girls' desire

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Sobre o colo do homem que me beija, em um quarto iluminado em azul, tomo seus cabelos entre meus dedos e os puxo com receio, tentando não ferí-lo. Ao perceber meu cuidado, suas mãos tomam minha cintura por dentro de meu vestido cor de vinho, olhando fundo em meus olhos.

- Você é virgem? - ele questiona. Rio abafado.
- Seria um problema caso eu fosse?
- Não, claro que não. Eu só preciso saber se preciso ser gentil com você.
- Eu não quero que seja gentil.
- Pois bem, - sua boca diz em meu ouvido, enquanto seus dedos emaranham-se por meus cabelos - eu também não quero ser gentil.

Rio e sinto meu corpo excitando-se ainda mais ao saber que encontrei alguém que gosta de selvageria tanto quanto eu gosto. Sua boca ataca a minha, e nossos toques um sobre o outro se assemelham mais à uma guerra do que a sexo, já que a forma como nos agarramos na pele um do outro é voraz e desejosa. Sinto as mãos de Lucas subindo meu vestido e apertando minha bunda, e permito-me soltar um gemido contra sua boca. Vendo que apreciei seu ato, suas mãos grandes e fortes acertam-me um tapa, e eu arranho seus ombros enquanto ele gargalha fracamente contra meus lábios.

A música que toca lá fora motiva-nos de alguma forma. Rude, como nossos toques, e sem rodeios, sua melodia ecoa dentro do quarto de uma forma diferente da qual ecoaria lá fora. Enquanto escuto suas batidas sensuais, faço meu corpo quente rebolar sobre o colo de Lucas e vejo-o revirar os olhos e suspirar, salvando para si um gemido. Apesar disso, eu preciso ouví-lo gemendo, e não me contento com o pouco que ele quer me dispor. Não, não. Eu sei a forma como quero isso.

Desejo, eu estou faminta
E eu espero que você me alimente
Como você me quer? Como você me quer?
Como você me quer? Como você me quer?

Eu sei como o quero, e ele sabe que me quer da pior forma possível. Da mais perversa, impura, vejo isso na forma como olha em meus olhos. Desfazendo os nós da frente de meu vestido, sinto suas mãos afastando o tecido de minha pele, e logo tenho seus lábios, língua e dentes em contato com meus seios, e eu tenho certeza de que essa deve ser uma das melhores sensações do mundo. Enquanto sinto-o dando-me prazer, aproveito para tomar em meu toque a excitação que queima e pulsa sobre seu colo, ainda por cima de suas roupas, o que faz com que ele arrepie e morda minha pele. Guincho em dor.

- Gosta de um pouco de violência? - é sua pergunta enquanto sinto seu rosto sobre meu pescoço descoberto, beijando, mordendo, respirando sobre minha pele quente e arrepiando-a, também.
- Faça o que quiser comigo - respondo sua pergunta enquanto meus olhos olham fundo nos meus. Ele ri e morde o lábio. Eu quero provar de seu pior lado.

Arremessando-me sobre os lençóis, tenho-o sobre mim e ele prende minhas mãos entre seu toque para que possa judiar mais de meu corpo, sem que eu tenha controle de tal. Sua boca chupa meu pescoço em áreas que ele sabe que meu cabelo esconderá, e uma de suas mãos vai até minha boca, enfiando nela dois de seus dedos. Ele escolhe olhar para mim enquanto os chupo, vincos suaves nos cantos de minha boca, e minha língua fugaz lambendo sua ponta. Ele sorri, pois sabe que minha intenção é excitá-lo ainda mais.

Com seu toque firme e sua mão pesada, Lucas desce-a até chegar entre minhas pernas, que afastam-se mais para facilitar seus toques sobre mim. Arrastando o tecido de minha calcinha para o lado, seus dedos úmidos entram em contato com meu calor e excitação, que pulsa contra seu toque, e ele não tem rodeios antes de empurrar seus dedos enormes e grossos dentro de mim, fazendo-me gemer alto no mesmo momento. Ele solta uma gargalhada.

- É bom gemer sem impedimentos, não é? Bagunce-me o quanto quiser, loirinha, ninguém lá fora vai ouvir.

Seus dedos movem-se, enfiando-se completamente e retirando-se, várias vezes, fazendo minha cabeça revirar. Beijo a boca de Lucas outra vez enquanto ele consegue, sem tanto esforço, me deixar louca por ele. Mesmo que não seja propriamente seu corpo aqui, é incrível a forma como o toque de suas mãos é loucamente excitante, impedindo-me de exercer o mínimo de controle sobre mim mesma. Abro mais minhas pernas, e ele percebe a forma como me afeta. Em sua cabeça, imagino que ele me tenha como uma vadia incontrolável, mas não que eu mostre a mim mesma de outro jeito. Se é assim que ele gosta, e se é assim que eu gosto, eu e ele vamos até o fim.

copycat ;; ksgOnde histórias criam vida. Descubra agora