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-A gente não pode conversar. -ele me encarou -a gente deve conversar.
Nathan on
Não faço ideia do que aconteceu comigo naquela noite. Eu sei que eu estava bem, muito bem por sinal, e feliz por estar ali com a Julia. Me lembro de estar com ela em meu quarto e nossa, como aquilo estava bom... Mas aí do nada a Julia me para e diz que precisava ir urgente no banheiro pois tem um certo problema com sua bexiga. Achei engraçado ela ficar um pouco envergonhada por causa disso, mas não de um jeito ruim. Pelo contrário, só achei que vê-la envergonhada foi diferente de todas as personalidades dela que eu já vi. Uma Julia com vergonha não é algo tão comum assim.
Andamos até uma parte mais "vazia" da praia pra podermos conversar. Eu me sentei e convidei ela pra fazer o mesmo, mas ela negou.
-Eu to muito irritada pra sentar agora Nathan -Julia disse com a mão na cintura e se fosse em outro momento eu teria rido dela. -Só me explica logo isso pra eu poder voltar lá pra mesa...
-Ok -eu disse e comecei a preparar as palavras em minha mente -Ontem, quando você disse que ia no banheiro, eu fiquei lá te esperando voltar... Esperei por 10 minutos e nada de você aparecer! Realmente achei que você tinha me largado no meio do quarto ou ido pra outro lugar! -Ela me fuzilou com os olhos e antes de ela abrir a boca pra falar (provavelmente berrar, não a culpo) eu disse:
-Aí, eu me vesti e fui até o bar, pedir uma bebida, só que eu acho que o barman exagerou na dose porque me lembro dela descer rasgando pela minha garganta –Agora Julia parecia querer ouvir tudo até o final -acabei pedindo outra daquelas e virei muito rápido. Depois disso eu esqueci total do que eu disse e do que eu fiz ontem.
-Não me surpreende você não se lembrar de nada! Encontrei uma garrafa inteira de bebida embaixo da sua cama!
-E eu também não me lembro disso! -Eu disse e ela não parecia estar acreditando muito.
-Então como sabe que fez merda? -Ela parecia querer me testar para algo -E por que foi tão grosso comigo e com as meninas hoje de manhã?
-Eu vim te procurar pra perguntar o que tinha acontecido ontem e acabei ouvindo tudo o que você disse para elas –ela me encarou -Hoje de manhã eu agi daquele jeito porque até então eu achava que você tinha me deixado lá...
-Nathan, eu não sei... -Ela estava muito indecisa
-Julia me desculpa, eu não queria ter feito isso! Você sabe, não sabe? -Perguntei e ela encarou seus pés, parecendo pensar.
-O que você fez foi muito sério... E se você tivesse me machucado Nathan? -Ela disse e eu fiquei inconformado.
-Eu nunca levantaria a mão pra bater em você e em nenhuma outra! Pode me chamar de bêbado, doido o que for, mas eu não bato em mulheres! -Sua feição era de quem estava muito chateada. Eu falei a verdade pra ela, bastava ela acreditar ou não.
-Eu acho que isso é um sinal de que não devemos continuar com isso... -Ela disse baixo e eu não entendi
-Está com medo de mim? -Eu disse no mesmo tom, temendo pra que a resposta não fosse um "sim" de imediato
-Não... Mas se você voltar a fazer isso, eu terei –Ela disse cabisbaixa e eu a compreendi.
-Se é o que você quer, tudo bem –Eu disse e ela concordou com a cabeça. Então Julia começou a andar devagar até onde estava nossa mesa e eu a parei, de costas pra mim.
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Love In Contract
RomanceCamilla Lewis é uma jovem de 20 anos, nascida e criada em Boston, Massachusetts, mas que tornou-se órfã muito cedo. Seus pais, donos de uma das mais famosas empresas de Arquitetura e Urbanismo do mundo, morreram em um grave, porém suspeito, acidente...