A noite foi bem turbulenta. Tive sonhos estranhos. Um deles, Emily era coloca dentro de um carro e levada para longe, mas eu não podia ajudá-la, meus pés estavam presos no chão. Acordei com a respiração acelerada, buscando fôlego. Traduzindo, não consegui dormir quase nada.
Antes do horário de acordar, me levando, sem despertador. Vou ao banheiro tomar um banho para tentar relaxar e acabo passando mais tempo do que devia. Isso porque minha mãe começa a bater na porta, desesperada.
--- Eduardo! Eu não sou sócia da CEDAE!--- Levo um susto com os baques da porta e desligo o chuveiro.--- Morreu no banheiro garoto? Vai se atrasar!
Com certeza ela acordou de mal humor. O problema é que eu também estou de mal humor, nesses casos o melhor a se fazer é sair para distrair a cabeça. A qualquer minuto ela pode jogar alguma panela em mim, disso eu tenho certeza.
Me enrolo na toalha e saio do banheiro com ela me encarando. Levanto as mãos em sinal de rendição e ela só fala um " Hum." voltando para a cozinha pelas escadas. Me visto com mais rápides, sem me importar em arrumar o cabelo ou algo do tipo. Desço as escadas e entro na cozinha, onde minha mãe já esta sentada servindo uma xícara de café para ela.
--- Você está péssimo.--- Ela me olha de canto de olho, tomando um gole do café.--- Achei que você estaria radiante hoje.
Murcho no banco. Não sei se teria que explicar para ela tudo o que aconteceu ontem a noite, mas estava torcendo para não precisar. Ainda é difícil de falar.
Por causa do meu grande talento em não disfarçar as coisas, minha mãe já entendeu que não tinha ocorrido tudo bem. Ela deixa xícara de lado, muito mais calma do que antes.
--- Não foi legal não é?--- Ela fala, claramente preocupada.
--- Eu não queria falar sobre isso agora, mãe.--- Cruzo os braços, ignorando as torradas em cima da mesa.
--- Tudo bem, não vou forçar a barra.--- Ela volta a posição inicial, pegando a xícara.--- Eu gosto da Emily, ela é uma boa garota. Mas se ela não consegue ver que você é lindo, ela não sabe o que tá perdendo.
Sorrio, olhando para ela. Não tinha como ficar irritado perto da Senhora Rosa! Me inclino na direção dela e deposito um beijo em sua bochecha.
--- A senhora é a melhor.--- Dou um sorriso aberto e ela se esbalda com meu elogio.--- É melhor eu ir, tenho muito trabalho hoje.
--- Mas já? Você não comeu nada! Olha, eu estava blefando quando disse que estava atrasado, ainda tem quase um a hora de vantagem.--- Ela me olha, preocupada.
--- Não tem problema, eu como no caminho.
Pego duas torradas e coloco uma inteira na boca, acenando para minha mãe que deixou o olhar de preocupada de lado e deu lugar para o olhar de reprovação.
--- Desse jeito vai ter anemia.--- Ela volta para o seu café, mas assim que viro as costas ela me chama de novo.--- A moto do seu tio está aí, se quiser ir com ela...
Paro abruptamente e me volto para ela de novo.
--- Sério??--- Pergunto, incrédulo.
--- Claro, afinal você só tirou carteira para isso. Nada mais justo que usar.
Vou até ela e dou mais dois beijos em seu rosto enquanto ela sorri. Sei que ela está fazendo isso para melhorar o meu humor. Ela pensa que me engana, mas eu a conheço.
--- Obrigado.
--- As chaves estão em cima da estante.--- Ela se solta do meu abraço e volta para o café.--- Vai filho, vai logo! Agora sim você vai chegar atrasado.
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O Perfeito Amor Verdadeiro
RomanceConnor só tem uma certeza absoluta: Ele tinha encontrado a garota perfeita. Depois de cincos anos de amizade e de um amor secreto por Emily, Connor decide que é hora de falar tudo o que há em seu coração. Porém, o destino o leva para um outro caminh...