28- Go Home...

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Nossaaaaaaaaa! meu amigo me mostrou a foto do livro hoje e meu deus... 20k. Graças a vocês a história está entre uma das mais lidas junto com histórias que eu amo e leio sempre, obrigado por lerem, por votarem, por comentarem, por aguardarem eu postar os capítulos. Isso diz muito a mim, obrigado mesmo galera.

E nós estamos nos encaminhando para o final da história :( , sim nós estamos, temos alguns capítulos ainda que vão deixar vocês loucos da cabeça, então continuem lendo.

Beijos e boa leitura XD

#Kaike

De uns tempos pra cá as coisas ficaram realmente... Diferentes se é que posso chamar assim. Minha vida mudou de cabeça pra baixo de uns dias pra cá, tanto no bom quanto no mal sentido, só que eu não esperava que isso fosse acontecer... Não agora.

Nós estávamos agora no IML de Botafogo, eu fui obrigado a ir porque eu era o único parente que realmente se importava em reconhecer o corpo do meu pai. Ele foi tão merda com todo mundo que sua família foi deixando ele aos poucos. Talvez o amor de filho e pai que eu sentia por ele – meso ele não sentindo por mim – que me manteve ali. Meus outros parente não tinham obrigação de ir ao enterro ou suportar nada que dissesse repeito a ele. Pra ser muito sincero, ninguém gostava dele! Minhas tias no natal nos convidavam por minha causa, eu descobri isso com 15 anos ouvindo uma conversa delas na cozinha da casa da minha tia Vera.

“A mãe dele sumiu e o babaca trata o filho feito um animal, ele é um idiota. Só convido por causa do menino, eu tenho tanta pena dele. A mãe foi embora e o pai é um filho da puta sem alma, pobre menino.”

Eu definitavamente não era um caso de caridade, nem gosto que os outros me chamem de coitado. Você só é coitado a partir do momento em que você se permite ser coitado.

- Amor ? Você está bem? – Miguel pos a mão na minha coxa tentando me trazer de volta a terra. Desde que saimos de sua casa ele vem me chamando assim, “Amor” “Ka”. Não que eu reclamasse, estava adorando o tratamento mas, ele pensava que meu mundo estava desabando naquele momento pela perda do meu pai, o que na verdade não era verdade. Eu estava triste, mas não sofrendo, isso passaria.

- Estou, só não gosto de ver corpos!

- Tá vendo? O que eu sempre digo? Porra vocês nunca me ouvem caralho! Quando eu digo que toda essa merda é assustadora vocês dizem que não, corpos asustam sim! – Ele estava gesticulando e falando alto dentro de um necrotério, o que não poderia ser mais engraçado. Eu ria muito e seu sorriso irradiou a sala inteira. Ele estava feliz por me fazer rir.

- Você só é um medroso Mi, assuma!

- Eu sou, mas sabe qual o meu maior medo? Te perder!

- Oh não... Sem frases clichê, somos um casal descolado lembra?- Ele tinha dito que nada de normal se encaixava no nosso relacionamento. Que éramos diferentes e nosso amor tinha que ser assim também.

- Ok mas, nenhum espaço para o romantismo sr. Somos modernos?

- Mas sem frase feitas!

- Eu te amo! – Ele selou nossos lábios

- Isso é o suficiente!

Depois disso uma moça loira, alta e linda pra ser bem sincero nos chamou para irmos até a sala de recohecimento. Miguel foi autorizado a entrar comigo com a desculpa de que era meu primo, mesmo a loira tendo olhado pra nós com ar de suspeita ela deixou, provavelmente necrotérios não é um lugar para falar de suas vida fora do acontecido não é mesmo? Nos encaminhamos até a sala e entramos. A sala era muito fria e haviam alguns corpos cobertos com lençóis brancos. Tinha uma senhora saindo da sala pela outra porta, ela chorava muito e tinha uma mulher atrás dela, provavelmente sua filha. A onde de tristeza que aquele lugar emanava era nítida, você sentia vontade de chorar só de entrar no lugar.

Forget ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora