Estrelas, Lua e um caminho

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Antes do cap. começar queria agradecer a todos os leitores ❤❤❤ Raksha chegou a 50k!!! Isso é sonho! Obrigada de coração a todos que leem (mesmo com minha demora e ps gnt: minhas aulas voltaram então é provável que as atualizações demorem(como essa😥) não desistam de mim okay 😭😭)❤❤❤

A luz foi se moldando até formar a familiar silhueta de um lobo.

Os suspiros de surpresa e espanto das lobas foi a única coisa que consegui ouvir e a única coisa que se mesclou ao ar do lugar.

É aquele lobo, o menor entre os ancestrais.

O que havia me encarado enquanto estava na clareira rodeada pelos lobos inimigos.

- Esqueci de uma coisa. - ele fala e fios de luz se desprendem de sua forma de espectro. - Já que isso é graças a nós.

Seu "olhar" se fixa nas marcas expostas.

As luzes tocam a carne com uma leveza impressionante, são como flocos e cristais de neve descendo do céu pela primeira vez.

Quando ele termina, sinto a carne que minutos antes estava exposta - completamente renovada e uma leve sensação de frescor passeando sobre ela.

- Obrigada. - respondo e o ancestral logo volta a sua forma esférica, sumindo em seguida, deixando todas tão atônitas quanto eu.

- Ele foi um dos que nos ajudou a espantar os lobos. - digo quando me volto para os pares de olhos curiosos das lobas.

Pensei, que ao falar isso, a expressão de surpresa delas sumiria, mas não havia adiantado muito coisa, ainda estavam com os olhos arregalados e as bocas entreabertas.

Esperei que por uns poucos segundos até que o espanto as deixassem.

- Vamos indo. - não é a voz da alfa que ordena isso, mas a de Kaia. - Não podemos perder tempo, nem tornar a ajuda deles em vão.

- Ela está certa, - Dikeledi se pronuncia e vejo que sua expressão está contida novamente, o olho violeta tão calmo quanto o céu noturno sobre as nossas cabeças.

Uma confirmação silenciosa se espalha entre todas nós e rapidamente entramos na nossa formação.

O vento frio é suave no meu rosto - a carne cicatrizada é uma benção que eu realmente não estava esperando.

Começamos a nos mover rápido, deixando para trás a margem do rio repleta de restos de peixes para outros animais noturnos.

Suindara voa alto ao lado de outras corujas para aproveitar a corrente de ar da noite e também verificar a extensa área da floresta ao nosso redor.

Os ancestrais podem ter espantado ao lobos brancos naquele momento, mas mesmo eu os ameaçando, não acho que estamos completamente seguras. 

Além disso, eles não são a única matilha que pode tentar nos atacar, se outra sentir o menor sinal do nosso cheiro... Espero que meu chamado funcione.

- Então é aquilo com que um ancestral se parece... são lindos... pelo menos para mim. - minha amiga me fala e continua. - E ainda curou o seu rosto, eles tem poder para isso?

- Aparentemente sim, e uma força descomunal também. - a respondo.

Vejo de relance as

orelhas se mexendo para ouvir um pouco das nossas palavras, talvez eu devesse ter conversado com elas enquanto estávamos próximas ao rio - não teremos muitas oportunidades de agora em diante.

Se Kaia não tivesse nos apressado... ela me parece ser chata, seria uma prima distante de Kiff?

Sorrio um pouco com o comentário da minha consciência, sem retrucar dessa vez, ela está meio certa.

Depois de nosso pequeno cochicho , permanecemos caladas e focadas na calmaria da noite ao nosso redor, perturbada apenas pelos grilos insistentes e por nossos passos calculados sobre uma relva ainda jovem e fria. 

Pouco a pouco duplas de corujas retornam com a maravilhosa notícia de nenhum sinal de lobos ou matilhas.

O cheiro que paira no ambiente também não revela a presença de outros lobos, apenas de outros animais como cervos e coelhos fujões.

Mais uma vez, agradeço mentalmente aos ancestrais por terem nos ajudado.

A calma da noite é uma maravilha comparada ao que aconteceu mais cedo e deixou todas nós um tanto quanto perturbadas.

- Nenhum sinal de perigo mais ao Sul. - É Suindara que chega dessa vez, pousando sobre minha coluna e logo em seguida, sacudindo a poeira escondida por entre as penas. - Talvez aquelas pragas tenham avisado às matilhas próximas sobre o ataque que sofreram.

- Isso seria perfeito para nós. - a respondo, quase um murmúrio. - E para os filhotes que ainda não nasceram.

Um arrepio solitário percorre meus pelos, Suindara também nota e sinto suas patas se mexendo levemente numa pergunta silenciosa, mas nem ao menos posso responder por não saber a resposta.

Parece uma forma secreta de aviso, mas sacudo a cabeça ao pensar isso, está tudo bem por enquanto, aqui e na alcateia.

Nossa caminhada continua por toda a noite, vemos a lua se movimentar pelo céu até desaparecer quando o tempo ainda não é dia e a escuridão começa a sumir.

E quando finalmente paramos uma coruja branca sai de uma bruma distante, a coruja do alfa e com ela, uma notícia vinda da nossa alcateia.

P.s: sorry pelo cap. curtinho pessoas :,( mas como não ando com muito tempo pra escrever foi só isso que consegui dessa vez, a parte boa é que o próximo será melhor ;) bye bye e obrigada por ainda acompanharem esse livrinho


RakshaOnde histórias criam vida. Descubra agora