Marcas Do Passado - LuCelo (Luísa e Marcelo) || Concluída

Capitulo 56 - "Pai?"

Pendleton: Fica calma...-se ajoelhou para ficar quase na altura dela- Respira Poliana,fica tranquila ta bom? Ta tudo bem. -secou algumas das lágrimas dela-
Poli: Me desculpa...desculpa?!

Pens de Poliana:

Estou pedindo desculpa antecipadamente pq sei oq ele vai pensar de mim quando eu disser oq tenho que dizer: ele vai pensar q sou uma menina mentirosa e inventadeira,vai dizer que eu fiz ele perder um tempo importante pra ir ouvir aquela coisa sem nexo ou cabimento algum.
Eu não conseguia controlar o meu choro,eu não sou uma menina mentirosa, a mentira é a coisa mais horrível do mundo,mas eu preciso mentir. A minha tia esta lá, na mão daqueles dois malvados que podem machucar ela se eu não cumprir a ordem deles.
O olhar do senhor Pendleton me fez lembrar o olhar do meu pai, um olhar que me passava segurança nas minhas noites de pesadelo com pássaros malvados ou até mesmo pesadelos os quais eu estava perdida em uma floresta cheia de olhos me observando.Sorri meio as lágrimas ao lembrar das palavras do meu pai,ele me dizia e eu custava a acreditar que: "Pessoas também podem ser monstros disfarçados,assim como monstros podem ser apenas boas pessoas escondidas".
Eu senti vontade de abraçar o senhor Pendleton e assim o fiz.É inexplicável  o quão segura me senti quanto ele retribuiu o abraço, eu nunca havia me sentido tão bem e tão segura desde a morte do papai.
Eu preciso ser forte,e cumprir o meu papel.

Poli: -se afastou um pouco e percebeu que Pendleton também tinha o rosto inundado em lágrimas- Pq ta chorando? -passou a mão no rosto dele secando algumas lágrimas-
Pendleton: Sinceramente? -sorriu sem vontade- não sei!
Poli: Eu sei que você é meu pai.
Pendleton: Oq? -a encarou-
Poli: Eu sei,a...-respirou fundo- a minha mãe me disse! Alice D'ávila.
Pendleton: Como ela te disse? -estranhou-
Poli: Uma carta! Ela me deixou uma carta...-voltou a chorar- Desculpa, desculpa Senhor Pendleton, me desculpa? ! -ela não conseguia parar de se desculpar-
Pendleton: Te desculpar pelo que Poliana? -confuso- Olha pra mim?! -segurou o rosto dela com delicadeza- Pq você esta se desculpando?
Poli: Pq...-o olhou- Eu não sei! Juro que não sei.
Pendleton: E oq vc acha doq essa carta disse?
Poli: Eu não sei oq te dizer! Só sei que você é meu pai e...você sabe que sou sua filha?
Pendleton: Sim! -secou uma lágrima que insistia em cair,ele nunca foi de chorar como hoje-
Poli: Sim? -o olhou assustada- como?
Pendleton: Quando você veio morar com a sua tia,descobri que da sua existência e tive quase sempre a certeza de que...você é a minha filha!
Poli: Não! -quase gritou se afastando- pq ta dizendo isso?
Pendleton: Como assim? -confuso-
Poli: Você ta dizendo que é meu pai...pq ta dizendo? Como?
Pendleton: É eu já sabia,e peço desculpas por não ter conversado com você antes,acho que tive medo da sua reação.
Poli: Senhor Pendleton...-buscou palavras, sua cabeça estava confusa demais,ela não podia dizer mais nada- posso pedir um favor?
Pendleton: Claro!
Poli: A gente pode conversar depois? É que derepende fiquei muito indisposta, não estou me sentindo muito bem!
Pendleton: -se levantou- estão acho melhor avisar sua tia,chamamos um médico ou...
Poli: -interrompeu- Não! -pensou por um instante- acontece que...[Outra mentira.] Já fui examinada por um médico, inicio de gripe,é normal ,só preciso de repouso! -o guiou até a porta- seja qual for o mal entendido,resolvemos outro dia! -abriu a porta ele passou- até mais! -fechou a porta e subiu as escadas correndo quase sem fôlego-
Xx: Muito bem Mocinha! -a seguiu do corredor até o quarto-
Afonso: Foi uma ótima atriz.
Poli: Tia,ta tudo bem? -correu e abraçou Luísa-
Luísa: Ta sim meu amor! -beijou o rosto dela em seguida a abraçando-
Poli: Eu tô muito confusa.O senhor Pendleton disse que sabia que era meu pai...eu não entendi nada!
Afonso: Ainda não entendeu? -riu- Como pode tamanha inocência?
Xx: Ela é uma criança é óbvio que não percebe o óbvio. -riu estranhamente- Já passei uma mensagem pro chefe,vai demorar um pouco mas...vai valer a pena. -acendeu um cigarro- Apartir de amanhã rotina normal! Com as recomendações que demos; Vão agir como se nada de diferente tivesse acontecendo! Receber qualquer visita para não levantar suspeita, a menina vai pro colégio normalmente. Afinal,tem gente nossa a cada dois passos de vocês. Então seja pra quem for que peçam ajuda,essa pessoa também entrará na mira da morte! -saiu junto de Afonso e fechou a porta-

Mais tarde~

Poli: Pq acha que o Pendleton disse que é meu pai?
Luísa: -engoliu seco- Poliana?! Acho que esta na hora de saber de uma coisa.
Poli: Então me conta! -curiosa-
Luísa: o Pendleton não mentiu Poliana!
Poli: Como assim? -confusa-
Afonso: -abriu a porta- Desce Luísa! Tem visita.
Luísa: Quem? -assustada-
Afonso: Eu não sei. -a pegou pelo braço fazendo ela o encarar- Aja naturalmente, sem vacilo. Eu estarei o tempo toda aqui com a sua sobrinha! -tom ameaçador- Anda vai! -a colocou pra fora do quarto-

Pens Luísa:

Eu sei que meu rosto esta péssimo, uma noite inteira em claro,assustada,cabelo desgrenhado, com toda certeza não estou nada apresentável. Apenas passei no banheiro do corredor e lavei o rosto.
Me olhei no espelho e percebi uma marca roxa imensa no meu rosto,daquele apertão que aquele covarde deu. Não tem nem como esconder.
Como posso agir normalmente como se nada tivesse acontecendo ? E quem será que esta na porta? Seja quem for,gostaria de verdade que não tivesse vindo.
Abri a porta um tanto roceosa e dei de cara com quem fortemente eu não queria ver ali.

Luísa: Marcelo?! -ele não disse nada,apenas entrou e eu encostei a porta-