11
O grupo seguiu atravessando a ponte e acompanhando o Rio Song para a esquerda. Depois de poucas horas cavalgando, eles saíram de perto da margem do rio e seguiram para o norte, passando por vales com casas de campo e pastos. Os moradores acenavam das portas das casas e de dentro das hortas.
— Muito bem. Estamos no caminho, e sei que disse que viria numa boa, mas alguém poderia me dizer qual é o plano? — Relles seguia na retaguarda do grupo com seu irmão do lado.
Era uma pergunta pertinente, e todos dirigiram seus olhares para Aros e Edwin, que seguiam na frente do grupo.
— Sem plano, pelo menos da minha parte. — Aros deu de ombros sem deixar de olhar para a frente. — Minha ideia é seguir pela estrada da floresta e encarar seja lá o que esteja dando tanto problema.
— Bem, Comandante, a questão é que ladrões não irão atacar um grupo grande e armado como o nosso. — O gigante resmungou, apesar de seus olhos brilhando com a esperança das palavras do estelar se tornarem realidade.
— Não imagino que seja essa a situação, Relles. — Edwin cruzou os braços sobre a sela e franziu o cenho. — Seja lá o que vem atacando os comerciantes, não podem ser simples ladrões. Alguns dos comboios estavam bem escoltados e mesmo assim todos foram mortos. Eu fui à floresta e vi os corpos. Não há marcas de sangue. É difícil imaginar como eles morreram.
— Do que está falando? Isso não faz o menor sentido. O que disseram é que iríamos dar cabo de alguns bandidos.
— Bem, as mercadorias sumiram. — Um pequeno sorriso, e então um suspiro. — Me desculpe, Relles. Pode voltar para Londrian se quiser.
O gigante soltou uma gargalhada.
— Você não entendeu, Tenente.
Edwin se virou e viu que o sirion tinha um grande sorriso por baixo da barba, e seus olhos brilhavam, não de energia, de alegria.
— Tem ideia do quão chato é simplesmente prender bandidos? Agora... — Ele fez uma pausa e olhou para o irmão, que deu risadinhas e balançou a cabeça, depois voltou o olhar para o sirion de cabelos brancos e continuou: — surrar monstros é muuuuuuito mais divertido!
Dessa vez foi a vez de Aros gargalhar.
— Esse é o espírito, pessoal!
Ao pôr do sol, eles finalmente se aproximaram da Floresta Escura. Os pastos acabavam em uma cerca de arames farpados e logo depois as árvores tomavam conta de tudo. Grandes árvores, com pelo menos quinze metros de altura, a folhagem era tão densa que nenhuma luz do sol chegava ao solo. À frente deles havia uma trilha marcada por sulcos feitos por rodas de carroça que se estendia até não poder ser mais vista dentro da floresta.
— Aqui estamos, a entrada da floresta. — Edwin se virou para o Aros. — acha realmente que devemos seguir a estrada? Penso que se a margeássemos talvez conseguíssemos algumas dicas de onde esses ladrões podem estar acampando.
— Edwin, é você que está no comando do grupo. Eu sou só um belo companheiro. — Ele deu de ombros. — Seguiremos o que você decidir.
Edwin concordou e coçou a cabeça, liderar era sempre um saco. Virou seu cavalo para olhar o resto do grupo.
— Recebi o aval do nosso querido Comandante para fazer o que bem entender. — Ele piscou para Allyn, que revirou os olhos, e continuou. — Não vejo por que entrarmos na Floresta agora que já escureceu. Portanto, acamparemos aqui e seguiremos amanhã aos primeiros raios de sol.
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A Crônica de Eastar
خيال (فانتازيا)A CRÔNICA DE EASTAR História por Henrique Zimmerer Revisão por Sagami Riku Distribuição: My Light Novel - www.mylightnovel.com.br Sinopse: Eastar, um jovem estelar, desce ao planeta terra pela primeira vez, lá ele vai descobrir que as coisas são bem...