VOLUME 2 - O Mascarado

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CAPÍTULO 6

          Os cavalos avançavam pela areia do deserto, o vento açoitava a todos, que se cobriam com capaz e capuzes.

          — Odeio isso. — Eastar resmungou.

          — O vento eu até suportaria se não fosse o calor. — Remus se mexia, agoniado, coberto por um grande manto cinzento.

          — Calor?

          — Calor, oras. Belron parece ter um prazer sádico em fritar pessoas.

          Sindar riu e balançou a cabeça.

          — Estelares não sentem mudança de temperatura, Remus. Por isso o Eastar não percebe que está quente.

          — Que inveja eu sinto de você. — O grandão arregalou os olhos para o jovem, que sorriu.

          — Não se preocupem, pessoal. A vila fica logo depois daquelas dunas. — Edwin gritou, mais a frente.

          — E como você sabe disso mesmo? — Eastar provocou.

          O Tenente pigarreou e tocou o ombro de Allyn, que seguia ao seu lado.

          — Por que nós temos a melhor e mais linda guia bem aqui do meu lado.

          Sean e Drun começaram a rir, em cima dos seus cavalos, enquanto a Sub-tenente revirava os olhos.

          — Nunca mais você vai pra lugar nenhum sem que eu esteja do lado, ouviu?

          — Isso é uma declaração de amor? — Edwin sorriu, aproximando o rosto da mulher e fazendo biquinho para ganhar um beijo.

          Allyn lhe acertou um soco que quase o derrubou do cavalo. Eastar se assustou com a reação, mas o sirion de olhos vermelhos tinha um enorme sorriso no rosto.

          — Ela me ama! — gritou, levantando os braços.

          Os outros levaram as mãos ao rosto e balançaram a cabeça.

          Subiram pelas dunas e finalmente avistaram a vila.

          Era pequena, com algumas tendas espalhadas, cheias de desenhos e padrões de cores fortes. O estelar sorriu, seu pai adoraria aquilo.

          Havia um grande poço no centro, onde algumas crianças pegavam água. Adultos andavam de um lado para o outro, alguns segurando varas de madeira, outros carregando cestas com embrulhos e comida.

          Próximo da vila, havia um pequeno lago de água cristalina, onde crianças nadavam e adultos lavavam roupas.

           Uma mistura de olhos colorido e brilhantes com olhos humanos se espalhava em todas as direções.

          Apesar de minúsculo, era um lugar bem animado.

          Alguns dos aldeões os viram, e um grupo se juntou para encontrá-los no caminho.

          Uma mulher veio no centro, os olhos negros, mas brilhantes, parou na frente do grupo e os analisou.

          — Sei que vocês sabem as perguntas que preciso fazer.

         Todos tiraram os capuzes. Allyn tinha um sorriso no rosto.

          — Ora essa, Janine. Pode me perguntar o que quiser.

A Crônica de EastarOnde histórias criam vida. Descubra agora