Prólogo

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-SAÍA DESSE QUARTO AGORA! -meu pai gritava do outro lado da porta.

-ME DEIXA EM PAZ! -gritei de volta no mesmo tom.

Sabia que se eu saísse pela aquela porta, as ações de anos iriam se repetir, ele gritava, me xigava, e me batia.Era sempre assim, desde que minha mãe morreu a 5 anos atrás quando eu tinha 14 anos.

Ela morreu em um acidente doméstico, caiu da escada e quebrou o pescoço - essa foi a história que meu pai enventou a todos - mas na verdade ela morreu de espancamento, ela foi morta pelo homem que se diz ser meu pai.

E hoje minha vida é um completo inferno, com meus 19 anos mesmo que seja maior de idade não tenho opção para fugir desse lugar, então oq me resta é obdecer esse homem viciado em drogas e jogos. Mas eu preciso ter calma, eu tenho esperança que vou conseguir melhorar minha vida e ser o orgulho que minha mãe sempre quis.

Eu vendo flores depois que meu pai sai para jogar e se drogar, todo dia as 15:00 em ponto estou na praça mais populosa dos Estados Unidos, as flores são do quintal de minha mãe, ela adorava plantar todos os tipos de flores e agora é a única coisa que me resta, e o dinheiro que ganho vou guardando pois quando eu tiver o suficiente irei sumir desse lugar.

-GAROTA EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ! - ele grita me tirando dos meus devaneios.

-VAI EMBORA! -grito para ele.

Depois de um tempo ouço a porta da frente de casa bater, sabia que ele tinha saído então soltei o ar que nem sabia que estava segurando.Hoje ele chegou de manhã drogado e começou a me dar ordens como sempre, eu fiz o café para ele, quando fui servir o mesmo acabei derrubando um pouco de café na mesa, oq gerou ele gritar comigo falando que não faço nada direito, sabia que se ficasse ali iria apanhar de novo, então corri para o quarto o que causou essa gritaria toda.

Depois de ter a absoluta certeza que ele tinha saído, sair do quarto e fui até a cozinha, limpei a bagunça e voltei pro quarto para tomar banho, fiquei algum tempo no banheiro e sair, vestir um conjunto de moletor e deitei na cama. Eu não tinha muita opção de entretenimento aqui em casa, apenas assistia TV, lia livros repetidos, e só.

Tirando minha venda de flores, eu não tinha problema algum de vender flor, era um trabalho justo, o lado ruim são as pessoas que não me respeitam, me olham com nojo, e tudo mais.

Depois das 19:30 meu pai volta, e eu não faço questão de descer, depois de muito tempo pego no sono rezando que amanhã seja um dia melhor, e que eu vendesse bem minhas flores.

A Garota das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora