VOLUME 2 - A Rainha

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CAPÍTULO 11

          Eastar e Sindar saíram juntos pelas ruas da capital, recebendo olhares de respeito e admiração. O jovem se sentiu estranho com tudo aquilo, mas a princesa parecia completamente à vontade. Ele não conseguia entender como ela podia ser tão segura.

          — Você não fica com vergonha? Todas essas pessoas olhando pra gente, nos achando os grandes salvadores.

          — E elas estão certas.

          — O quê?

          — Eastar, nós somos os salvadores. Eu vim lhes trazer a notícia de que a guerra não está perdida, você veio lhes trazer o apoio das estrelas. É isso que importa. É nisso que eles se agarram.

          — Mas nós somos apenas dois.

          Ela balançou a cabeça e sorriu.

          — Com o meu arco? Tenho certeza que consigo fazer uma bela diferença. E você acha mesmo que não consegue fazer a diferença lutando? Eu já te vi ficar sério, e foi meio assustador.

          Ela abaixou a cabeça ao dizer isso. O jovem olhou para ela, assustado.

          — Me desculpe, eu não queria que aquilo acontecesse, eu não sei como perdi o controle daquela forma.

          — Não é com isso que você precisa se importar. Na verdade, talvez seja bom vermos você perder a cabeça.

          — Você quer que eu repita aquilo?

          — Não, nunca mais queria te ver daquele jeito. Seus olhos... o brilho deles não era alegre e acolhedor como sempre. Emanava ódio... não queria mais sentir aquilo..., mas talvez... talvez seja preciso.

          O jovem balançou a cabeça.

          — Não será. Eu vou lutar e dar tudo de mim sem perder a cabeça, e vou conseguir fazer uma diferença ainda maior que a sua. — Ele sorriu e ela lhe encarou.

          — É mesmo, garotão? Quero muito ver isso.

          Eles riram e seguiram até alcançar os muros que cercavam a parte central da cidade, em seu ponto mais alto.

          Passearam nas ameias, onde alguns soldados passavam, patrulhando as ruas do alto. De tempos em tempos viam cestas de flechas, e em alguns pontos, pequenas áreas cobertas, onde a equipe de patrulha podia descansar e comer.

          Foram para o segundo anel da cidade, Eastar apenas seguia a princesa enquanto ela caminhava pelas ruas e pegava informações com alguns transeuntes.

          Eles saíram em um prédio cinzento onde pessoas de branco andavam de um lado para o outro.

          O estelar ficou observando o lugar, e Sindar precisou puxá-lo para que a acompanhasse para dentro do edifício.

          Salões grandes eram tomados por camas onde pessoas se deitavam. O ruído era constante, alguns gemidos de dor aqui e ali. Sem aguentar mais, o jovem se virou para sua companheira.

          — Onde nós estamos?

          — Isso é um hospital.

          — Hmmmmm...

          — Um lugar onde se trata os doentes e feridos.

          — Aaaaaahhh, entendi.

A Crônica de EastarOnde histórias criam vida. Descubra agora