Capítulo 2

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Eu começo a acordar e a primeira imagem que vejo é o céu, todo azul sem nenhuma nuvem, mas logo não consigo ver o céu, várias pessoas chegam perto de mim e elas me olhavam com um olhar diferente, como se estivessem surpresos por eu estar ali.

-Onde eu estou?- Pergunto me sentando, logo percebo que estou numa espécie de grama.

-Saiam da frente- um homem mais velho aparece e como seu olhar era igual o de todos, surpreso, ele se abaixou e chegou perto de mim- Você está bem? Se lembra de alguma coisa?.

-Eu... Estou bem, eu estava na minha casa com minhas... Amigas, Iza, Lua- sussurro- Onde elas estão?- pergunto tentando olhar ao redor mas estava cheio de pessoas em volta.

-Esta falando das duas humanas que chegaram de forma inexplicável aqui igual a você?- o moço mais velho pergunta

-Ai moço eu não sei, uma tem cabelo ruivo e a outra é uma de cabelo castanho e baixinha- falo, nossa quanto tempo eu dormir?

- Sim, eram elas mesmo, estão na minha casa, estou cuidando dos ferimentos delas, venha comigo para trat...- o interrompo preocupada

-Vamos, eu quero ver elas- me ponho de pé, onde é sua casa?- Só depois de falar que olho pras minhas pernas, elas estavam todas arranhadas cortes superficiais mais eram grandes, olho pros meus braços e eles estavam com alguns cortes também.

-Vamos- ele fala se levantando- precisamos cuidar desses seus ferimentos senhorita.

Fomos andando em silêncio pelo caminho, essa cidade onde estavamos era diferente, parecia uma daquelas vilas de filme, com casas estilo horlandes, só que tinha mais tecnologia, a cada pessoa que eu via, elas usavam um tipo de bracelete, e ele mostrava uma tela em 3D pra você, como se fosse um celular, as padarias tinham robôs ajudando os senhores mais velhos a vender massa, isso é demais.

-Eu nem perguntei seu nome, senhorita, que falta de educação a minha- o senhor mais velho fala me tirando do meu transe.

-Ah sim, pode me chamar de Mel- falo e dou um sorriso sem mostrar os dentes- e qual é o seu nome?

-Meu nome é Samuel, sou o alfa deste lugar- ele fala com um tom de orgulho, esse cara fumou o que meu Deus?.

-Senhor Samuel, ninguém fala alfa não, é prefeito sabe.- falo, eu já estou com um pouco de medo desse homem, o mais estranho é que todas as pessoas que passavam, o olhavam com admiração. Samuel me olhou e deu um sorriso como se eu estivesse falado algo engraçado para ele

-Eu nunca tinha conhecido uma humana antes, bem, eu vou te explicar tudo, certo?- concordo com a cabeça e ele continua- bem a cerca de um milhão de anos atrás ocorreu o chamado apocalipse, onde a maioria dos humanos foram mortos e no lugar deles apareceram os seus... Como se chama?- ele sozinho como se tentasse lembrar- sobrenaturais-fala e estala os dedos- lembrei!.

-Mas isso é impossível!- falo, todo mundo foi morto, mano.

-Eu sei, pras suas amigas humanas também foi difícil de acreditar- ele fala com a voz calma, chegamos a uma casa enorme estilo rústica mas bem elegante- eu sou um Lobisomem alfa, chefe da alcatéia sangue azul.

-Nossa, quanta informação- falo e coloco a mão no rosto- todo mundo morreu, meus amigos, minha família- solto um suspiro- eu não tenho casa, não tenho emprego, estou toda machucada, tenho duas amigas que quero proteger, mas como? Se não posso fazer nada.- penso alto ainda com as mãos no rosto.

-Que tal fazemos um trato?- Samuel fala, tiro as mãos do rosto pra ver sua expressão- Deixo, você e suas amigas morando aqui comigo, na minha alcatéia, dou comida e treino vocês, em outra quero que vocês sejam minhas aliadas, sangue humano vale muito nessa realidade, senhorita, os vampiros que agora se alimentam de sangue modificado, vão querer enfiar suas presas em você, mas posso treina-la para se defender, com sua ajuda vamos conquistar novos territórios e expandir nosso comércio  e então, vocês serão minhas aliadas?- ele pergunta com ar de negociador.

-Sim, farei o que for preciso para manter esse lugar a salvo- falo ficando ereta.

-Temos um acordo então- ele fala e abre a porta da casa.

Era um lugar bem elegante com paredes de madeira, e era decorada por janelas de vidro. Um homem um pouco mais velho que eu apareceu descendo as escadas da casa.

-Elas estão bem, as lesões foram poucas e superficiais, apenas estão dormindo agora- o homem fala e vem ao nosso encontro, ele me olha de cima a baixo e fala- Mais uma?

-Sim, elas irão ficar conosco, cuide dela, elas são humanas, precisam de um cuidado especial, são delicadas dem...- Samuel fala quando me intrometo na conversa, faço uma pose de “bitch please”( gif)

-Olha aqui senhor, nós até podemos ser mais frágeis que vocês sobrenaturais, ok? Mas não somos essas pétalas de rosas não, sabemos muito bem nos virar...- falo com os gigantes, esqueci de falar, eles eram gigantes, por volta de 1,90, Samuel me atrapalha rindo de mim e coloca a mão na cabeça.

-Pelo visto, você ainda vai me dar trabalho- ele fala e vai andando- Jake cuide dela.- Samuel entra numa sala.
Depois disso o tal do Jake me olha com um olhar de “perdeu a noção do perigo” mas não fala nada.

-Vem comigo- ele fala e vai subindo as escadas. Fomos andando pelos corredores até chegar numa em duas portas de frente pra outra- as suas amigas estão aqui- eu já ia entrar em um dois quartos quando ele fala- antes disso precisamos cuidar dos seus ferimentos- eu concordo com a cabeça e vou seguindo ele para outro quarto, essa casa enorme. Ele entra e depois eu entro.

Era um quarto grande com uma cama,  uma chaminé, só imaginei o papai Noel descendo de lá, lenha e outras coisas.

-Senta na cama, eu já volto- Jake fala e sai do quarto.

Minutos depois ele volta com uma maleta na mão.

-Tire a roupa- ele fala na maior naturalidade pegando alguma na maleta.

-Eu não! Para com isso seu tarado- falo em relutância. Ele me olhou de cima a baixo e deu sorriso de lado.

-Calma, eu só preciso ver se tem um machucado onde as roupas cobrem.- ele fala com calma, até que isos faz sentido, mas ele pode ser um tarado.

-Tudo bem, mas se você tentar alguma coisa eu te dou um soco- falo olhando séria pra ele, ele joga as mãos como se tentasse “eu não faço nada” sorrindo, que sorriso lindo que ele tem, para com isso Mel!.

Tiro minha roupa e ele começa a fazer curativos nas minhas pernas, que era onde mais havia dano. A última peça que faltava era o sutiã, quando eu o tiro, o vejo olhando para eles mas logo devia o olhar, é, eu tinha uns peitões, eu tinha um corpo com curvas, aquele famoso “corpo violão” mas não ligava muito. Ele terminou os curativos nas pernas e acabou que eu tinha um corte no meu seio esquerdo. Nossa eu tinha muita sorte mesmo, para não dizer ao contrário, o constrangimento foi grande para nós dois, mas quando ele acabou em todos os lugares me senti até alivada, ele colocou junto com os curativos, um spray, que me deixou com um pouco de sono.

-Vou deixar você descansar, qualquer coisa meu quarto é aqui na frente do seu.- Jake fala quase que num sussurro, o que me deixou com mais sono, concordo com ele e vou dormir um pouco.

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Foto do quarto da Mel:












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