas descaradas do mesmo.

Levantou-se em direção a mala e escolheu uma roupa para passar o dia. Definitivamente, estava de mal humor. Tinha certeza que nem as carícias mais fofas da namorada poderiam alterar seu estado de espírito. Ouviu a porta se abrir e virou-se rapidamente, trombou de propósito no ombro desnudo de Taehyung e entrou no banheiro, fechando a porta com violência.

Taehyung riu da situação e se deixou levar por um sentimento provocativo. Se o menor queria guerra, guerra ele teria.

— Duas coisas, Jungkookie, a primeira é que você deixou o banheiro limpinho, parabéns; e a segunda é que se você quiser tocar no meu corpo, não precisa esbarrar, pode pegar, não quebra. Juro que não vou odiar.

Riu com o silêncio do rapaz. Um pensamento malicioso passou por sua cabeça, fazendo-o sorrir ainda mais. Caminhou silenciosamente até a porta e a trancou, retirando a chave com cuidado e em seguida se sentou com um sorriso traquina, na sua cama, de frente para a porta do banheiro, colocou a chave embaixo de si, sabia que o menor provavelmente procuraria a chave.

Começou a estimular o próprio pênis de maneira lenta, abrindo as pernas levemente sem pressa. Logo uma excitação se fez presente, deixando as veias de seu pênis completamente em evidência. Mantinha os dedos longos e ágeis numa masturbação lenta e inicial. Sentia-se excitado só de imaginar a cara do Jeon ao sair do banheiro.

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