Capítulo trinta - Campo de batalha

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Capítulo trinta - Campo de batalha.

  Allie Cullen

  Eles vieram com esplendor, com um tipo de beleza.

  Eles vieram em uma rígida, formal formação. Eles se moveram juntos, mas não era uma marcha; eles correram pelas árvores em perfeita sincronia - uma escura, contínua forma que parecia flutuar no ar alguns centímetros acima da neve branca, então deslizamento era o avanço.

  O perímetro externo era cinza; a cor escurecia com cada linha de corpos até que o coração da formação era preto profundo. Todos os rostos estavam cobertos, sombreados. O fraco som do toque dos pés deles era tão regular que era como música, uma complicada batida que nunca vacilava.

  A configuração dobrou-se para fora. O movimento era firme demais, quadrado demais para lembrar a abertura de uma flor, embora a cor sugerisse aquilo; era a abertura de um leque, gracioso, mas bem angular. As figuras de capa cinza se espalharam para os lados enquanto as formas mais escuras surgiram precisamente à frente, no centro, cada movimento rigorosamente controlado.

  Os Volturi são disciplinados
demais para mostrar qualquer emoção de modo algum. Eles também não mostravam surpresa ou horror à coleção de vampiros que esperavam por eles aqui - uma coleção que repentinamente parecia desorganizada e despreparada, em comparação. Eles não mostraram surpresa aos gigantes lobos que estavam parados em nosso meio.

  Tinham trinta e dois deles.

  Mesmo se você não contasse os dois em deslocamento, abandonadas figuras de capa preta bem atrás, quem eu entendi serem as esposas - sua protegida posição sugerindo que elas não se envolveriam no ataque - nós ainda estávamos em menor número.

  Haviam apenas vinte e dois de nós que iriam lutar, e então mais sete para nos assistir sendo
destruídos. Mesmo contando os dez lobos, eles nos tinham.

- Os de capa vermelha estão vindo, os de capa vermelha estão vindo - Garrett murmura
misteriosamente para ele mesmo e então riu uma vez. Ele deslizou um passo mais perto de Kate.

- Eles vieram sim - Vladimir sussurra para Stefan.

- As esposas - Stefan sussurra de volta. - Toda a guarda. Todos eles juntos. É bom que não tentamos Volterra.

- Vai ficar tudo bem - eu murmuro, para mim mesma, para os meus filhos, e para Sam, que ficou mais rígido com a chegada dos Volturi.

  E então, como se o número deles não fosse o suficiente, enquanto os Volturi devagar e
majestosamente avançavam, mais vampiros começaram a entrar na clareira atrás deles. Os rostos nesse infindável fluxo de vampiros eram antíteses à falta de expressão disciplinada dos Volturi - eles eram um caleidoscópio de emoções.

  Primeiramente, havia choque e até mesmo alguma ansiedade quando eles viram a força que aguardava por eles. Mas aquilo pareceu passar rápido; eles estavam seguros em seu grande número, seguros em sua posição por de trás dos Volturi. Seus traços voltaram pra expressão que eles carregavam antes de nós os surpreendermos.

  Era fácil demais entender o que passava pela cabeça deles - estava escrito em seus rostos.
Era um bando raivoso, chicoteado por um frenesi e esperando por justiça.

  Um vampiro do lado oposto não parecia pertencer ao grupo deles; eu reconheci Irina quando ela hesitou entre duas companhias. O olhar aterrorizado de Irina estava preso na posição de Tanya na primeira linha. Edward rosnou, bem baixo, mas fervorosamente.

- Alistair tinha razão - ele murmurou para Carlisle.

- Alistair tinha razão? - Tanya sussurrou.

The other Cullen - Crepúsculo Onde histórias criam vida. Descubra agora