1º Capítulo

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Como já disse, eu não sei a data de hoje, o que se passa lá fora, não sei se é dia ou noite. Apenas sei, que ouvi algo a mexer-se lá fora. Os meus sentidos estão quase apagados devido à minha fraqueza secular, mas ainda não deixei de ouvir melhor que os humanos.

Eu: Alguém! Alguém me ajude! Abram as portas, as janelas por favor eu quero sair daqui! (Gritei com toda a força que eu tinha).

Nada aconteceu, continuei a gritar até alguém e ouvir o meu pedido e abrir-me a porta. Continuei a gritar até não conseguir mais. Depois eu ouço uma porta a abrir e alguém a caminhar em sentido aonde eu me encontrava. Talvez fosse desta que eu pudesse sair, conquistar a minha liberdade, finalmente, depois de todo este tempo.

Vi uma figura à minha frente que me estendeu a mão. Eu levantei-me com a sua ajuda. Vi que essa figura era uma mulher, melhor uma rapariga, ela devia ter os seus 20 anos. Ela usava umas roupas bastante curtas e também decotadas. Em que era estaria eu?

Olhei para ela, tinha o cabelo preto e olhos azuis. Era bonita ela, mas eu tinha de fazer aquilo, queria pedir-lhe perdão pelo que iria fazer.

Eu: Desculpa…podes dizer-me que dia é hoje? Em que ano estamos?

Xx: Bem, hoje é sexta-feira, é de noite, estamos no ano de 2014! Estou num acampamento aqui perto.

Eu: 2014? Passou-se bastante tempo!

Xx: Bastante tempo do quê? Como te chamas?

Eu: O meu nome é Layla…e o teu?

Xx: O meu nome é Jane!

Eu: Olá Jane, vou fazer uma coisa…

Eu não pude conter mais, e ataquei-a. Bebi o sangue dela até à última gota. Já nada restava mas pelo menos eu estava bem, a minha força tinha voltado. Não o devia ter feito porque depois vou-me culpar da sua morte mas mais uma vez não tive alternativa.

Eu. Desculpa…

Saí dali a correr. Digamos que eu estava numa floresta, bastante escura, era dia de lua nova, escuridão total. Haviam montes de estrelas, coisas que já noa via há bastante tempo. Mas aqui estou eu, no ano de 2014. Passaram-se vários séculos e estou num novo milénio. Mas eu estava num estado miserável. Tinha de mudar este visual, tomar banho, sei lá recuperar o tempo perdido, mas bem isso era impossível. A última vez que eu tinha estado cá fora, antes de ser ali presa, foi em 1794. Passaram-se séculos. Eu usava roupas dessa época, estavam um bocado sujas.

Após ter parado a minha corrida, eu andei mais lentamente pela floresta, e um pouco mais à frente, por entre as árvores encontrei um lago. Não era muito grande, mas dava tomar lá banho. Despi-me e mergulhei lá. Limpei-me e depois, como não havia lá ninguém, eu deixei-me secar com o vento. Devia ser verão, estava calor e o vento era como uma brisa morna. Depois também lavei as minhas roupas e deixei-as secar. No final de tudo isso, eu vesti-as. Vi, uma ou duas horas mais tarde, o sol nascer. Era incrível, surgia lá no horizonte, por detrás das montanhas. Acho que nunca tinha visto isto a acontecer, ou pelo menos já não me lembrava, porque após muitos séculos sem me alimentar, algumas das minhas memórias eram apagadas. Agora faltava-me encontrá-lo. Talvez com ele, tivessem sido aprisionados os nossos amigos. Contando comigo, éramos cinco elementos.

Depois do sol ter nascido totalmente, eu continuei o meu caminho, eu não tinha problemas com o sol, estava protegida com um cristal que estava numa pulseira que eu usava. Em poucos minutos eu acabava de chegar à cidade. Aquilo estava incrivelmente mudado. Casas gigantes e altas, edíficios belos e modernos. O que era aquilo? Caminhei na cidade, por entre as pessoas. Elas estavam vestidas de um jeito diferente do meu. Eu também tinha de me vestir assim, mas não tinha dinheiro para as comprar.

Alguém esbarrou contra mim. Olhei para essa pessoa e era uma rapariga. Ela parecia ser simpática. Cabelo loiro escuro e olhos dela eram azuis. Porra, nesta geração era só gente de olhos claros. Na minha quase tudo tinha olhos castanhos, ou castanhos-escuros e até mesmo negros. Os meus eram os únicos diferentes, tinham uma cor amarelada, sempre tiveram.

Xx: Desculpa…

Eu: Ahm não tem mal!

Xx. Estás vestida duma maneira diferente pareces acabada de sair do séc XII ou XIII…

Eu: Pois é, eu tenho um estilo diferente, gosto disto…

Xx: Mas sempre podes mudar…

Eu: Eu sei mas não tenho dinheiro, fui abandonada e cheguei aqui…

Xx: Oh meu Deus, eu vou ajudar-te!

Eu: Obrigada e já agora o meu nome é Layla!

Xx: O meu nome é Bárbara…

Eu: Muito prazer.

Bárbara: Igualmente, vá vem comigo, vou levar-te a minha casa, vivo sozinha num palacete por isso podes viver comigo.

Eu: O…obrigada…

Isto era sorte a mais, até quero ver aonde ela me irá levar, mas ela é boa pessoa, sinto isso por isso nunca lhe irei fazer mal. Ela levou-me à sua casa que de facto era um palacete. Era enorme, pintado de branco, deveria ter uns 2 ou 3 andares. Bastantes janelas, e um jardim enorme, coberto de relva, árvores para sombra e alguns arbustos. Da parte atrás da casa, tinha uma grande piscina.

Bárbara: É isto a minha casa, pela parte de fora!

Eu: Fantástica!

Bárbara: Como era a tua casa?

Eu: Também era assim um palacete mas não tão moderno. Era grande, 4 pisos, jardim enorme. Era estilo vitoriano, antigo, mas eu adorava aquele tipo de arquitetura…

Bárbara: Incrível! Um dia tens de me mostrar eu adoro casas desse género…estudo aquitetura e tu?

Eu: Eu não estudo nada!

Bárbara: Não? Que idade tens?

Eu: Quantos anos me dás?

Bárbara: 16 ou 17!

Eu: Em cheio. Estarei breve a fazer 17!

Bárbara: Em que dia?

Eu: Setembro, dia 15…

Bárbara: Falta 1 mês…

Eu: Exato…

Bem na verdade eu tinha mais de 16 anos, tinha na verdade quase 2000 anos. Mas isso ninguém sabe porque na verdade quando me tornei assim, eu tinha 16 anos, e vou tê-los assim para sempre. Várias gerações vão passar e eu sempre com a mesma aparência. Por essa razão desapareço por vezes sem deixar rasto até as pessoas se esquecerem de mim.

Bárbara: Bem, entra!

Eu entrei na casa. Ela mostrou-me o interior e aonde eu iria dormir. Primeiro ela emprestou-me algumas das suas roupas. Ela era incrível, não me conhecia mas era gentil comigo.

Eu: Fixe isto aqui!

Bárbara: É…o que fazes nesta cidade, o que te trouxe aqui?

Eu: Ando à procura dum amigo!

Bárbara: E como se chama ele? Tenho vários contactos nesta cidade, e alguns são duns tipos esquisitos, pode ser um desses!

Eu: O nome dele é Luke, Luke Hemmings…conheces?

Bárbara: Por acaso não, mas hás-de o encontrar!

Eu: Assim espero, tenho de sair daqui lá para as 21:00h!

Bárbara: E quando voltas?

Eu: Não sei!

Bárbara: Está bem…

O tempo passou e quando eram 21:00h, estava a anoitecer, eu sai de casa. Eu acho que sei precisamente onde o Luke está preso. Tipo numa sepultura subterrânia, debaixo das ruinas que se encontram perto do castanheiro maior. Lá eu tinha a certeza que o iria encontrar, não sei o jeito como ele vai estar por isso, levo comigo, uma pessoa que hipnotizei, um daqueles bandidos de rua.

Continua...

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⏰ Última atualização: Jul 21, 2014 ⏰

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The Darkest Side of The NightOnde histórias criam vida. Descubra agora