• Capítulo 14 •

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POV Min-Ji

A sensação de estar de volta preenchia o meu coração. Peguei um táxi até a minha antiga casa e enquanto olhava pelas janelas, a nostalgia tomava conta de mim principalmente quando passei pela rua próxima a minha escola, eu precisava voltar lá.

O táxi parou depois de alguns minutos em frente a uma casa de aparência simples em tom de bege desbotado e o portão de alumínio, paguei o táxi e peguei minha bagagem me curvando para o motorista como agradecimento antes do veículo sumir do meu campo de visão.

Apanhei o molho de chaves que estava na minha bolsa e coloquei na fechadura na esperança de ainda ser a mesma, e para a minha alegria e alívio, ainda eram. Tranquei o mesmo e fui até a porta percebendo que estava aberta, empurrei lentamente com a intenção de não fazer barulho. Coloquei minha mala no canto, tirei os sapatos e fui até a cozinha percebendo minha mãe de costas mexendo algo na panela.

- Min Sang, pode deixar as verduras em cima da mesa.

- Sou eu omma – falei sentindo um nó em minha garganta – Min-Ji.

Quando ela se virou, o prato caiu de sua mão assim como sua boca estava em um formato redondo, semelhante a um O. Ela piscou algumas vezes antes de vim na minha direção, e como eu esperava, a sua mão acertou o meu braço continuamente em vários tapas.

- Ai! Omma! – protestei – Isso dói!

- É pra doer mesmo, você tem noção do quão preocupada fiquei com você e nem para ligar para essa pobre mãe!

- Miane – disse abaixando a cabeça, até porque eu sabia que estava bastante errada.

- Se você sumir de novo, eu juro que lhe faço ficar ajoelhada até os seus joelhos sangrarem.

- Não sumirei mais omma, prometo.

- Por que está tão magra? Não tem comida em Seul? E essas olheiras debaixo de seus olhos? E essas roupas finas? Isso não esquenta no frio afinal quer ficar doente? Com pneumonia? Internada? – falou me bombardeando de perguntas – Aigoo, me diga que você não está fazendo essas dietas dessas meninas famosas que com um vento acabam voando?

- Aniyo – falei dando um pequeno riso – É apenas o trabalho que exige muito de mim, e as vezes é corrido.

- Não interessa, deve se cuidar. Filha minha não fica abaixo do peso – disse se virando para a comida que misturava com as mãos – Acho que terei que fazer o dobro, coloque suas coisas no seu antigo quarto...ele está do mesmo jeito.

Assenti e me virei puxando a mala pela pequena escada até o segundo andar da casa. Abri a porta do meu quarto, vi que a única coisa arrumada era a cama que possuía lençóis novos e minha pequena estante sem um grão de pó. Coloquei o necessário nos bolsos do meu sobretudo azul e fechei a porta do cômodo voltando a cozinha.

- Omma, o que você precisa que eu compre? – perguntei me aproximando.

- Vá atrás de sua irmã que ela está atrasada com as compras, e volte.

- Entendi – disse – Omma, eu senti muito a sua falta.

- Eu também filha, eu também – respondeu me olhando – Agora vá, e traga aquela menina que está mais do que atrasada.

Calcei os sapatos e peguei minhas chaves. Fui em direção ao mercadinho que minha mãe sempre costumava a comprar as coisas perto da minha antiga escola, e percebi minha irmã de costas conversando toda sorridente com um dos atendentes, então essa é a explicação para o seu atraso. Me aproximei sorrateiramente dela quando o rapaz saiu parando bem atrás da mesma.

So Far Away • Min Yoongi •Onde histórias criam vida. Descubra agora