3- A proposta

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*~* Adelaide narrando *~*

- Quem é você? - Perguntou furioso.

- Adelaide, vá embora. Corra! - Meu pai conseguiu dizer, antes que um dos membros da gangue se aproximasse e colocasse novamente a fita adesiva sobre sua boca, tapando-a.

- Peguem-na! - O líder ordenou, antes mesmo de eu sequer pensar em fugir.

Dois homens extremamente altos se aproximaram de mim e agarraram meus braços com força, arrastando-me até o chefe.

- Me soltem! Vocês estão me machucando! - Gritei e me debati o quanto pude na falha tentativa de conseguir me libertar dos grandalhões.

- Quem é você? - Repetiu sua pergunta, enquanto penetrava-me com o olhar.

- Adelaide Kane - Respondi coberta de medo daquele homem, mas não deixaria isso transparecer. Eu não iria fraquejar apenas com um olhar - Sou filha deste homem. - Apontei para meu pai.

O líder não desviava os olhos de mim, sequer piscava. Permaneceu alguns minutos, que me pareceram uma eternidade, observando-me minuciosamente.

- E o que veio fazer aqui? - Questionou, aproximando-se ainda mais de mim.

- Eu vim salvá-lo! - Respondi celeremente.

Todos em volta caíram na gargalhada, menos o líder que agora pairava os olhos em meu corpo.

O mesmo ordenou para que todos se calassem e voltou novamente sua atenção para mim.

- E como pretende fazer isso? Você tem o dinheiro?

- N-não, eu... Eu não tenho, mas... - Gaguejei e, antes que eu pudesse terminar o que tinha a dizer, o mesmo me interrompeu.

- Soltem-na. - Ordenou e rapidamente seus capangas me libertaram dos fortes apertos no pulso. Olho para os mesmos e observo as marcas roxas deixadas em minha pele, até que a voz forte e grossa do líder do tráfico me faz desviar o olhar para o mesmo - Você tem cinco segundos para sair daqui, caso contrário morrerá com ele. - Disse já se preparando para reerguer a arma e terminar o que havia ido fazer ali.

- Não! - Gritei novamente desesperada.

O chefe bufou, virou-se em minha direção e mirou a arma em minha testa.

- Saia agora! - Falou entre dentes.

Naquele momento, eu já não me importava mais com suas ameaças. Permaneci imóvel e, após cerrar os olhos, sussurrei:

- Então mate-me.

Esperei pelo tiro, mas ele não veio. Abri os olhos devagar e me deparei com um par de olhos negros ardendo em fúria.

Suas mãos rapidamente me alcançaram e me empurraram de encontro à parede mais próxima.

Uma de suas mãos pressionava meu pescoço, enquanto a outra apertava fortemente minha cintura.

- Você quer mesmo morrer junto com o velho imundo?! - Rosnou.

- Não. - Respondi, deixando-o confuso - Eu quero que faça uma troca.

- O quê?! - Questionou-me atônito.

- Mate-me e deixe-o viver. - Propus sem pensar duas vezes.

O chefe pareceu pensar em minha proposta e, retirando lentamente a mão de meu pescoço, me deu sua resposta.

- Eu o libertarei. - Falou, enquanto deslizava sua mão sobre meu corpo. Congelei ao seu toque. - Mas em troca você será minha submissa.

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Nas mãos de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora