11 capítulo - Revivendo

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Naquela noite eu ainda ouvir ele chamando por mim, mas não fiz questão de responder e também não fiz questão de ver o que estava acontecendo quando ouvi barulhos no corredor. Era como se alguém lutasse pra chegar ao seu destino.

Quando o pequeno despertador bateu 05:00 em ponto eu já estava totalmente acordada, na verdade nem sei se dormir.

Levantei e fui direto pro banheiro, escovei meus dentes e tomei um banho, um banho bem caprichado afinal nem sei quando vou tomar outro agora.

Sair do banheiro enrolada em uma toalha e fui até a última caveta do guarda roupa que é onde fica minhas antigas roupas, e é somente elas que vou levar comigo não quero nada que me lembre daqui. Vestir uma calcinha e sutiã preto e minha calça jeans e também um moletom já que essa hora da manhã estava muito frio.

Depois de ajeitar a minha mochila com as roupas o dinheiro das vendas das flores, desci tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Fui até a cozinha eu peguei umas frutas pra viagem, então assim sem nem olhar pra trás sair pela porta.

Era o melhor pra mim, não iria ficar aqui e nem perto dele depois de tudo, depois de ter me declarado como nunca tinha feito ele escolheu o dinheiro não a mim.

E eu não iria atrapalhar a decisão dele, sair rumo ao nada nem sabia pra onde estava indo so estava andando sem rumo às 05:30 da manhã, o sol começava a nascer mas ainda não aparece.

Continuei andando, nem via nada na minha frente me dou conta que é por que minha visão está embaçada, pq eu estou chorando.

É aquele choro de dor e angústia, pq eu não tenho mais ninguém, pq o homem que se diz ser meu pai me odeia e não cuida de mim, pq minha mãe morreu e pq o primeiro homem que amei e amo não me ama.

E agora em uma rua sem ninguém sem saber o que fazer eu somente escuto meus soluços de sofrimento.

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Depois de um tempo andando me encontrei no meu único refúgio, na praça em que eu vendia as flores.

Agora já de manhã as pessoas já passavam pra mais um dia de trabalho ou escola e seja lá mais oq.

E eu estava aqui, sentada em um banco bem perto onde eu conheci o Bryan eu não sei pq ainda penso nele, mesmo que tenha deixado claro que não me ama eu ainda penso nele.

Estou grudada na minha mochila olhando as pessoas passarem, e eu não posso ficar aqui parada tenho que fazer alguma coisa, mas esse é o problema eu não o que fazer.

Levantei do bando indo em direção à uma moça que estava parada olhando alguma coisa no celular.

- Bom dia - falei assim que cheguei perto dela.

- Bom dia - respondeu me olhando dos pés a cabeça

- Você pode me informar onde tem uma rodoviária?

- É aqui perto, depois de três ruas

- Ata, obrigado pelo informação

Ela não respondeu, dando-me as costas e indo embora.

Seguir o caminho por onde a moça tinha dito.

Já tinha passado uma rua, ao contrário do que ela disse era muito longe por essas três ruas tem um longo caminho até chegar em outra.

Agora o sol ja estava quente indicando mais de 11:00 e eu tinha agora a pouco chegado na terceira rua, olhando pra frente podia ver filas de ônibus e eu soube que tinha chegado ao meu destino.

Fui em direção a recepção perguntar sobre os ônibus.

- Bom dia, eu queria saber qual a passagem mais barata.

- É de 30 moça

Ótimo ainda ia me sobrar um pouco de dinheiro

- E pra onde é?

- É pro Centro da cidade

- Centro? Não eu queria pra outra cidade

- Ok, pra cidade ao lado é de 50

- 50?

- Sim

Merda!

Eu não tinha esse dinheiro, só tinha 40. E agora?

Sair da fila e sentei em um dos bancos que tinha la, eu não sei o que vou fazer andei de tão longe pra nada.

Não dá pra mim sair daqui, não tenho pra onde ir ou eu fico aqui ou volto pra praça.

Eu prefiro ir pra praça, esse lugar não é confiável.

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Já havia chegado na praça e já estava escuro a movimentação havia abaixado e eu ainda estava sentada no mesmo banco de antes, o bem é que onde estou é um pouco afastado então as pessoas não ficam me olhando.

Já cansando de ficar sentada coloquei minha mochila no banco e usei como travesseiro.

Acabei pegando no sono, mais acordei com uma mão na minha perna, dei um pulo do banco mas quando olhei pra ver quem era não acreditei no que estava vendo.

- Bob? - falei com a voz trêmula ja quase chorando.

- Te encontrei sua varia

Não deu nem tempo de correr pq ele foi mais rápido me pegando pelo cabelo.

- Sua vadia desgraçada!

Foi me arrastando em direção a minha antiga casa, percebir que ele estava com minha mochila na mão livre

- ME SOLTA, SOCORRO!!

Era em vão gritar não tinha ninguém na rua, ele me arrastava e eu só não caia pq ele me segurava pelo cabelo.

Quando chegamos na porta de cada ele me jogou pra dentro.

- Você nunca mais vai sair daqui, e se sair vai ser pra trabalhar pra mim sua vadia

Levantei do chão e fui pra cima dele mas antes mesmo de chegar nele, me deu um soco na cara.

- Não me faça bater em você, vai ter que ficar linda pro trabalho.

- O que você está falando seu monstro?

- Nada, agora sobe pro quarto que estou pegando nojo de você, mais do que ja tenho

- Me devolve minha mochila

Ele tirou o dinheiro de dentro e jogou a mochila pra mim

- Isso aqui - falou erguendo o dinheiro - É meu

Olhei pra ele, corri escada à cima e me tranquei no quarto que aliás está tudo revirado.

Cair de joelho no chão aos prantos, esse era meu destino, eu não ia mais conseguir vencer.

Ali mesmo no chão tudo que eu queria era estar nos braços do Bryan.

Mas o problema é que ele não queria o mesmo.

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A Garota das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora