Droga!

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06h15min: Estamos todos tão desesperados! Não sabemos com quem transamos e não temos como saber. Que situação desagradável! Mas o pior de tudo, a pergunta mais cabulosa era: o que nos fez ficar tão loucos? Eu não me lembro de ter bebido muito, e Chanyeol bebeu apenas duas taças de vinho. O que poderia ter acontecido, meu Deus?

06h34min: Depois de vestidos, nos reunimos na sala e encontramos Tao desacordado no sofá. Porém, ele não estava nu. Estávamos todos muito envergonhados, mas, no fundo, eu queria mesmo era me lembrar do que aconteceu só para saber se a transa coletiva foi boa. Isso se foi uma transa coletiva. E acho até que foi, porque me sinto mais dolorido do que nunca. Estou tipo... arrombado. É, esta é a palavra.

Kris de repente apareceu na sala, tinha voltado do banheiro de visitantes. Ele ficou um pouco assustado em ver todos nós reunidos na sala.

– Kris... – Chanyeol começou a falar, ele fechou os olhos e pressionou as têmporas. – O que você fez conosco?

– Eu? – Ele enrugou a testa, se fazendo de perplexo. – Eu não fiz nada!

– FEZ! – meu noivo gritou de volta. – Você colocou alguma droga no vinho!

Ai, meu Deus! Por que eu não saquei isso antes? Claro que Kris fez alguma coisa! Porque tudo começou quando ele nos deu aquele maldito vinho.

Fiquei tão puto e indignado, que antes que Kris abrisse a boca para responder qualquer mentira, eu fui com tudo para cima dele e lhe dei um tapão na cara. Não poupei forças!

– Seu ordinário! – esbravejei. Ele me olhava com incredulidade.

Não senti pena alguma dele naquele momento. Kris não vale nada mesmo. Ano passado descobri que ele era apaixonado por mim, ele fez serenata e até já me pediu em casamento na frente de todos! Pois é, por isso tenho a ligeira impressão de que ele armou tudo isso para transar comigo.

– Você me estuprou! – eu gritei desesperado, chorando. – Eu sou um homem direito e tenho um noivo. Como pôde fazer isso comigo? E com o Tao?

– Eu não te estuprei! – ele retrucou. – Você deixou e adorou!

Ah... ele não sabe a merda que fez ao dizer aquilo.

Levantei minha mão, pronto para bater nele, porém, antes mesmo da minha mão alcançar uma boa altura, eu vi Chanyeol pular em cima de Kris como uma pantera. E foi uma pancadaria só. Chanyeol estava fora de controle, desferia socos no rosto de Kris sem parar, e o outro não conseguia reagir. O sangue espirrava em todo o lindo sofá de camurça bege.

Chanyeol continuou o socando, xingando e ameaçando de morte. Nesse meio tempo, Tao acordou.

Quando meu amigo viu o homem dele apanhando, não perguntou o porquê. Se levantou num pulo, e como um gato voou para cima de Chanyeol, lhe dando uma gravata. Chanyeol arqueou para trás, suas mãos tentaram se livrar dos braços fortes de Tao, sem sucesso. E foi minha vez de entrar em ação. Pulei nas costas de Tao e mordi seu ombro com força.

Tao, enfim, soltou Chanyeol e gemeu de dor.

– Seu animal! – Tao gritou. – O que está acontecendo aqui?

Olhei para Kris. Ele tinha o nariz e os lábios sangrando, e seu olhar me implorava por misericórdia.

Kris é um homem morto.

~~ * ~~

07h20min: Tive que me afastar até o corredor, pois o furacão Tao estava a solta. Ele ficou indignado, revoltado e com um ódio mortal quando contamos o acontecido. Não tínhamos prova de que foi Kris, mas não era necessário, Tao conhece muito bem o homem que tem.

Diário de FrustraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora