35 capítulo - Descobertas do passado

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Eu estava acordada mas não queria abrir os olhos. Eu podia sentir um par de olhos direcionados pra mim, e pelo simples fato da minha pele está formigando eu sei bem que é Bryan.

O problema é que se eu abrir os olhos minha paz vai embora, essa confusão toda vai nos dominar e eu não quero que ela acabe com meu relacionamento com Bryan, mas eu posso sentir, posso sentir uma coisa ruim chegando e eu não quero saber o que é.

- Eu sei que está acordada Emma - Bryan disse com sua voz rouca.

Suspirei pesadamente e abrir os olhos, foquei em Bryan quando meus olhos se acostumaram com a claridade. Ele estava sentado em uma poltrona bem ao lado de sua cama.

- Quer conversar - eu sabia que não iria ter paz

- Agora não

Levantei e senti uma dor de cabeça imensa. Merda!

- Melhor você deitar

- Não, quero um banho

- Quer ajuda - falou me cercando

- Não precisa, levei um soco na cara não na perna - disse sem pensar

Sair de perto dele e fui para o banheiro.

Eu não queria falar daquele jeito com ele, mas eu estou tão irritada. Estou irritada com ele por ser impulsivo, estou irritada comigo mesma, e a minha irritação maior tem nome e sobrenome, Jonas Parker.

Eu o odeio, odeio ele por tudo que ele fez para Bryan, mesmo eu nem sabendo. O odeio por ele ter chegado aqui e querer mudar tudo.

Quando dei por mim ja tinha terminado banho, então me enrolei em uma toalha e fui pra frente do espelho.

Eu tinha um pequeno corte no lábio, e um olho roxo. Bom poderia estar pior.

Sair do banheiro e não encontrei Bryan, fui para o closet e me vestir.

Quando descir as escadas sentir cheiro de panquencas.Entrei na cozinha e vir Bryan de costas pra mim, em frente ao fogão fazendo panquecas.

Acho que agora estou me sentido culpada por ter falado daquele jeito com ele, até porque ele não teve culpa alguma, foi eu que entrei no meio. Mas não vou dar o braço a torcer, temos que ter uma séria conversa sobre seu irmão.

- Vai ficar aí parada? - falou ainda de frente pro fogão.

Em silêncio, andei até o balcão e me sentei em uma das cadeiras.

Bryan virou e começou a nos servir, então sentou de frente pra mim. Fiquei olhando por um tempo pra ele, mas em nenhum momento ele olhou pra mim.

Dei de ombros e comecei à comer.

- Está com raiva?

Olhei pra ele e o mesmo agora estava me olhando, mais especificamente pros meus machucados

- Estou

Ele assentiu em silêncio e voltou a comer.

- Precisamos conversar - falei

- Quer terminar comigo, é isso? - falou com desespero

- Não!

- Então, o que?

- Você tem que me falar qual o problema com seu irmão.

- Emma...

- Não! - o interronpo - Você vai me falar Bryan, não pode esconder isso de mim

- Tudo bem..., foi há muito tempo atrás quando eu ainda morava com meus pais. Eu tinha uma namorada, Clara, eu gostava mesmo dela - ele fez um momento de silêncio, eu fiquei desconfortável com isso - Quando levei ela pra conhecer minha família, Jonas começou a atacar, é claro que eu sabia a dele até porque ele ja tinha feito isso comigo, mas não era tão ruim afinal eu não gostava das meninas. Ele começou a dar em cima de Clara, brigamos várias vezes por isso até um dia, eu tinha saído com meu pai, quando voltei pra casa la estava eles, na nossa casa, no nosso quarto, na nossa maldita cama! Encontrei eles transando.

Olhei surpresa pra ele, então era por isso que ele não me queria perto do seu irmão

- Eu sinto muito, mas ela também não prestava.

- E você acha que sou burro? É claro que eu sei disso

- Mas o que aconteceu depois?

- Bati no Jonas, e coloquei Clara na rua. Depois um mês eu achei que tinha acabado, mas ela apareceu de novo, Clara veio até eu e falou que estava grávida. Eu não acreditei é claro, depois que ela viu que eu não iria cair na dela, admitiu tudo, que estava com ele mesmo antes de me conhecer, e a criança era do Jonas.

- Cadê a Clara é essa criança agora?

- Mortos

Como assim?! Eu estou tão confusa com tudo isso.

- Como?

- Depois que Jonas descobriu sobre o filho ele não quis, rejeitou Clara e o próprio filho. Humilhada ela saiu correndo, não viu o carro e acabou atropelada, o bebê era novo não tinha como ser salvo.

- Que triste

- Sim

- Então é por isso que não me quer perto do seu irmão?

- É

- Você não confia em mim?

- Não é isso

- É sim

- Pare com isso, é nele que não confio.

- Tudo bem, mas eu não quero fazer parte disso

- E não vai

- Ótimo

Levantei na cadeira e fui até a pia levar as coisas.

- Está com raiva ainda?

- Talvez

- Eu acho que isso é TPM

Olhei pra trás e estretei os olhos.

- Engraçado você

- Eu sei

- Bom, vou pra biblioteca

- Eu vou na empresa, mas não demoro

- Tudo bem

Sinto a presença dele atrás de mim e viro.

Ele olha de novo para os meus machucados e leva seus lábios até meus olhos roxo e dá um beijo, depois abaixa e dá outro bem em cima do corte no meu lábio. Depois aprofunda o beijo.

Depois que o ar falta, ele se afasta e sai de casa logo depois de falar um " eu te amo "

Eu espero mesmo que fique tudo bem, porque ainda sinto uma sensação ruim.

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A Garota das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora