10- Sem escapatória

68 7 0
                                    


*~* Adelaide narrando *~*

Já havia alguns dias que eu estava a tomar as pílulas anticoncepcionais. Durante este período, poucas foram as vezes que vi o líder do tráfico.

Agradeci aos céus por isso, mas sabia que logo mais ele voltaria e me faria perder algo que tanto zelei por todos estes anos: a minha virgindade.

Sempre fui muito sonhadora e confesso que os romances clichês e contos de fadas que eu costumara ler antigamente me fizeram ter uma visão muito idealizada do amor e de como as coisas deveriam ser.

Eu sonhava com um conto de fadas, mas atualmente minha vida mais se parecia com um filme de terror.

Me ponho a chorar, após refletir sobre o caos em que eu me encontrava. Não tinha notícias de meu pai, mas sabia que o mesmo não estava bem. Eu havia o contrariado mesmo sabendo o quanto ele repudiava isso.

- "Me perdoa, pai" - Sussurrei para mim mesma antes de ser vencida pelo cansaço e me entregar de vez ao sono.

*~*~*~*

Mãos balançam-me incansavelmente, abro os olhos com dificuldade devido aos fortes raios solares vindos da janela que acabara de ser aberta e de imediato não identifico a pessoa ao meu lado.

- Pensei que estivesse morta, cara pálida. - A pequena loira azeda diz enquanto recolhe uma caixa média vermelha do canto esquerdo da cama.

- O que está fazendo aqui? - Pergunto rispidamente.

- O chefe mandou-me lhe entregar isto. - Falou e atirou a caixa sobre mim.

Abro a mesma e logo me deparo com algumas peças íntimas pretas e extremamente vulgares.

- Para quê isto? - Questiono-a mesmo já tendo em mente para quê eu iria usar aquela lingerie.

- Não se faça de sonsa, fofa. Ele quer te foder, porém creio que desistirá e irá me procurar logo após se deparar com essa sua cara de enterro. - Falou-me com desdém e prontamente retirou-se da suíte.

Coloco a lingerie novamente dentro da caixa e jogo-a para longe de mim. Tapo o rosto com as mãos e respiro fundo.

Hoje será o pior dia da minha vida.

*~*~*~*

A contra gosto, levanto-me da cama e sigo para o banheiro. Encaro o espelho e sou obrigada a dar certa razão à loira azeda, estou horrível!

Lavo o rosto e escovo os meus dentes.

Após encarar meu reflexo desprezível por alguns instantes, resolvo encher a banheira para me banhar posteriormente, me dispo enquanto isso.

Eu precisava relaxar.

"É apenas uma droga de virgindade, Adelaide." - Penso alto, enquanto entro na banheira e despejo alguns sais de banho.

Olá, gente lindaaaaaaaaaaa!!!

Espero que estejam a gostar da Estória.

Por favor, não se esqueçam de votar e comentar muitoooo

Beijos <3

Nas mãos de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora