31 de Dezembro. Ano Novo de 2019. 23:15 da noite.
Eu não sei se escolhi o melhor lugar para fazer o que pretendia, mas com certeza de hoje não ia passar. A festa de Virada do Colégio Futuro foi o único evento em eu provavelmente estaria bem vestido e que Emily estaria presente.
Certo, você deve estar bem confuso agora. Então vamos explicar por partes.
Meu nome é Eduardo Connor, mas a maioria me chama de Connor. Deve ser por causa da decêndencia americana do meu sobrenome, porém eu não ligo a mínima, minha mãe só achou chique. Enfim, voltando. Hoje é um dia de suma importância para mim, já que finalmente eu decidi que não iria passar mais um a o reprimindo meus sentimentos por ela. "Ela" que no caso é a melhor pessoa do mundo, minha melhor amiga e, não menos importante, a dona do meu coração.
Emily Barros.
Nós dois somos melhor amigos desde o início do Ensino Médio e, praticamente desde o segundo dia de aula, eu desenvolvi uma paixonite aguda por ela. Não me culpe, como já citei, ela é a melhor pessoa do mundo. Não tive escapatória. Mas com medo de estragar a amizade, eu mantive esse sentimento em segredo.
Até hoje.
O som alto da festa castigava os meus ouvidos enquanto tocava uma música, que se não me falha a memória, era da Ludmila. Nada contra, só que minha vibe musical era outra. Os alunos dancavam é cantavam a letra de có e sorteado e algumas pessoas até se soltavam demais na parte da coreografia, mas eu literalmente não estava com cabeça para reparar demais. Emily disse que chegaria em torno das oito e meia e eu já estava ansioso demais pela sua entrada triunfal.
Já tinha todo o cronograma do iria fazer. Óbvio, eu tinha que criar um clima antes de falar o que tinha que ser falado.
Sou um cavalheiro, licença.
Quando ela chegasse eu já estaria com uma bebida na mão e o terno alinhado ( Que por sinal, ficava um pouco largo, já que peguei emprestado do meu primo.) Depois de conversar um pouco, iria chama-la para dançar quando a música perfeita tocasse. Iria conduzi-la pela pista com leveza e precisão, mostrando segurança. Depois disso, vou chama-la até o quadra de esportes e finalmente, falar o que sinto.
Que eu a amava.
Estava viajando na maionese quando Murilo, meu fiel amigo de Burger King, apareceu falando mais alto do que o som da música.
- Ih rapaz! Chama a Ludmila que é hoje! - Ele falou, claramente um pouco alterado. E incrível como jovens conseguem burlar qualquer sistema de segurança por bebida. Murilo passa o braço pelo meu ombro e fala - E aí meu amigo? Finalmente vai falar com a Cachinhos dourados, não é gavião!?
- Gavião? Sério Murilo?- Falo, rindo um pouco. As vezes Murilo tinha umas palavras bem aleatórias.- Sim, vai ser hoje, pode me ajudar mandando boa sorte?
Eu realmente não tinha falado no sentido literal. Mas como um bom ninja, ao ouvir a "mandar" e " sorte" Murilo sentiu a necessidade de enviar seu chacra, fazendo vários movimentos que eu desconhecia. Minha reação foi simplismente, cobrir os olhos com a ponta dos dedos. Sério, esse garoto precisava crescer, mas mesmo assim eu gostava dele.
- Pronto, se sinta abençoado.- Ele falou enquanto se curvava, mas acabou que tive que segura-lo. Gravidade e bebida nunca foram amigas.- Obrigado, Connor....- Ele fala ligeiramente emocionado.-... Eu sempre vou lembrar de você como meu amigo de fast food...
E foi isso, Murilo estava chorando na minha frente feito um bebê. Ele iria para a faculdade em São Paulo, então essa festa era meio que como sua despedida do Rio. Motivo claro para ele está no estado em que estava.
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O Perfeito Amor Verdadeiro
RomanceConnor só tem uma certeza absoluta: Ele tinha encontrado a garota perfeita. Depois de cincos anos de amizade e de um amor secreto por Emily, Connor decide que é hora de falar tudo o que há em seu coração. Porém, o destino o leva para um outro caminh...