❕Livro 2
❕Conteúdo adulto(+16)
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Há maldade no mundo, Lídia entendia muito bem disso. Era tão real quanto uma doença em mundanos.
Muitas das vezes a escuridão para ela era como um câncer em um órgão, que impregnava todo o corpo por dentro. Se abrissem o estomago uma gosma pegajosa, escura e exalando morte iria escorrer.
Embora muitos não acreditassem ela sabia que era real, afinal, mundo estava desabando sobre seus ombros naquele exato momento.
Anos antes poderia ser um fato inexistente, mas ao conhecer Lúcios, — um homem um tanto diferente dos outros —, percebeu que o mundo era mais do que pensava, a escuridão no mundo de Lúcios era pior do que Lídia achava que o dela era. Entretanto, mesmo sabendo que os mundos eram um paciente em estágio terminal a mundana seguiu em frente, pois mesmo com tão pouca idade quando viu Lúcios Lancaster pela primeira vez soube que suas vidas estavam ligadas, como ela estivesse nascido especialmente para ele. Foi quando finalmente algo em sua vida tinha um sentido.
Os perigos que rondavam Lúcios não foram suficientes para impedi-los, a raça superior a mundanos estava em guerra, com a escuridão mais empoderada do que jamais foi. E naquele momento em que ela pensava o quanto trágico aquele fim estava a cidade que se tornara seu lar ia abaixo em uma guerra fria, que estava deixando milhares mortos, porém, aquilo não á preocupava tanto, pois estava acontecendo o que esperava, um nascimento.
Há escuridão no mundo! — O subconsciente de Lídia gritava enquanto o alarme estridente avisava que a invasão não era uma simulação. — Há escuridão no mundo! — Voltou a gritar. — Ela vai conhecer a escuridão e nada poderei fazer...
Enquanto batalhões de homens armados, dentro de armaduras especiais passavam fazendo um túnel para que a esposa do líder passasse, a mundana imaginava o que vinha pela frente, afinal, aquela guerra era também por causa delas.
Sua cabeça estava a mil por hora, seu coração batia tão acelerado dentro do peito que chegava a doer, a barriga pesava na frente enquanto seu respirar dificultava seu andar.
Viu um soldado passar, notou os olhos vermelhos e a espada brilhante quando parou com outra contração passando-a a sensação que seus ossos estavam se movendo. Se inclinou para frente se apoiando nos próprios joelhos, puxou o ar prendendo nos pulmões. Quando aquela agonia a enganou que iria embora o ar foi solto e em seguida se preparou para voltar a puxar o ar e novamente para prender nos pulmões. Repetiu o processo todas as vezes que algo fazia gemer de dor.
— Vamos, querida. Estamos quase lá! — Ouviu sua mãe dizer, silenciosamente agradeceu por tê-la ao seu lado naquele momento.
A mulher que já estava com seus 40 anos arrumou a postura de sua filha passando o braço dela por cima de seu próprio ombro. Em um empurrão delicado fez que com ela desse mais um passo, mas os pés de Lídia latejavam e as pernas alertavam que iriam perder a força.
