♤ QUINZE ♤

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Descobrir ser uma promessa foi a maior responsabilidade de sua vida.

— Não, não é possível!— tento me assegurar de que não é verdade, no entanto minha tia segura meus ombros e me faz olhar para ela.

— Calma, Jade.— procura, minha tia, me tranquilizar. Sento-me em um dos estofados e passo a mão sobre minha face, o coração descompassado e o medo ganhando-me por completo.

— Precisamos avisar a Cefeida!— digo, enquanto miro o piso polido e branco, minha irmã ficará arrasada ao saber da notícia.

— Não, sua mãe me fez prometer que não contaria nada a ela.— informa tia Ana e franzo o cenho.

Minha tia acomoda-se ao meu lado e põe as mãos sobre as minhas, como se isso fosse me tranquilizar.

— Mas não é justo! Ela também é filha dele.— busco argumentar e percebi a sua inquietação. Seguir ordens de minha mãe são prioridades, mesmo que a razão diga para fazer o contrário.

Respiro fundo, mamãe sempre detinha sua maneira de impor os seus desejos e isso nada me agradava.

— Eu sei, querida, porém sua irmã não é tão forte como você e o caso não é tão grave. O motivo da minha vinda é que meu irmão chama por seu nome todo o tempo, principalmente nos momentos de delírio. — assegura e mordo a parte interna da bochecha, sentido em seguida o gosto metálico na boca demonstrando que acabei ferindo com o movimento.

— Não vamos discutir sobre isso, agora preciso dar um jeito de voltar para casa. — digo. Levanto-me do estofado e a vejo fazer o mesmo. Peço para que vá, visto que se Cefeida a ver aqui saberá que há algo de errado.

— Por favor Derek, me mande para casa, preciso ver meu pai!— suplico em desespero e agonia

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— Por favor Derek, me mande para casa, preciso ver meu pai!— suplico em desespero e agonia.

Depois da conversa com minha tia, fui até a rainha Mallory e solicitei que me enviasse para casa, ela disse que apenas o meu par poderia me mandar embora sem que houvesse problemas.

— Deixo que vá, desde que volte amanhã.— avisa, sem em nenhum instante voltar o seu olhar em minha direção.

Encontro-me com os braços apoiados na mesa, enquanto Derek apenas me responde com vistas para o piso.

— Por favor, Derek. É do meu pai que estamos falando!— me ponho na defensiva, pois apenas dois dias não será o suficiente para matar a saudades.

Derek levanta-se de seu acento e aproxima de mim. Seus olhos estão mais intensos e demonstrando uma luta interna que não compreendo.

— Jade, eu a libero para que vá, mas não a liberto do trato que fizemos. Não há o que possa fazer em relação a isso. — garante e engulo em seco.

Respiro fundo, dando essa luta por vencida. É melhor vê-lo hoje do que passar mais dias sem saber como está.

— Só rediga a carta, desejo ir o mais depressa possível!— aviso, lutando para segurar as lágrimas que desejam cair desde que a minha tia me alertou sobre o ocorrido.

 👑 A PROMESSA REAL  👑 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora