Os três bebês e eu...

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Sexta-feira, 20 de maio.

15h27min: Havia acabado de arrumar o armário dos meus bebês. Ontem retornamos para o nosso apartamento e eu notei que tinha deixado tudo bagunçado. Eu iria arrumar tudo, mas como eu tinha acabado de tirar meus pontos, Chanyeol me fez descansar enquanto ele fazia o trabalho duro. Pude apenas arrumar as roupinhas dos meus filhos.

Hoje de manhã, Chanyeol voltou a sua rotina de trabalho, e eu, a rotina de "solidão", que diminuiu um pouco agora que tenho duas pequenas companhias.

TaeYeol já tinha sido enfeitiçado pelo sono, ele dorme muito facilmente, ao contrário de TaeOh, que é mais agitado e não dorme com tanta facilidade.

Enquanto eu o ninava, a campainha tocou. Logo fiquei apreensivo achando que se tratava do chato do Luhan. Quando atendi, porém, era alguém um pouco pior: Sehun.

– O que está fazendo aqui? – indaguei com grosseria.

Ele fez um bico.

– Ah, Baekkie... o Lu está trabalhando e eu estou doente.

O mal-educado passou por mim e foi se esparramando no meu sofá. Que raiva me deu!

– Estou com enxaqueca, hyung. Comi muito biscoito recheado hoje de manhã. Faz um chá para mim? O Lu sempre faz um chá quando estou mal.

Era só o que me faltava.

– Vai à merda, Sehun. Um homem velho desses querendo que eu faça cházinho? Se toca!

– Poxa, hyung, eu estou doente!

Dessa vez não respondi, virei de costas e fui para o quarto dos bebês me perguntando como é que Luhan e Tao foram se apaixonar por um merda feito Oh Sehun. O cara é completamente infantil, não saiu dos 12 anos e é um vagabundo. Sei que ele vive de uma mesada bem gorda que os pais desnaturados dão. O que tanto Luhan e Tao veem nele?

– Hyung? – O diabo invadiu o quarto. – Se você não vai preparar um chá, pode, pelo menos, me dar algum remédio? Eu não faço ideia do que tomar.

Bem, ele me parecia mesmo mal. Não pude negar uma ajuda. Deixei TaeOh no berço e fui até meu banheiro, peguei a frasqueira de remédios e encontrei uma cartela de analgésico.

– Que bom que não é em gotas – disse ele aliviado depois de tomar o remédio. – Você sabia que o Lay come remédios?

– Sei, sim. Ele mastiga porque diz que o efeito é mais rápido. – Dei de ombros. – Agora que está medicado, poderia fazer o favor de me deixar sozinho?

– Ah, hyuung. Eu não quero ficar sozinho, posso passar mal. Deixa eu ficar aqui até o Lu chegar?

Ele fez biquinho, como uma criança. Não sou de ceder e muito menos me comovi com aquele bico escroto. Mas, sabe, eu estava tão sozinho. E ele está realmente mal!

17h30min: Sehun é simplesmente uma criança. Estou com três crianças dentro de casa. Eu liguei a TV do quarto dos bebês no canal infantil, TaeOh e Yeollie ficam mais calmos e realmente prestam atenção na TV. Passava o desenho do Robocar Poli e Sehun ficou tão entretido com o desenho que reagia conforme o mesmo. Ria de gargalhar das piadas sem graça do desenho para bebês. E o pior: ele cantava todas as músicas e as sabia de cor.

– Não acredito que você vê esse desenho – falei, indignado.

– Vejo sim, por quê? É divertido. – Ele então se ajeitou na poltrona e gemeu. – Ai... minha cabeça ainda está doendo.

Diário de FrustraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora