A mansão dos Farrid ficava situada no melhor bairro da cidade, uma imponente construção de pedra cercada por um jardim enorme, que mais parecia um bosque. Nos fundos, além da piscina e da quadra de tênis, havia também um campo de golfe onde o Sr. Farrid treinava nos finais de semana. Era a casa mais requintada que Ferdinand já entrara na vida.
Raphael dirigiu-se diretamente para a garagem coberta com vagas para dez carros e estacionou entre um BMW azul e um Mazda vermelho.
— O carro de Camille? — perguntou Ferdinand, apontando para um Aston Martin prateado mais adiante. A porta estava toda amassada.
— Exatamente. Eu nunca deixo minha Ferrari perto dele. Aquela garota dirige como uma louca!
Ele deu um sorriso.
— Conheço alguém que é igualzinho.
— Ora, Ferdinand, quer parar de implicar comigo? Não percebeu o quanto tenho mudado ultimamente? Não recebi uma única multa por excesso de velocidade nesse mês!
Ele abriu a porta e desceu do carro.
— Meus parabéns!
Foram caminhando de mãos dadas até a entrada principal da mansão. O desejo que ambos haviam sentido no apartamento de Ferdinand não fora satisfeito com o rápido ato sexual acontecido ali mesmo, na sala. Ao contrário. Só servira para deixá-los ainda mais acesos e famintos.
Raphael percebeu que não estava mais conseguindo se controlar. E, antes de abrir a imponente porta de carvalho da frente, tomou Ferdinand nos braços e o beijou com todo o ardor que havia dentro dele.
Foi uma experiência fantástica. Ferdinand agarrou-se a ele com mais força, colocando o corpo contra seu peito forte e musculoso, sentindo coisas que nem sabia que existia. E ele que pensava que já tinha experimentado as sensações mais gloriosas do mundo ao lado de Raphael! Que nada. Pelo visto, seus dias de aprendizado estavam apenas começando. Ele o beijava com uma fúria animal que ia muito além de um simples desejo físico, atiçando-lhe os sentidos de uma forma inacreditável. Eram duas pessoas, mas naquele instante, pele estranha magia do amor, seus corpos haviam se fundido num só.
— Posso saber o que está havendo por aqui?
Ferdinand teria fechado os olhos ao ouvir o som daquelA voz... se eles já não estivessem daquela maneira. Perversamente, porém, quis o destino que tivesse de abri-los.
Camille estava em frente à porta aberta, as mãos na cintura, uma expressão de poucos amigos no rosto. E, quando falou, o fez com a voz gélida:
— Eu sinto muito interromper essa comovente cena de amor, meu irmãozinho querido, mas mamãe me mandou verificar por que motivo vocês estavam demorando tanto. Devo lhe dizer que ainda vão demorar mais um pouquinho?
Ferdinand quis que o chão se abrisse e que pudesse engoli-lo. Nunca havia sentido tanta vergonha na vida! Raphael, porém, reagiu de forma bem diferente.
— Não seja hipócrita, Camille. Eu mesmo já peguei você em situações bem mais constrangedoras. — Virou-se para Ferdinand e lhe deu um beijo no rosto. — Não ligue para ela. Minha querida irmãzinha adora se meter onde não é chamada. Bem, vamos entrar?
Camille, porém, impediu sua passagem.
— Não! Ferdinand não pode ver nossos pais desse jeito!
— Como não? — reclamou Raphael. — Ele está maravilhoso!
— Pode ser. Mas, e esta ereção Vai dar muito na vista!
Ferdinand sentiu-se ainda mais envergonhado. Estranho como ser pego em flagrante causava a mesma sensação aos trinta ou aos dezessete anos. Raphael estudou o rosto dele.
— Nossa, é mesmo. Eu nem tinha reparado.
— Vai se ajeitar no banheiro enquanto converso com Ferdinand um pouco. E diga ao pobre Júlio que já estou indo.
Momentos depois, Ferdinand acompanhava Camille através de um corredor lateral que levava aos quartos.
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FELIZES PARA SEMPRE
RomanceRaphael Farrid era incrivelmente bonito e herdeiro de uma imensa fortuna, mas trocava de namorado como quem troca de roupa! Ferdinand ficou feliz quando Raphael concordou em acompanhá-lo ao casamento de seu ex-namorado... Com uma condição: que fizes...