16- Break

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Bom gente primeiramente queria agradecer a todos vocês que estão lendo e votando e principalmente comentando. É muito bom saber que vocês estão gostando da história. Quero pedir desculpas pelos erros anteriores  que são muitos, peguei a história inteira pra ler ontem e me assustei com aquilo, mil perdões, prometo que vou concertar.

E esse capítulo esta meio fofo, meio família. A partir daqui as coisas vão começar a ficar mais quentes e até um pouco pesadas, eu prometo, porém prestem bastante atenção no que a mãe do Miguel vai falar no final da história, isso vai repercutir e muito ainda.


Então é isso povo, boa leitura !! #Wegoncalves

-x-

- Você viu aquele garoto ? Ele insistiu umas noventa vezes pra eu sair com ele.- Caio parecia completamente revoltado.

-E qual é o problema ? Ele até era bonitinho.

-O problema é que ele me chamou pra sair, mas tinha que ser escondido, por causa dos amigos dele. – Caio acrescentou ainda irritado.

-Como assim ?

-Você é lerdo ou oque ? Os amigos dele não sabem que ele é gay e provavelmente o julgariam de forma errada, por isso tinha que ser escondido, não gosto desse tipo de coisa. Caio estava louco de raiva, um menino ia se aproximar dele, mas quando viu seu olhar quase quis sair correndo.

Não discuti com ele eu poderia sair ferido dali, então fomos lanchar no Burguer King, caio pediu batata tripla e dois refrigerantes. Fora o hambúrguer gigante que ele pediu. Aquele garoto tinha mesmo uma fome horrível. Eu pedi pouca coisa, um hambúrguer com salada e um suco de laranja, fomos nos sentar e lanchar.

- Cara, eu tinha até me esquecido disso.

-Disso o que Miguel ?

- De Kaike ontem, nós estávamos conversando e do nada parou um carro na nossa frente, era o André. Ele pegou o Kaike e levou pra algum lugar ontem. – Minha voz diminuiu, aquilo havia me deixado de fato muito triste.

-O que ? Eu não acredito ! Sinceramente oque aquele garoto foi fazer no carro do... Esquece ! Ele é um idiota Miguel, você não precisa se abalar por causa disso. – E do nada ele saiu da sua cadeira e se sentou ao meu lado, passando o braço em volta do meu pescoço como se estivesse me consolando. Depois disso ele me deu uma puta lição de moral e mandou eu esquecer o Kaike. Achava bem difícil, já que ele de um certo modo estava na minha vida.

Terminamos o lanche e fomos pra casa. Eu e Caio ficamos a tarde inteira comendo pipoca e assistindo filmes de comédia, o que realmente levantou meu astral.  Estávamos vendo "As Branquelas", eu já havia perdido as contas de quantas vezes eu já tinha visto esse filme, eu e Caio já sabíamos de todas as falas do filme. Esse foi o primeiro filme que vimos juntos, num sábado como este, e eu me perguntava diariamente como Deus pode colocar alguém tão... tão bom e que acima de tudo te faça bem na sua vida. Eu poderia casar com o Caio se eu não tivesse a mínima vontade de foder ele.

-O que você esta pensando garoto da bunda grande? – Caio me perguntou com a boca cheia de pipoca.

-Você vai me chamar assim durante quanto tempo? – Ele realmente iria me chamar assim durante muito tempo.

-Não sei ao certo, talvez quando sua bunda diminuir eu pare.

-Você é um idiota!

-Não, não sou não. Você é gostoso e deveria ter orgulho disso, quer dizer eu nunca te vi de cueca mas, a visão que tive foi tipo... céus que corpo! – Ele dizia as coisas aleatoriamente, mas eu sabia que ele não ia parar. Só havia um jeito de eu para-lo, se eu o assustasse.

- É Caio, você gosta do meu corpo? – Respondi tirando a camisa.

-Não disse que gosto, eu apenas disse que é bonito.

-Vamos lá Caio, assuma que você quer meu corpo. – Eu estava tentando desnorteá-lo e deixa-lo sem graça. Ele ficaria com tanta vergonha que não tocaria mais no assunto.

-Você é demente ou o que?

- Qual é Caio, você não gosta disso? – me levantei e abri o zíper da minha bermuda.

- NÃO FAÇA ISSO!

- O que foi? Você não gosta do meu corpo? Vou mostrá-lo pra você. – Eu havia tirado a bermuda e estava de cueca na frente dele, ele estava tão vermelho que eu poderia jurar que ao invés de água, ele iria soar sangue.

-Pare com isso, prometo que não falo do seu corpo ou da sua bunda. Aprendi a lição, agora vista-se! – ele estava com as mãos no rosto feito uma garotinha.

-Você é estupidamente ridículo Caio, eu devo dizer. – disse a ele entre os risos

-E você não aceita brincadeiras. Imagine se toda vez que eu te zoar você fica semi-nu na minha frente? Seu idiota.

-Cale a boca imbecil.

- Nossa quantos elogios, vocês já podem casar. – Minha mãe entrou em casa com Melissa atrás dela, Melissa veio correndo e abraçou Caio, logo depois me abraçou e subi para o seu quarto.

- Meu Deus que dia cansativo! – Minha mãe se sentou ao lado de caio roubando pipoca da sua mão.

-Ei, essa pipoca é minha!

- Corrigindo, era sua. Deixe de ser um bebê chorão. – Aquela era minha mãe? Oh céus.

- E por que todo esse cansaço?

- O escritório pegou um caso extremamente difícil do governo. Eles querem que nós juntemos provas ou pistas que levem a um grupo de jovens que vem se aliando com bandidos para o tráfico de drogas. Porém os meninos são espertos e os bandidos mais espertos ainda. Eles não deixam nenhuma evidência de como ou onde a polícia pode encontrá-los e mudam constantemente de lugar, é quase impossível pegá-los já que eles tem um tipo de organização incrível.

- E ai selecionaram a senhora pra tentar achar algo?

- Não só a mim, mas como a outros cinco advogados do meu escritório. Estamos trabalhando muito mas, não tem dado resultado. Quando pensamos que achamos algo é ai que voltamos a estaca zero.

-Nossa deve ser irritante. – Caio disse levando a pipoca para a cozinha. Geralmente se estivesse mais alguém aqui em casa minha mãe não falaria sobre isso, mas Caio não era um alguém, ele era o alguém. Minha mãe tinha total confiança nele já que ele me ajudara nos momentos difíceis da minha vida.

-E é irritante, eu poderia quebra a mesa a marteladas.

-Nossa, parece que eu já ouvi isso. – Caio se virou pra mim com ar de deboche, e logo depois pra minha mãe.

-Você é um merda sabia?

-MIGUEL! – Minha mãe havia gritado. – Sem palavrões na minha casa!

-Desculpe mãe.

-Se fodeu! – Caio apontava pra mim e ria escandalosamente

-CAIO! Sem palavrões na minha casa. – ela repetiu a fala trocando apenas meu nome pelo do meu melhor amigo.

-Desculpe mãe. –Ele também chamava a minha mãe de mãe pois ele dizia que era meu irmão. E eu não via problema nenhum com isso.


E assim foi nosso fim de dia, rindo brincando e conversando sobre variados assuntos, o que na verdade era agradável. Um momento em família.

Forget ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora