Acordei com o barulho que vinha do andar de baixo, sabia que era ele.Como todas as manhãs ele me acordava pra fazer o café pra ele, e como todos as manhãs eu tinha que levantar.
Tomei coragem, e a motivação de que logo eu sairia daqui, fui até o banheiro e me olhei no espelho vendo a garota magra e pálida, olheiras ao redor dos olhos era a prova que não dormia direito, e os olhos era uma das lembranças da minha mãe, aquela tom de azul que agora não tinha brilho, os longos cabelos loiros que mais uma vez era parecido da minha mãe.
-VOCÊ VAI SAIR DESSE QUARTO QUANDO? - a pergunta me fez acorda.
Sair da frente do pequeno espelho tirei minha roupa e entrei no pequeno box pra tomar banho, lavei meu cabelo com meu shampoo de morango- era o preferido da mamãe- terminei de fazer tudo e sair do banheiro enrolada na toalha, vesti uma langerir vermelha e uma vestido florido de alcinha, e só então sair do quarto.
-Achei que não sairia daquele quarto- falou sentado na cadeira já esperando o café
-Eu já to aqui- respodi
-E não me responda garota- e assim eu comecei a fazer o café e ovos mechidos, servir pra ele que começou a comer sem nem dizer obrigado- não que eu ainda esperace por isso-.-Mais tarde naquele mesmo dia-
Já eram 14:30 da tarde, eu ja tinha limpado a casa, e agora estava na frente da televisão em um canal qualquer que passava sobre política. Eu estava esperando como todo dia que Bob saia pra ele fazer as coisas dele, e é ai que eu pego as flores e vou vender na praça
-Eu já estou indo- ele disse como todos os dias.
-Tá bom
-E se comporta, não vai me aprontar nada ouviu garota - disse, ele fala isso desde um dia que tentei fugir quando ele saía, mas não dei certo ele me achou eu não tinha dinheiro pra pegar um transporte pra sair daqui, então naquele dia ele me achou na estação rodoviária e fez eu voltar, quando cheguei em casa ele me bateu tanto que achei que iria morrer.-Como se eu tivesse uma opção de fugir- respondi.
-Você contínua me respondendo..., tenho que ir tchau.
Depois de 10min para ter a certeza que ele saiu, eu corri até o quarto calço meu velho e único tênis pego as flores que restaram da venda passa na jarra com água e saio de casa rumo a praça.
Já na praça que hoje por sexta, estava muito movimentado comecei a parar as pessoas oferendo as flores que custavam 3,50 cada.
-Moço você gostaria de comprar uma flor? - perguntei a um homem que aparentava ter mais de 40.
-Não obrigado- falou e nem olhou pra mim.
Andei oferendo as flores hoje a venda estava boa, ainda tinha 5 flores para vender, quando vi um casal conversando me aproximei e oferecir as flores.
-Você gostaria de comprar flores para sua namorada? - perguntei ao homem moreno de olhos negros.
E foi ai que a mulher ao seu lado, morena, cabelo longo e castanho, olhos também castanho.Me olhou dos pés a cabeça me olhando com cara de desprezo.
-O que pensa que ta fazendo garota? - disse alterando a voz.
-Desculpe moça, eu só estou fazendo o meu trabalho- respondi com medo de que ela possa fazer.
-Seu trabalho por acaso é dá em cima de homem comprometido?
-Eu não estou fazendo isso.-PERA DE FALAR, SAIA DAQUI AGORA ANTES QUE EU TE DEEM UMA SURRA GAROTA -ela grita atraindo olhares das pessoas.
Fico olhando pra ela, não sabia oq fazer.
-VOCÊ É SURDA OU OQUE? -grita novamente, estava sem saber os fazer, mas ai ela me acorda com um tapa tão forte que tenho certeza que deu pra ouvir do outro lado da praça.
Coloquei a mão a onde ela tinha batido, as pessoas ao redor ficavam olhando eu estava sendo humilhada mais uma vez.Então eu corri, eu queria correr pra mais longe possível é nunca mais voltar, mas infelizmente não podia acontecer, não tinha dinheiro suficiente e nem pra onde ir.
Eu continuei correndo e foi ai que eu bati tão forte em alguém que cai pra trás, estava desnorteada não saiba oq fazer. Então olhei pra cima e lá me encontrei na imensidão daqueles olhos azuis, no cabelo cobreado a pele branca.
-Meu Deus!! Moça você está bem? -ele disse, mas não conseguir responder estava tão perdida na beleza dele.
-Moça?- ele me chamou novamente.
-Eu..eu estou bem - conseguir responder
-Por que estava correndo assim?
-Eu só estava tentando me proteger
-De que? Você precisa de ajuda? -perguntou
-Não, só preciso ir pra casaE foi só ai que me dou conta que ainda estou no chão - nunca fiquei com tanta vergonha, tenho certeza que estou vermelha -.
-Vem eu te ajuda a levantar- disso me estendendo a mão.
Então eu peguei eu senti uma corrente elétrica tão forte que soltei a mão dele mais que presa
-Pronto -disse após se sertifica que estou bem
-Obrigado - agradeci
-Está me agradecendo por ter te derrubado? - perguntou dando um sorriso - e que sorriso -
-Foi eu que estava correndo que nem uma louca - digo devolvendo o sorriso.
Então ele ficou me olhando, olhando tanto que eu esqueci que provavelmente Bob ja estivesse voltando pra casa.
-Merda!! - digo quando percebo que tenho que ir agora
-Tudo bem? -perguntou ele
-Sim, só que já tenho que ir
-Você vendo flores?
-Sim
-Eu quero as que sobrou - ele diz me pegando totalmente de surpresa
-Claro - digo estendendo as 5 flores que restou
Ele me dá dinheiro suficiente pra comprar aquelas e mais algumas.
-Eu tenho que ir - digo
-Então tá - responde-Tchau
-Tchau
Me virei indo em direção a minha casa
- Ei você não me disse seu nome! - ele fala
Não queria falar meu nome a um desconhecido, então virei pra ele e apenas de ombros.
-Então tá, garota das flores - gritou logo depois.
E assim fui para casa encarar mais um vez quem não queria.
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Gente essa é minha primeira história, então eu preciso dos comentários, a opinião de vocês.
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A Garota das Flores
RomansEmma Williams é uma garota gentil, doce que teve que lidar com a morte de sua mãe à 5 anos, que foi morta pelo próprio marido. E agora com seus 19 anos teve que aguentar todos esses anos ser humilhada e espancada pelo seu próprio pai. Mas a vida iri...