O Daniel avô irrompeu esbaforido na sala de comando e não estava mais triste. Os seus olhos mantinham com o vigor de sempre.
– Cancelem a minha última ordem e chamem a frota – disse, muito decidido. – Vamos invadir o planeta em vez de o destruir.
– Sim, senhor – respondeu o imediato bastante aliviado, mas duvidando um pouco da sanidade do governador. – Senhor, posso saber o motivo da mudança repentina?
– Ele está vivo; a nave não explodiu e voltará para nós – respondeu, soltando uma tremenda gargalhada.
Embora não acreditassem muito nisso, todos desejavam que fosse verdade. O ânimo melhorou aos poucos. Sentado na cadeira de comando, o comandante relembrava os últimos minutos.
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"A mão suave tocou no seu ombro. Ele abriu os olhos e pensou que teve uma visão da imaginação, mas ela só podia ser real porque sentia o toque.
– Meu filho, não chores.
– És a minha mãe mesmo? – perguntou olhano para o rosto daquela que foi a mulher do neto antes de ser assassinada. – Não é fruto a minha imaginação?
– Claro que sou, meu filho, mas estou com a última forma que tive. Ora, Daniel, a única diferença quase que é apenas a cor dos cabelos. O teu pai sabia, sempre soube.
– Ele disse-me mais de uma vez – afirmou o governador, secando uma lágrima. – Mas a verdade é que, entre ouvir e presenciar, há muita diferença. Só que agora ele também se foi e voltei a perder os meus pais pela segunda vez..
– Não, filho. – Jéssica sorriu e fez-lhe um carinho no rosto. – Ele está vivo, assim como toda a tripulação. Alguns sofreram arranhões, mas ninguém morreu, embora haja um em estado grave.
-Eu vi a nave explodir, mãe! – disse o Daniel avô, desesperado. – A explosão foi tão brutal que abriu um rasgo no espaço-tempo. Foram destruídos e tragados para o hiperespaço...
– Filho, ele voltará – insistiu a mãe. – Está com a nave avariada a centenas de milhares de anos luz daqui, mas voltará. Acredita nisso porque ele é o teu neto, mas também é o teu pai e nenhum deles jamais sucumbiu à derrota, nem mesmo com a minha morte. O filho que espera vai lhe dar toda a força de que precisa, se é que precisa. Agora tenho de ir, meu filho. Cuida-te e não destruas um mundo cheio de inocentes só porque pensas que eles mataram o Dan. Lembras-te como a tua sogra chamava o teu pai?
– Super-Dan.
– Pois é exatamente isso que ele é: o meu super-Dan. Adeus, meu amor. – Helena beijou-o na testa, como a sua mãe sempre fazia quando era criança. Quando ela afasta o rosto, estava com a forma da mãe, até com os cabelos dourados.
– Sinto muito a tua falta, mãe – disse o governador. – Eu sei que só o corpo se foi, mas sinto demais isso.
– Ainda nos veremos mais vezes, meu anjo – respondeu Jéssica sorrindo. – Daqui a alguns séculos, vários, na verdade, estaremos juntos novamente.
– Adeus, mãe – disse Daniel com um suspiro profundo enquanto a mãe soltava a sua mão.
O corpo começou a brilhar com intensidade até se tornar ofuscante e desapareceu.
O governador deu outro suspiro e desligou o diário, levantando-se de energia renovada."
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DB II - Ep15 - Os Mortos Errantes
Ciencia FicciónA nave capitânia do Império do Sol explodiu debaixo dos olhos de grande parte da frota enquanto lutavam com os Axturrs. A morte do imperador pesou nos corações do povo, mas também é um grand emotivo de preocupação porque o Império precisa de um impe...