Capítulo treze - Depressão

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Gente, esse capítulo ficou bem ruim, mas a culpa não é minha, é culpa da minha parte romântica que não está nada romântica hoje, boa leitura😂❤

Capítulo treze - Depressão.

  Allie Cullen

Meses depois

  Olho para a parede, a encaro a mais de oito horas. Eu não sinto nada. Às vezes dói, às vezes eu não sei o que estou fazendo. Na verdade eu sei, nada, absolutamente nada, tudo dói. Eu estou indo ao terapeuta, ao psicólogo e tudo mais, mas nada me ajuda. Essa é a dor psicológica causada por ficar longe do meu imprinting.

  Não entendo da dor física. Estou cansada para tudo, até comer cansa. Eu amo comer, ou amava. Olho para mais uma comédia romântica que eu estava assistindo. Desligo a TV.

  O telefone toca. O identificador de chamadas me mostra que quem me liga é Alice, no mesmo instante eu atendo.

- Oi - eu comprimento, me sentando. - Alice?

- Eu preciso que você vá para Forks agora, procure por Bella, por favor. Acho que ela está em La Push. Eu já estou a caminho, mas você está mais perto - ela fala rapidamente.

  Calço meus tênis após desligar o celular. Desço as escadas do hotel correndo. Entrando no meu carro. Ainda bem que eu já tinha deixado essa jossa paga.

☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

- BELLA! NÃO! - eu grito, mas ela já tinha se jogado.

  Corro para a beira do penhasco. Eu odeio altura, não sei nadar... Que merda!

  Pulo também.

  Bella burra, se eu sobreviver te mato.

  Quando finalmente encontro Bella, a puxo para cima com todo afinco, ela está desmaiada, malditos sejam os pulmões humanos.

  Até que nadar não parece mais tão difícil, mas a queda, foi assustadora. Vejo uma pessoa se aproximando velozmente. Jacob!

  Ele puxa Bella de meus braço e volta a nadar com ela. Eu ganho mais movimento após me livrar do peso morto.

  Me perco dele, mas continuo a nadar. Preciso de ar, mas não tão urgentemente, ainda.

  Quando sinto o repuxo diminuir, porém as ondas se intencificarem, uma mão forte agarra meu pulso, e depois um braço rodeia minha cintura. Quando chego na praia, começo a tocir toda a água para fora de mim. Meu Deus, como isso dói. Nunca mais nem subo nas merdas desses precipícios.

  A pessoa que me puxou para cima me abraça, esmagando todos os meus ossos, porém me aquecendo. Sinto cheiro de cachorro molhado e colônia masculina. Sam!

- Você está bem? - ele pergunta, se levantando e me pegando nos braços.

- Melhor impossível! - respondo com ironia.

  Ele resmunga algumas coisas inteligíveis até para um vampiro.

  Apenas fecho os olhos e durmo, já que passei mais de um mês sem dormir...

☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

  Acordo me sentindo aquecida,  sinto que estou apenas de calcinha e sutiã. E para isso alguém tem que ter me visto semi-nua. Cubro minha cabeça com o lençol, sentindo minhas maçãs do rosto ficarem rubras.

  Escuto uma risada sonora, que me faz ficar ainda mais vermelha.

  Aonde eu estou?

  Esse cheiro... Essa é a casa de Sam e Emily... Sinto um aperto no peito e meus olhos se enchem de lágrimas. Odeio estar aqui.

- Ei?! Allie? - Sam toca meu ombro, levando arrepios por todo o meu corpo.

  Eu saio debaixo do lençol e olho em seus olhos, os castanhos me encaram.

- Aonde está Emily? - é a primeira pergunta que eu faço.

  Até falar o nome dela dói. Seus olhos ficam tristes por um momento. Ele a ama de verdade?! Eu não posso ter tanto azar ao ponto de o meu imprinting ser apaixonado por outra. O que eu faria?

- Ela foi embora, Allie - ele admite, me fazendo o olhar surpresa.

  Ok, por essa eu não esperava.

- Como assim? - eu pergunto, enquanto ele me entrega uma camisa dele, que eu visto rapidamente, me lembrando da minha situação de semi-nudez.

- E-eu não sei, eu descobri que já não a amava mais. Desde que você apareceu na minha vida as coisas com ela pararam de fazer sentido - ele fala, me fazendo corar. - Eu perguntei para o velho Quil e para Billy, mas nenhum dos dois sabem o que aconteceu.

  Ficamos em silêncio, ele em pé e eu sentada na cama.

  Será que isso pode ficar mais constrangedor?

- Eu realmente queria te dar as respostas que você precisa, se eu pudesse te daria o mundo. Mas não podemos viajar em busca de respostas agora - ele se explica, sentando ao meu lado.

- Nós? Viajar? Não podemos? - eu questiono, ficando ainda mais confusa.

- A vampira ruiva ainda é uma ameaça. E nós, os dois, precisamos de respostas, que só podemos encontrar em tribos mais antigas. Talvez em alguma tribo na Amazônia alguém não saiba o que aconteceu - ele explica, me olhando nos olhos, me fazendo perder a fala por um momento.

- E quem disse que eu quero ir? - eu questiono, fazendo a minha melhor cara de "por que diabos você acha que manda em mim?".

- Talvez porque enquanto você dormia você não parou de chamar meu nome - ele se gaba.

  Meu queixo despenca. Comassim?

  Desde que sofri o imprinting com Sam, venho tendo o mesmo pesadelo todas as noites.

  Nós estamos naquele dia aonde ele me chamou de patricinha por causa do motivo fútil que eu dei para não pular. O céu está revolto, uma tempestade está por vir. Ao lado de Sam eu vejo Emily, segurando sua mão, segura de si. Ela debocha de mim apenas sorrindo, enquanto Sam me olha sério.

- Ela é a escolhida, Alexia - ele fala, e de repente ambos somem, me deixando sozinha no meio da tempestade.

  E eu choro, implorando para ele voltar. A dor de perder seu imprinting é praticamente insuportável.

- Você não vai me deixar? - eu pergunto, odiando meu momento de fragilidade.

  Eu não posso depender de um homem, aff.

- Esses foram os piores meses da minha vida - ele responde simplesmente.

  E isso basta, por enquanto, eu só preciso dele.

Continua...

The other Cullen - Crepúsculo Onde histórias criam vida. Descubra agora