• Capítulo 22 •

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POV Yoongi.

Os exames ocorreram da forma como o médico havia tido a nós, e com o que foi coletado, daria para colocar aquele desgraçado na cadeia sem ter direito a fiança.

Min-Ji passou dois dias no hospital e hoje era sua alta. O médico havia recomendado tratamento psicológico a ela pelo forte trauma que havia passado, além de ter dado um atestado de afastamento do trabalho.

– Está pronta? – Jin hyung perguntou assim que o carro parou em frente da nossa casa. O que ela não contava era com a festa surpresa que havia sido preparada.

– Estou.

Segurei sua mão e ela me olhou, tentei transmitir o máximo de confiança que pude. Saímos do veículo e entramos no prédio, fomos de elevador até nosso apartamento na cobertura; Jin hyung colocou uma coroa de plástico em sua cabeça e fez sinal para ela entrar primeiro, quando fez isso foi recepcionada com uma chuva de confetes logo na porta.

– Mas o que é isso? – perguntou surpresa.

– Seus amigos planejaram isso filha – a mãe de Min-Ji disse enquanto ia na direção dela mas antes que se aproximasse da filha, a mesma foi atingida por um bolo na cara.

Todos olharam de onde havia vindo e perceberam que Taehyung carregava um sorriso arteiro.

– Foi mal noona – disse rindo e recebendo um tapa de Jungkook.

– Aish seu moleque! – falou Min-Ji tirando o glacê do rosto – Me sujou inteira.

– Melhor tomar um banho noona – Namjoon falou.

– É, porque eu não vou te abraçar assim filha – a mãe dela comentou rindo.

– Vem – falei a puxando pela mão.

A levei até meu quarto e dei algumas roupas minhas para ela, junto com uma cueca nova que nem da embalagem havia tirado.

– Será que vai caber? – perguntou olhando a calça de moletom preta que havia entregue.

– Só provando pra saber, vai logo. Estaremos te esperando na sala.

Sai do quarto para dar privacidade a ela e sentei no sofá, abri o bloco de notas do meu celular começando a rascunhar algumas coisas sem nexo inicialmente, que poderia dar certo no futuro.

– Yoongi – a mãe dela me chamou e sentou ao meu lado – Eu queria te agradecer por tudo, não sei se minha filha iria aguentar passar pelo que passou sem ter você ao lado dela.

– Min-Ji é bastante forte, eu queria ter feito mais por ela.

– Faça de agora em diante. Eu como mãe devia ter me preocupado mais. Posso contar com você para cuidar da minha menina Yoongi?

– Pode – falei em um tom de segurança.

Min-Ji voltou a sala, vestindo as minhas roupas e dessa vez a festa começou.

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Depois de alguns dias foi o julgamento de Kwan, os crimes contra ele eram além dos que tinham feito com Min-Ji já que fora descoberto que ele já havia matado uma jovem de 18 anos que namorava anteriormente.

Saímos do fórum sobre os flashes de jornalistas que questionavam o acontecido, Min-Ji tentava esconder o rosto a todo custo e não respondia a nenhuma das perguntas assim como nós. Eu queria segurar em sua mão mas sabia que iria pegar, iria ser uma repercussão maior ainda e não queria expor mais ela.

Nosso chefe aceitou ela de volta, embora nem havia aceitado a sua demissão, e permitiu que ela morasse no dormitório que havia dentro da empresa já que seu apartamento poderia lhe trazer más lembranças.

Era por volta de 01:15 da manhã quando ouvi a campainha do meu estúdio tocar, estranhei pelo horário e abri a porta vendo que Min-Ji carregava dois potes com lámen instantâneo prontos.

– Me acompanha?

– Entra – dei espaço pra ela.

– Conseguindo fazer a mixtape?

– Quase finalizada ainda bem – falei pegando um pouco do macarrão e colocando na boca – Pensei que não daria conta.

– Claro que dá, você é Min Yoongi esqueceu? Super gênio.

Ri da pose que ela fez. Comemos em silêncio e vi que ela ficava encarando o teclado que estava no canto.

– Eu acho que encontrei ela – iniciou olhando para as próprias mãos – Eu vi a Mi-Cha, ela me recebeu no meio do caminho. Parecia tão real e um sonho ao mesmo tempo, não sei se foi alucinação mas...senti falta dela.

– E ela te falou alguma coisa?

– Pediu pra cuidar do Jungkook.

– Vai contar a ele?

– Não queria abalá-lo ainda mais sabe? Sei que ele sofre todos os dias com a falta dela, e se pudesse, não sairia daquele hospital por nada.

– Ele é bem teimoso quando quer, mas você decide se acha melhor falar ou não – falei.

– Posso te observar trabalhar? É meio estranho ficar sozinha no dormitório, acho muito confinador.

– Pode.

Voltei a minha atenção aos monitores e terminei algumas batidas das músicas, vi que ela dormia no sofá. Peguei o cobertor que sempre mantinha comigo ali e coloquei por cima da mesma.

So Far Away • Min Yoongi •Onde histórias criam vida. Descubra agora