Capítulo 5 - parte 1 (não revisado)

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A Dani A I acelerou com o máximo da potência assim que estava a uma distância segura da nave mãe. Seis segundos depois, já estava a c e o comandante acionou o motor de mergulho. O voo na sexta dimensão durou exatos dez segundos e eles emergiram a um minuto luz do planeta.

– Rastreamento – ordenou.

– Nada, senhor, nem mesmo um mísero eco. Esta região está morta de atividade energetica.

– Camuflar a nave – ordenou Johnas. – Vamos nos aproximar dali e conferir.

– Sim, senhor, nave camuflada.

O comandante deu empuxo máximo e a nave disparou para o planeta, movendo-se acima da eclíptica. Parou na lua daquele mundo, demasiado parecida com a da Terra, tanto em aspecto quanto em volume. Fez uma curva ampla e posicionou-se sobre o polo norte lunar.

– Rastreamento?

– Nada, senhor. Se há vida inteligente neste mundo, ela ainda não alcançou o domínio das ondas de rádio e menos ainda do átomo.

– A menos que saibam camuflar-se melhor que nós, o que não é uma impossibilidade – resmungou o comandante.

– Se me permite discordar, senhor, eu diria que aqueles seres que enfrentamos não possuem a tecnologia necessária para isso.

– Acho que tem razão, Francis, mas não custa ser cauteloso.

Observaram por mais dez minutos e o comandante tomou uma decisão.

– Vamos ver o mundo de perto. – Olhou para a operadora de rádio. – Ana, manda uma mensagem criptografada com um pulso de um microssegundo. Informa qe, até ao momento não há riscos e que vamos chegar mais perto.

– Certo senhor.

Johnas acionou os jatopropulsores e acelerou a nave, aproximando-se da estratosfera, permitindo uma observação visual direta e aquilo que viram era de os deixar sme fôlego.

Tratava-se de um mundo virgem e de clima ameno, com oceanos enormes cheios de fiordes e ilhas paradisíacas. Florestas intocadas pelo homem imperavam naquele mundo que não apresentava uma única construção feita por seres inteligentes.

– Rastreamento. Verificar sinais de vida.

– Este mundo está cheio de sinais vitas, mas não há sinais de vida inteligente, senhor. A natureza não parece ter permitido essa evolução aqui.

– Que coisa mais linda, exclamou o comandante.

– Se é – concordou a operadora de rádio.

– Muito bem, sejamos práticos e vamos procurar um local onde as naves possam pousar com um mínimo de impacto para a natureza deste paraíso.

– Eu vi para o norte uma região de estepe e com lagos bem grandes.

O comandante, que fazia as vezes de piloto nessa nave pequena, fez uma volta aberta e rumou para o local indicado. Assim que chegaram, viram que o lugar era perfeito por ser muito plano. A Dani não precisava de um terreno tão nivelado por causa dos pés que compensavam até cinquenta metros de diferenças, mas a nave do Povo das Estrelas provavelmente pousaria deitadae tinha cerca de mil metros.

Mapearam o local com atenção e Johnas pousou.

– Vamos conferir isso in loco – Olhou para o lado e chamou um cientisa que os acompanhava já co o objetivo de analisar o planete, no caso de ser possível. – Acompanha-me, dotour Ernesto?

O homem de ciencia sorriu e levantou-se, alegre. Ele adorava a oportunidade de colocar os pés em um mundo novo e desconhecido do homem. Naquele caso então, falava-se em um mundo que ficava longe do Império a uma distância inconcebível.

Com um pequeno sensor de multiplas funções, acompanhou o comandante e mais dois soldados armados.

– Para quê levar guardas? – perguntou o cientista, pacífico por natureza. – Já sabemos que não há nada neste mundo!

– Mas não sabemos como é a fauna, doutor – respondeu Johnas, compenetrado. – É melhor prevenir do que remediar.

– Nesse aspecto tem toda a razão – disse Ernesto. – Pousamos bem perto de um bosque denso e eu gostaria de recolher algumas amostras.

O comandante consultou o relógio e disse:

– O senhor tem uma hora. Depois disso, precisamos de retornar para a Dani.

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A Jessy e a Vega estavam em órbita, aguardando a chegada da frota de apoio. De acordo com o cronograma sairiam em meia hora. João olhou para o relógio pela terceira vez nos últimos quinze minutos quando o rádio deu sinal.

– "Terra chamando Vega e Jessy. Coronel Norberto falando."

– Aqui fala João – disse antes mesmo do avô.

– "A frota está pronta, coronel João" – disse o comandante da Terra. – "Estamos na órbita de Urano e acredito que não valha a pena perder tempo indo para aí."

– "De pleno acordo, coronel" – disse o governador Daniel com a sua voz retumbante. – "Vocês podem mergulhar e nivelamos no caminho."

– "Confirmando, senhor, mergulho em um minuto com destino ao primeiro ponto de parada na periferia da Via-Láctea."

As duas esferas aceleraram e emparelharam. Usufruindo a prioridade militar simplesmente dispararan pelo espaço, entrando na sexta dimensão poucos segundos depois. João não perdia um único detalhe do que se passava à volta. Apear da distância assustadora de mais de setenta mil anos-luz que seria essa primeira etapa, haviam programado o voo para duas horas de modo a não forçarem demais os motores estelares. As naves devoravam os passo a velocidades inconcebiveis, mas tudo o que joão pensava era no primo e na pressa de o encontrar. Por causa disso, o tempo, para ele, parecia não passar, o que o deixava ainda mais nervoso.

Foi nesses pensamentos que, quando chegaram ao destino, ele nem se havia dado conta.

– Vamos emergir em dez... nove... – disse o piloto, iniciando a contagem regressiva.

– Assim que emergirmos, quero uma parada total – ordenou João.

Quando o universo voltou à aparêcnia normal, todos os jatopropulsores entraram em ação com uma pequena sobrecarga que disparou um alarme, logo silenciado. Seis segundos depois, a esfera de setecentos e setenta metros de diâmetro jazia parada no vazio, cerca de quinze mil anos luz fora da Galáxia. A equipe de ciências começou logo a trabalhar enquanto a Vega e o resto da frota paravam a alguns quilômetros de distância de modo a não interefirem nas medidas. O governador Daniel, permanecia sentado na poltrona do comandante, um pouco mais alta e atrás dos demais tripulantes. No rosto tinha um sorriso e, na mente, a certeza profética que o neto estava bem vivo. Nesse estado de espírito, ergueu a voz.

– Daniel Moreira para Coronel João na Jessy. – O computador tratou logo de efetuar a conexão e a imagem do sobrinho neto surgiu à sua frente em tamanho natural. – Então, João, como vão as pesquisas?

– O pessoal está otimista quanto a uma boa aproximação da posição da Dani, mas procuram localizar possíveis resíduos que possam indicar uam direção mais precisa.

– Ótimo, mas vê se os apressas. Eu tenho medo que aquele abalo possa ter chamado gente estranha e não amigável.

– Mais meia hora, avô – disse João. – Depois mergulhamos para o próximo ponto de avaliação.

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DB II - Ep15 - Os Mortos ErrantesOnde histórias criam vida. Descubra agora