31- Descobertas

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#Caio

Eu sempre tenho idéia fodas e costumo me vangloriar por elas (Como agora). O sono no nariz do meu melhor amigo foi uma das mais brilhantes que eu já tive, mesmo que ele não concorde. Nosso discuso de que Miguel tinha sido assaltado foi completamente convincete quando chegamos no portão do Gabriel e apertamos a campainha, ele nos convidou pra entrar e cuidar do Miguel, cuidat tipo... Literalmente.

Nós entramos pelo menos caminho da festa, porém passamos direto pelo grande salão de vidro e fomos para a casa rosa. A casa era sem sombra de dúvidas um cenário de novela das 9, completamente arrumada e linda, a decoração não deixava desejar em absolutamente nada.

Nós subimos e ficamos em um quarto de hóspedes enquanto o bonitão ia no banheiro pegar uma caixa de primeiro socorros.

- Eu vou agora, você enrrola ele e eu já sei o que eu vou dizer! – Eu disse sussurrando ao Miguel.

- Não faça nenhuma bobagem! – E eu não iria fazer, com sorte eu resgataria o meu celular e se possível descobriria mais coisas.

- Gabriel onde tem água aqui?

- Na cozinha, você pode descer e pegar lá. – Ele estava amistoso demais, era o efeito “Miguel” sobre ele. Era nessas horas que eu via a integridade de Miguel, mesmo o garoto tendo feito o inferno na vida dela tempos atrás ele continuava firme. E agora, Gabriel é louco pelo Miguel, se ele quisesse Migue o teria na palma de suas mãos, porém ele nunca cogitou se vingar. Ele diz que o pior castigo ele receberia da vida, talvez sim, eu não esperaria pra ver.

Sai do quarto e logo me direcionei ao final do corredor, meu palpite ea que o quarto do Gabriel era o do ultimo corredor. Eu andei até lá, abria a porta devagar e não havia ninguém lá, apenas pouca iluminação do sol. Fechei então a porta e fui para a porta em frente... BAAAAM, na mosca!

O quarto dele era uma bagunça, as paredes todas em azul e haviam alguns posters de cantores e bandas lá. Resolvi arriscar e ligar para o meu celular, o que eu não tinha feito desde então, Liguei e o barulho não estava longe, apenas abafado, meu celular estava no cômodo!

Indo em direção ao barulho cheguei ao primeiro guarda roupas, sim porque haviam dois guarda roupas. Nunca vi ninguém ter tanta roupa assim que precise de dois. Abri a porta do meio e tinham três divisória, a divisória do meu o visor estava aceso alertando sobre a chamada do celular de Miguel. A capinha da Beyoncé não deixava dúvidas, meu celular estava ali, Gabriel tinha roubado meu celular!

Peguei o mesmo e coloquei dentro das calças depois de desliga-lo. Fechei o armário e estava pronto pra sair quando algo me imcomodou... Dois guarda roupas? Pra quê?

Voltei e abri o que estava o meu celular... Apenas roupas e três celulares contando com o meu. Fechei-o e abri o segundo, cjuo a porta era de correr, então... Eu fiquei espantado.

Dezenas de celulares separados organizadamente por marca em divisórias dentro do guarda roupas. O pânico era tudo o que me consumia naquele momento, um frio correu a minha espinha e por um momento eu não consegui me mexer, eu não sabia se estava na casa do Gabriel ou assistindo a um noticiário informando apreensão de celulares, era surreal.

Peguei o celular o Miguel e por instinto tirei uma foto, fechei o guarda roupa correndo e sai do quarto, estava indo em direção a cozinha quando a voz grossa me cortou no meio.

- O que você esta fazendo aqui? – James, o bruta montes amigo de Gabriel, provavelmente parceiro de crime, estava de pé em uma das portas e por pura sorte não me viu saindo do quarto do Gabriel.

-Eu me perdi, Miguel foi assaltado e eu vim buscar água. – Fiz o máximo que pude pra manter minha voz normal, e no fim acho que consegui.

- Você está indo para lado errado baby, é por aqui. – Ele passou na minha frente e pos a mão acima da minha bunda antes de andar, espinha congelada novamente. Mesmo ele sendo gostoso eu não tentaria absolutamente nada com ele.

Ele me levou até a cozinha e me deu o copo de água, fazendo questão de enchê-lo pra mim, e quando entregou suas mãos tocando as minhas, deslizando pelo meu braço até cair e voltar ao seu lugar. E aquilo me assustou pra casete, eu estava na casa do amigo dele que era louco pelo meu amigo, se eu não tomasse cuidado as coisas sairiam dos trilhos aqui.

Depois de terminar de beber meu copo de água eu voltei com ele para o quarto onde estávamos antes, no caminho sua mão tentou voltar a parte de cima da minha bunda, porém foi cortada com um tapa daqueles de estalar e fazer barulho. Qualquer um provavelmente diria “Ai” ou me bateria de volta, ele apenas riu da minha irritação, sádico!

- Por que você demorou tanto? – Miguel estava já com um curativo no nariz enquanto Gabriel fazia carinho no seu braço, pra alguém que rouba celulares ele estava bem fofinho com o Miguel ali. Enquanto Miguel parecia que ia por o baço pra fora a qualquer momento.

- Eu me perdi!

- E eu o ajudei a se encontrar. – James sorriu atrás de mim, sua voz tomou conta do cômodo por ser grossa e imponente. Aquele “Joguinho de sedução” já estava me cansando... Mesmo.

- Bom Gabriel nunca pensei que fosse dizer isso, mas, obrigado por ajudar, nós vamos levar ele pra casa e depois decidimos o que vamos fazer ok? – Eu disse já puxando Miguel pelo braço e caminhando pra fora do quarto.

- Mas vocês podia ficar, querem um lanche?

- Minha mãe deve estar preocupada de qualquer maneira e nós realmente temos que ir. – Miguel disse talvez com tanta vontade de sair de lá quanto eu, nós poderíamos ser pegos a qualquer momento.

-Tudo bem então. – Gabriel concordou parecendo triste, ele nos levou até o portão prata e logo depois se despediu, eu me perguntava onde Kaike tinha se enfiado.

Andamos lentamente, viramos a rua e eu comecei a correr, sabe quando o pânico toma conta de você e tudo o que você quer fazer é correr? Era exatamente o que estava acontecendo comigo. Corri até o fim da rua e na esquina dei de cara com o Kaike, tão apavorado quanto eu.

- MAS QUE MERDA! EU IA CHAMAR AS FORÇAS ARMADAS SE VOCÊS NÃO SAISSEM DE LÁ! – Ele começou a gritar e aquilo não poderia ser mais reconfortante, eu o abracei e ele me abraçou de volta, depois passamos por eu e Miguel e logo depois os pombinhos se beijando e se agarrando.

- Parem de se comer e apenas vamos pra casa. Se aquele idiota descobre que tem um celular faltando ele pode vir atrás de nós!

- Você conseguiu? – Kaike estava boquiaberto

- Querido... Sou tão poderoso quanto a Beyoncé, mando matar em questão de segundos! – estalei os dedos e comecei a andar e todos riram. Nós andamos rápido, porém ainda batendo papo e se divertindo, meu celular permaneceu no bolso o tempo inteiro até o trajeto a casa de Miguel. Quando chegamos o detetive Pires estava encostado no seu carro preto sinistro e quando nos viu, mandou que nos apressássemos.

- Olá meninos! – sua voz era de um estrondo que jamais havia ouvido, era aquele tipo de voz que quando ouvida arrepiava toda a sua espinha e você ficava mole. Sem sombra de dúvidas o homem era apaixonante.

- Bom... Pelo falo de você estar aqui não temos uma boa notícia! – Eu disse e o que era a mais pura verdade.

- Então eu só trago notícias ruins? – Ele disse debochando do que eu falei típico do idiota.

- Apenas diga logo!

- Bom, a notícia é boa e ao mesmo tempo é preocupante!

- Sem mistérios detetive, apenas solte tudo de uma vez. – Mesmo que você ficasse sem ar era mais fácil do que enrolar tudo e não dizer nada. Provavelmente você teria que repetir tudo outra vez.

- Bom, Laura a mãe do André foi solta e liberada na noite de ontem. Nós chegamos à conclusão de que ela está encobrindo alguém. Seu segundo depoimento não bateu com o primeiro e a arma encontrada não era a dela, sua versão se tornou tão verdadeira quanto o homem de ferro.

- E com o que nós deveríamos nos preocupar? – Kaike perguntou atrás de mim.

- Bom... Na manhã e hoje encontramos um corpo jogado em um aterro de entulhos no centro e... O corpo era do André. Ele está morto!

Forget ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora