Em sua cabeça se passavam vários tipos de pensamento. Mas o tópico principal, era aquela garota. Já estava de olho nela faziam meses, nunca teve coragem de verdade para falar com ela ou se quer tentar alguma coisa, mal conhecia a garota, e era por isso que ele iria se encontrar com sua amiga Marjorie, precisava de bons conselhos, e não havia ninguém em toda a Pensilvânia, que possuísse conselhos melhores do que os dela, apenas Levi, o irmão de Marjorie.
— Onde você está? — A voz de Marjorie saiu metálica pelo celular.
Ele olhou em volta do espaço em que estava, e riu.
— Na rua. Estava pensando em nos encontrarmos no restaurante de sua família. Se for possível.
Ela riu do outro lado e ele apenas sorriu enquanto mudava a rota que seguia e se direcionava para o restaurante.
— Claro. Estou indo para lá. Até daqui a pouco.
— Até.
Desligou a chamada e pôs o celular de volta em seu bolso traseiro.
Seus olhos não conseguiam desviar da garota loira, a muito tempo atrás ele já havia reparado nela, e o seu maior problema e talvez o maior desafio era a sua idade. Alan ainda tinha dezessete anos e aquilo poderia ser um empecilho entre ele e a loira, embora Marjorie não tivesse recomendado. Mas ela era maravilhosa, dançava muito bem e ele queria dançar com ela novamente, corpo a corpo.
— Está babando.
Alan retornou o foco para a garota de cabelos azuis e sorriu de lado. Estava envergonhado.
— O quê? — Ela disse enquanto mastigava as batatas fritas. — Você deveria falar com ela.
Ele estreitou os olhos querendo rir.
— Você não havia dito para eu ficar longe das loiras?
Ela deu de ombros e pegou outro punhado de batatas fritas do prato ao lado.
— Disse, mas eu a conheci melhor, e não acho mais que todas as loiras são parecidas — Ela estremeceu ao se lembrar de algo.
— Você se esforça demais — disse ele com um sorriso gentil.
Ela assentiu concordando com ele.
— Eu sei.
Ele suspirou.
— O que eu deveria fazer? Ela nem se quer fala comigo.
A garota de cabelos azuis franziu os lábios, ela pensava no que responder e em uma alternativa que fosse favorável a ele.
— Existem duas possibilidades.
Alan a olhou atentamente.
— Primeiro: ela pode ter um namorado. — Voltou a franzir os lábios. — Segundo: ela pode te achar novo demais. Se ela está no terceiro ano, ela deve ter... — Fez os cálculos. — vinte anos.
Alan escorou sua cabeça na mesa gelada, e quis desistir de tentar, mas caso ele fizesse isso ele não poderia mais acreditar em si mesmo.
— Eu não posso simplesmente esperar que ela me procure. O que você tem aí de conselhos Marjorie?
Ela fez um som com a boca enquanto pensava.
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ALAN - O RITMO ESTÁ EM SEUS PÉS
Romance|| SÉRIE B-BAD BOYS || VOL. 4 || +18 || Alan Evans, um prodígio musical. Sua família sempre confiou no ritmo que seus pés produziam, ele era basicamente o personagem principal em "Happy Feet", seus pés dançavam de forma inacreditável, e todo o seu c...