2 Capítulo - A decisão

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Entrei na rua da minha casa, sorte que eu sabia de olhos fechados como chegar lá pq eu não estava no meu corpo, eu estava naquele homem que nem mesmo o nome eu sei. Ele é tão lindo eu nunca me senti assim, achei que não conseguiria parar de olhar para os olhos dele, me perdi totalmente nele. Mas não posso ficar pensando nele, nunca mais vou vê-lo novamente.

Saio de meus devaneios quando chego no velho e pequeno portão de casa, é aqueles portões que quando se abre pode acorda a rua toda.
Passo pelo portão e vou em direção a porta, pego a chave mas quando vou abrir abrir a mesma percebo que está aberta, a primeira coisa que penso é que Bob voltou mais cedo.

E em um piscar de olhos ele abre a porta com violência, olho pra ele que está visivelmente drogado e com muita, muita raiva.

-ONDE VOCÊ ESTAVA? - gritou oq me fez pular

-Eu..e..eu fui no mercado - falei sem pensar, e logo depois lembrei que ele nunca me dá dinheiro pra nada - realmente acho que ainda estou no mundo da lua-

-Com que dinheiro? Eu nunca te dou dinheiro

-Eu tinha guardado- disse mais uma vez sem pensar

-VOCÊ ACHA QUE ME ENGANA GAROTA -gritou puxando meu braço

-Eu não saio mais, desculpa - falei na esperança dele me soltar

E então ele começou a rir

-Você acha que eu não ia descobrir? Acha que eu não sei que toda vez que eu saiu você vai pra praça e vende aquelas merdas de flores?

E foi ai que meu mundo desmoronou, ele tinha descobrido, ele não ia me deixar fazer isso mais.

-Eu só queria dinheiro você nunca me dá, eu tenho que me virar

-Eu quero ver você se virar sem aquele Jardim de merda - falou em tom de deboche

Eu sabia que ele tinha feito alguma coisa só não imaginava que fosse aquilo

-OQUE VOCÊ FEZ -gritei ja temendo a resposta

-Eu destruir aquele jardim, agora você não tem mas nada que lembre aquela vadia da sua mãe

-EU NÃO ACREDITO QUE FEZ ISSO - gritei indo pra cima dele

Era a primeira vez que tomava coragem e parti pra cima dele, eu só queria bater nele, mas ele era mais forte.

Ele me empurrou fazendo eu cair pra trás, então ele veio pra cima de mim deu o primeiro soco e sabia que aquilo era o só o começo

Ele me bateu tanto que tive que me fingir de desmaiada, ele não foi nem inteligente pra checar se eu estava mesmo.

Então ele saiu de cima de mim, eu sentia o olhar dele em mim vendo o estrago de tinha feito mas tenho a certeza que ele não sentiu nem um pouco de remorso.

Ouvi os passos dele se afastando essa foi minha deixa pra reunir todas as minhas forças e correr escada acima, tranquei a porta do quarto e fui até o banheiro me olhei no espelho que vi o estrago.

Olhos roxos, lábios que tinha a cor rosa, agora pálido e com dois cortes eu estava horrível, mas infelizmente eu já era acostumada

-SUA VADIA!! -ele tinha visto que enganei ele

-EU VOU SAIR E QUANDO VOLTAR QUERO A CASA ARRUMADA E TODO O DENHEIRO QUE VOCÊ CONSEGUIU EM CIMA DA MESA - gritou antes de sair pela porta da frente e bater a mesma com força-.

Eu não podia fazer mais uma vez oq ele manda, não foi ficar aqui até eu fazer uma coisa e ele conseguir me matar da próxima vez.

Eu vou fugir e dessa vez ele não vai me pegar, eu tenho dinheiro para comprar uma passagem pra bem longe daqui, um lugar onde ele não vai me achar.

Determinada fui até o banheiro tomei um banho mais rápido possível, sair enrolada em uma toalha vestir um conjunto de peça íntima e coloquei minha velha calça jeans, um moletom e meu tênis.

Peguei uma mochila de baixo da cama e coloquei umas peças de roupas - não ia levar muita coisa-
Então fui até a última caveta da minha pequena cômoda, tirei o fundo falso que tinha feito e peguei o dinheiro que tinha das vendas.

Desci as escadas, da última vez que tentei fugir eu não tinha feito nada pra ele, mas agora não podia simplesmente sair.

Vou esperar ele voltar atrás da porta e quando ele abrir vou quebrar a coisa mais pesada que tem nessa casa na cabeça dele, não sei se vai ser o suficiente pra matar ele, mas eu quero fazer isso.

Fui até o meio da sala tentando lembra da coisa mas pesada aqui dentro, e a única coisa que achei que podia carregar sozinha foi um vaso, ele era grande é pessava acho que o suficiente pra desacordar alguém.

Vou atrás da porta e coloco minha mochila, depois sento no sofá com o vaso no meu colo e fico esperando ele voltar.

-Mais tarde naquele mesmo dia-

Depois de ficar muito tempo esperando achando que ele não voltaria, ouço o portão abrindo.

Então num pulo vou pra trás da porta esperando ele abrir a mesma.

Que deem tudo certo...Que deem tudo certo

Fico repetido isso na minha cabeça, até ele abrir a porta e eu reunir toda a raiva de todos esses anos, por ter visto minha mãe morrer na minha frente, pela injustiça que deixaram pra lá, todas as surras que sofria por qualquer coisa.

E quero com todo a minha força na cabeça dele que cai sem nem ver oq o atingiu.

Quando tenho certeza que ele tá desmaiado pego minha mochila e corro, sem nem olhar pra trás sem nem dá um último olha para o jardim que agora está todo destruído.

Corro e corro, eu nem sei pra onde estou indo só sei que quero ficar longe o suficiente e só ai ver oq vou fazer daqui em diante.

Passo pela praça aquela que era mais minha casa do que qualquer coisa, percebo que estou em uma rua chique onde fica os melhores restaurantes.

E ali eu tão encantada com as fachadas dos restaurantes que não vi uma pessoa vindo em minha direção, eu já estava no chão pelo impacto

-Garota das flores!? - disse aquela voz, aquela que não saia da minha mente.

Não pode ser...

Mais uma vez meu mundo desabou quando olhei a infilidade daqueles olhos azuis.

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Gente mais um capítulo.
Queria muito saber se vocês estão gostando comentem e votem.

Sexta-feira tem mais

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A Garota das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora