- Ok! Amanda, é um lindo nome! - ela sorriu como resposta. Um sorriso triste, na verdade.
Eles se encararam por alguns segundos, antes de ela quebrar contato visual olhando para baixo. Ele podia notar que ela estava muito nervosa, com muito medo de algo. Talvez estivesse fugindo de alguma coisa, ou de alguém. Não interessava para ele, o que realmente o interessava naquele momento era transmitir confiança àquela garota, que parecia estar passando por um momento difícil.
O guardião estendeu a mão em busca do braço da garota misteriosa, mas ela recuou e arregalou os olhos amedrontada. Ela não estava bem, isso era visível para o rapaz. Sua respiração era errática, seus olhos corriam para todas as direções exceto a dele, e ela agora esfregava as mãos freneticamente em seus braços. Ele buscava em sua cabeça uma maneira de fazê-la entender suas boas intenções, fazê-la entender que ele realmente não pretendia machucá-la.
- Olha, Amanda, eu não vou te machucar. Ok? - ele disse baixo, mas audível. - Eu sou um guardião. - seu olhar pareceu um pouco mais aliviado após saber disso. Ela parecia ainda refletir se confiava no rapaz ou não. - E apesar de não ser o seu guardião, eu posso proteger você.
Ela voltou, novamente, os olhos para o jovem em surpresa. Ele agora oferecia suas mãos à Amanda, que hesitantemente aceitou. Quando ele a tocou, percebeu a frieza das mãos da adolescente. Ele então a guiou para a clareira, onde os outros estavam, e quando a viram buscaram em seu olhar por esclarecimento.
- Essa é Amanda. Ela... está comigo. - disse.
Ele a guiou para mais perto da fogueira que ele, em breve, acenderia e a envolveu em um cobertor. Ele envolveu suas mãos nas dela e soprou-as em busca de esquentá-las, mas parecia não funcionar. Sua pele morena estava pálida e seus dedos estavam estranhamente enrugados, como quando passamos muito tempo dentro d'água. Mas ela estava inteiramente seca, o único vestígio de água em seu corpo era uma lágrima que parecia ter percorrido o caminho de suas bochechas, mas agora havia secado.
Afastados dos dois estavam Damien e Melissa, completamente confusos com toda a situação. Aaron aparece com uma estranha afirmando estar com ela? Ele sequer a conhecia? Conhecia a história dela?
Melissa achava tudo muito repentino, mas se o melhor amigo confiava na desconhecida ela também confiava. Com o príncipe, porém, era diferente. Ele não confiava na floresta, e muito menos em pessoas que apareciam na floresta repentinamente.
- Ok. Você está segura agora. Pode... me contar o que houve? - ele sussurrou enquanto alisava os braços de Amanda, para que ela se aquecesse.
- Eu... silenciadores. - respondeu simplesmente.
- Está fugindo deles? - ela assente. - Então está bem, é tudo que preciso saber. Não vão te machucar agora que está conosco. Você... está indo pra algum lugar? - ela nega.
- Meus p-pais foram lev-levados. Presos. - ela gaguejou. Ela não parecia falar muito, ou talvez fosse apenas consequência do que aconteceu.
- Isso foi hoje? - ela assente com a cabeça. - Bom... precisa de alguma coisa?
- Obrigada. - ela diz enquanto nega.
- Tudo bem então, vou estar logo ali acendendo a fogueira. - ela novamente assente.
Aaron se empenhou em acender a fogueira, e Damien se aproximou.
- Está maluco? - sussurrou, para que a convidada não os escutasse.
- Eu confio nela Damien, não comece. - Aaron diz controladamente.
- Ela pode ser qualquer criatura, você não saberia. E trouxe ela pra perto da Mel? - ele continua. Confusão expressa em seu rosto.
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The Reign
FantasyESSE FOI O MEU PRIMEIRO LIVRO, DEIXO ELE AQUI POR APEGO EMOCIONAL, MAS É UM PROJETO DESCONTINUADO. Mel precisa lidar com a perda da mãe, a descoberta do primeiro amor, uma repentina síndrome do pânico e seus mais profundos segredos do passado. ...