Love In Contract

Cap. 25

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Essa conversa pode melhorar ou piorar o rumo da minha vida. Eu só espero que eu tenha feito a coisa certa.

Luis on

Estava na sacada do apartamento de Camilla, encarando o chão, quando me dei conta de que já estava ali a muito tempo e que muito provavelmente, ela logo viria ver se estava tudo bem. Mas não tenho culpa da demora, foi inevitável parar um pouco para pensar sobre aquela ligação. Respirei fundo antes de entrar novamente na sala e guardei meu celular no bolso. Entrei e Camilla estava de pé, em frente ao sofá em que estávamos antes. 

-Hey -Ela disse sorrindo ao me ver. Retribui o sorriso, porém não na mesma intensidade, pois não conseguia esconder minha feição preocupada, coisa que Camilla notaria.

-Você tá bem? -Perguntou vindo em minha direção. 

-Ah, tô bem sim -Falei e ela se recusou a acreditar.

-Não parece! Aconteceu algo? -Admiro a vontade que ela tem de querer me ajudar com meus problemas, mas a última coisa que eu quero é envolvê-la nisso.

-Na verdade, era meu pai no telefone e ele tá muito puto comigo por alguma coisa que eu fiz -Tecnicamente eu não menti.

-Aff, é sério? Alguma ideia do que seja? -Ela perguntou e eu tentei procurar algo na minha cabeça, que já estava lotada de coisas.

-Ér... Na verdade não, ele sempre tem motivos novos pra ficar puto comigo -Ri fraco e ela me acompanhou. 

-Tudo bem, eu entendo! Você... precisa ir? -Perguntou e tudo o que eu queria era dizer não.

-Para a minha infelicidade, sim -Falei e ela assentiu, com um semblante triste.

-Te levo até a porta! -Ela disse e eu neguei.

-Primeiro vou te ajudar com essa bagunça! -Falei reparando no tanto que aquela sala estava desarrumada. 

-Não se preocupa com isso, levo 5 minutinhos no máximo pra arrumar isso! -Falou e eu chacoalhei minha cabeça negativamente -Isso só vai deixar seu pai mais irritado com você, Luis! 

-Não ligo, falei pra ele que estava na casa de um amigo, mas não disse qual. É só eu falar que "ele" mora longe e tudo resolvido -Sorri e ela sorriu de volta, mordendo os lábios como se pensasse que é uma ideia ruim, mas que na verdade é boa. Aquilo só me fez ficar morrendo de vontade de beijá-la.

-Tá bem, vou levar essas... louças na cozinha e... você pode ir levando... -Ela começou a falar lentamente quando notou minha aproximação, até que se calou de uma vez.

Cheguei muito mais perto, a ponto de encostarmos nossos corpos e eu poder sentir sua respiração em meu rosto. Levei minha mão até uma mecha de cabelo que cobria seu olho e a afastei dali.

-Sabia que você é muito linda? -Falei sorrindo e pude ver suas bochechas corarem.

-E-eu... -Ela tentou dizer alguma coisa e eu ri de sua timidez.

Não esperei muito mais para poder juntar nossas bocas em um único movimento. Senti que ela sorria durante o beijo, o que me fez sorrir também. Desci minhas mãos pelas suas costas e ela pareceu se arrepiar. Então dei mais uma leve descida e apertei de leve sua bunda, o que a fez dar um pulo e começar a gargalhar.