Capítulo um

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Olhei dentro dos olhos castanhos avermelhados, que brilhavam com paixão e preocupação de sempre.

Sorri e toquei seu rosto, com uma suave barba cobrindo todo seu maxilar e parte da bochecha. Passei a mão para seu cabelo castanho claro e sentei na cama, puxando o lençol para tampar meu corpo nu.

Olhei para o seu corpo de cima, admirando seu suave bronzeado, com mais músculos e definições que eu já em qualquer homem. Seus braços tão fortes e definidos eram maravilhosos e eu acariciei com a mão, me aproximando mais dele.

Passei minha mão sobre seu forte peito e quase gemi. Continuei acariciando, até chegar à sua barriga muito bem definida, mas não parei até chegar ao lenço de seda branco que cobria apenas parte do seu ventre, mas o volume do seu pau estava presente, mesmo não estando duro.

Ele era um homem além de grande. Em todos os sentindo.

Um homem tão lindo, que eu nem sequer sabia o nome. Como eu queria conhecer ele, mas duvido que possa existir alguém tão perfeito e belo, com feições tão fortes e destacadas.

-Nunca nos falamos. – falei sorrindo triste – Nunca entendo porque eu acordo nua com você.

-Anya. – a voz dele soou rouca e tão perto de mim, que foi como se tivesse sussurrado no meu ouvido e na mesma hora sua imagem começou a embaçar e então sumir.



-Micaela! – sinto alguém me chacoalhar – Micaela! Acorda! Rápido que a mamãe está nos esperando lá em baixo!

Abri os olhos, confusa por um instante e vejo meu irmão Fernando, me olhando com impaciência.

Sorri e acariciei seu cabelo ruivo, idêntico ao da nossa mãe e os olhos castanhos idênticos ao do nosso pai.

-Se acalma Fernando! Eu voltei e vim te salvar Micaela, não se preocupe! – vejo minha irmã mais velha na porta do meu quarto me olhar divertida – E você Fernando, a mãe está te chamando lá em baixo! Quer ajuda pra colocar a mesa, pois hoje é aniversário da nossa irmãzinha aqui!

-Tudo bem! – ele saiu correndo e Camille entrou, olhando pra mim.

-Acabei de descer do táxi, não me condene! – ela falou sorrindo – Pelo menos cheguei a tempo de te dar parabéns!

Ela tinha os olhos azuis da nossa mãe e o cabelo loiro escuro do nosso pai, com uma pele que foi banhada pelo sol, considerando que passou o mês passado inteiro surfando. Certeza que nas primeiras semanas, ficou vermelha que nem camarão, considerando que era tão pálida quanto nossa mãe.

Levantei da cama beliche e olhei pra ver minha irmã de sete anos ainda dormindo no andar de cima. Essa parecia à cópia viva da nossa mãe.

Ruiva, de olhos azuis, com uma pele tão pálida quanto papel e sardas pelo rosto. Ela tinha puxado o forte maxilar do meu pai, e o formato grande dos olhos, iguais aos compridos cílios, que mesmo de olhos fechados se destacavam absurdamente.

-Ei. – virei assustada para Camille e ela sorriu divertida – Vinte e quatro anos em.

-Se os médicos acertaram, então sim. – falei e ela me puxou em um abraço forte, o que eu tive que me abaixar um pouco, considerando seu um metro e sessenta e cinco – E você fez vinte e cinco anos mês passado e não pude nem dar parabéns, então... Parabéns!

Levantei-a do chão, mas acabei caindo pra trás na cama.

-Você é a mulher mais desastrada que eu conheço! – ela riu e se levantou, me olhando de cima, enquanto eu sentava – Fico feliz que entrou pra nossa família.

Redenção - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora