*~* Adelaide narrando *~*
- Quem é você? - Perguntou furioso.
- Adelaide, vá embora. Corra! - Meu pai conseguiu dizer, antes que um dos membros da gangue se aproximasse e colocasse novamente a fita adesiva sobre sua boca, tapando-a.
- Peguem-na! - O líder ordenou, antes mesmo de eu sequer pensar em fugir.
Dois homens extremamente altos se aproximaram de mim e agarraram meus braços com força, arrastando-me até o chefe.
- Me soltem! Vocês estão me machucando! - Gritei e me debati o quanto pude na falha tentativa de conseguir me libertar dos grandalhões.
- Quem é você? - Repetiu sua pergunta, enquanto penetrava-me com o olhar.
- Adelaide Kane - Respondi coberta de medo daquele homem, mas não deixaria isso transparecer. Eu não iria fraquejar apenas com um olhar - Sou filha deste homem. - Apontei para meu pai.
O líder não desviava os olhos de mim, sequer piscava. Permaneceu alguns minutos, que me pareceram uma eternidade, observando-me minuciosamente.
- E o que veio fazer aqui? - Questionou, aproximando-se ainda mais de mim.
- Eu vim salvá-lo! - Respondi celeremente.
Todos em volta caíram na gargalhada, menos o líder que agora pairava os olhos em meu corpo.
O mesmo ordenou para que todos se calassem e voltou novamente sua atenção para mim.
- E como pretende fazer isso? Você tem o dinheiro?
- N-não, eu... Eu não tenho, mas... - Gaguejei e, antes que eu pudesse terminar o que tinha a dizer, o mesmo me interrompeu.
- Soltem-na. - Ordenou e rapidamente seus capangas me libertaram dos fortes apertos no pulso. Olho para os mesmos e observo as marcas roxas deixadas em minha pele, até que a voz forte e grossa do líder do tráfico me faz desviar o olhar para o mesmo - Você tem cinco segundos para sair daqui, caso contrário morrerá com ele. - Disse já se preparando para reerguer a arma e terminar o que havia ido fazer ali.
- Não! - Gritei novamente desesperada.
O chefe bufou, virou-se em minha direção e mirou a arma em minha testa.
- Saia agora! - Falou entre dentes.
Naquele momento, eu já não me importava mais com suas ameaças. Permaneci imóvel e, após cerrar os olhos, sussurrei:
- Então mate-me.
Esperei pelo tiro, mas ele não veio. Abri os olhos devagar e me deparei com um par de olhos negros ardendo em fúria.
Suas mãos rapidamente me alcançaram e me empurraram de encontro à parede mais próxima.
Uma de suas mãos pressionava meu pescoço, enquanto a outra apertava fortemente minha cintura.
- Você quer mesmo morrer junto com o velho imundo?! - Rosnou.
- Não. - Respondi, deixando-o confuso - Eu quero que faça uma troca.
- O quê?! - Questionou-me atônito.
- Mate-me e deixe-o viver. - Propus sem pensar duas vezes.
O chefe pareceu pensar em minha proposta e, retirando lentamente a mão de meu pescoço, me deu sua resposta.
- Eu o libertarei. - Falou, enquanto deslizava sua mão sobre meu corpo. Congelei ao seu toque. - Mas em troca você será minha submissa.
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Nas mãos de um traficante
RomantizmAdelaide Kane é uma jovem rica que acabara de perder tudo. Seu pai, Otto Kane, vai à falência, após afundar-se em meio a dívidas provenientes da compra de drogas ilícitas, necessárias para suprir seu vício. Gustavo González, o líder do tráfico, exi...