Era um longo corredor escuro, sendo possível escutar apenas alguns ruídos estranhos e seus passos.
Seu corpo estava dolorido, e seu cabelo pingava.Harry tentava lembrar-se como parou ali, mas nada era semelhante àquilo.
Ele estava morto ou não passava de um sonho?
De repente, uma luz fraca surgiu no fim. O que era apenas um pontinho brilhoso começou a aumentar, fazendo Harry tentar chegar lá de alguma maneira. Ele colocou os olhos no buraco, vendo algumas pessoas ali reunidas. Antes que pudesse ter alguma reação, uma mão o puxou para dentro.
Ao atravessar, ele sentiu como se algo fosse arrancado de seu corpo, não doía, mas era completamente estranho e novo.
— Bem vindo — o homem que havia o puxado cumprimentou. Ele possuía uma barba rala, cabelos castanhos e olhos de âmbar. Ah, seu sotaque era engraçado.
— Obrigado, eu acho — ele agradeceu tímido.
— Venha, eu preciso te apresentar para o pessoal.
O homem o pegou pelo braço, o arrastando por meio das árvores. Aonde ele estava?
A grama era em um verde vivo, assim como a copa das árvores. Algumas flores estavam sendo plantadas por pequenas crianças do outro lado. Seu olhar subiu, encarando um idoso perto das crianças que brincavam. Ele era tão, tão familiar.
—Garoto, eu vou te apresentar para um amigo. Louis, venha aqui!
Ao ouvir o nome do amado, virou tão rápido quase perdendo o equilíbrio.
— Louis? — gritou, atraindo um par de olhos azuis que ele tanto conhecia.
Louis estava mais pálido que o normal, a barba rala, o mesmo paletó de poucos dias atrás, com um furo manchado de vermelho no tecido branco.
Com lágrimas nos olhos, Harry correu, mas desta vez não era de medo ou desespero, era de alívio.
— Deus, Harry! O que está fazendo aqui? — Louis falou abraçando seu garoto desajeitadamente, no que parecia uma competição de quem apertava mais o outro — Babe, você está molhado e mancando, o que aconteceu?
Então finalmente Styles parou para pensar em seu estado; ele provavelmente deveria estar parecendo um louco.
— Eu cai da ponte...? — ele não lembrava com detalhes, então aquilo acabou soando mais como uma pergunta do que afirmação. Os olhos azuis foram arregalados.
— De uma ponte? Meu Deus, você está bem? Quebrou alguma coisa? Céus, e sua família?!
Louis o enchia de perguntas, todas que Harry só sabia responder com "não sei", "acho que sim" e uma careta.
— Vamos ao que realmente importa; você está vivo! quer dizer, eu estou morto. Eu não sei, não estou compreendendo nada.
Louis sorriu, o abraçando de lado e depositando pequenos beijos no pescoço do maior.
— O que realmente importa, amor, é que nós estamos juntos para nossa eternidade.
Um beijo caloroso foi roubado. As línguas se entrelaçaram, deliciando do gosto um do outro. Mesmo pelos dias distantes, eles ainda conheciam cada canto das bocas, cada parte do corpo, como cada toque poderia o levar ao delírio.
E Harry percebeu que, mesmo se ele não tivesse matado a si mesmo, tivesse tentando manter-se firme e vivo, Louis continuaria esperando por ele, pois o amor é paciente, e para quem ama verdadeiramente, seria eterno. Ele não queria pensar em um depois, aonde eles estavam, para onde iriam ou como foi parar ali, ele apenas iria desfrutar o máximo possível da companhia de Louis, porque o amor dele era eterno.
FIM
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The end next to him • LS Shortfic •
FanfictionQuase um ano após o suicídio de Hitler, e o fim da Segunda Guerra oficialmente, em uma pequena cidade do interior da Inglaterra, Harry Styles e Louis Tomlinson preparavam uma pequena cerimônia no qual oficializariam aquele relacionamento. Após nove...