Esteve aqui um médico. Não sei que tipo de médico é. Pensava que os médicos fizessem votos para curar
os pacientes. Como pode ele saber que eu estou aqui e deixar-me com esta gente?Disse que tenho uma infeção urinária e renal grave e deu-me um antibiótico forte. Sinto-me dorida no interior da vagina e sei que algo também não está bem aqui.
Examinou-me no interior e encolhi-me ao seu toque. Mais um homem não desejado sobre a minha pele.
‘Você tem rasgões por dentro’, disse ele. ‘Curam-se em poucos dias’.
Então e o meu coração? Também se vai curar? Queria perguntar-lhe.Sinto-me como se estivesse a morrer a queimar de dentro para fora. Não consigo sair da cama, estou demasiado fraca, por isso o doutor inseriu um cateter dentro de mim.
Não sei quanto mais conseguirei aguentar.A Angelina trouxe-me canja e pão. Disse-me que vão perder dinheiro porque não vou poder trabalhar
durante uns tempos e que o namorado não está contente comigo.
‘Se tentares uma coisa destas mais alguma vez, vamos vender-te para um sítio muito pior’, disse ela.Eu queria chorar e gritar e berrar e dizer-lhe que não fui eu! Foste tu, foi o teu namorado, foi o Violador, foram os polícias. Foram eles que se portaram mal e não eu. Isto não foi culpa minha.
Claro que não lhe posso dizer isso. Limitei-me a acenar para que ela soubesse que compreendi.
Quando saiu fantasiei sobre conseguir escapar. Talvez haja uma possibilidade de os polícias me
ajudarem, afinal de contas. Eles é que ainda não sabem.
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ESCRAVA 🔞 (Concluído)
Ficción históricaHá cerca de cinco anos assisti a uma minissérie sobre raparigas da Europa de Leste que tinham sido traficadas. Isto assombrou-me durante muito tempo e, gradualmente, foi desvanecendo da minha mente e consegui seguir com a minha vida. Depois, há pouc...