Desculpas não pedem esmola!

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-Mas, você me perdoa?-pergunto tristemente.

-Sim, eu te perdoo, mas para deixar claro que eu adorei conhece-la e quero conhecer mais ainda. Você é incrível, sem palavras. –fala me olhando.

-Então... Por que veio morar neste fim de mundo? –pergunto rindo.

-Não foi uma escolha minha, meus pais queriam se mudar para cá, e eu tive que vir junto. –fala ficando triste.

-Mas você gosta daqui? –pergunto olhando para casa.

-Sim, é um belo lugar, já fiz algumas amizades, como o Stuart, acho que ele é seu primo, não é mesmo? –pergunta me olhando.

-Sim, o Stuart é meu primo, mas na verdade eu nem considero, nossas famílias vivem em conflito, nem eu entendo como fui entrar nessa história. –falo rindo.

-Mas como assim, o que fizeram com você?-pergunta curioso.

-Eu não quero falar sobre isso Noah. É uma longa história e com um acontecimento horrível, infelizmente isso me marcou para sempre e sempre que o vejo isso vem a minha mente. –falo com uma lágrima escorrendo dos meus olhos.

-Calma, não chore, vamos falar de outro assunto. –fala sorrindo.

Limpo minhas lágrimas e fico observando a varanda.

-Quer conhecer mais um pouco da minha casa? –pergunta rindo.

-Não, estou confortável aqui, que tal irmos até a Jane e Jhoseph. –falo encarando-o.

-Tudo bem, venha! –fala levantando-se.

Começamos andar até o rio, grande e extenso, ele é lindo, a areia em sua beirada parece até uma praia de água doce.

-Oi gente, que tal toarmos um banho de rio? –pergunta Jhoseph.

-Podem ir, ficarei aqui na grama. –falo enquanto vejo que todos vão para o rio.

Após alguns minutos, Noah também entra e fico na grama cantarolando algumas músicas.

-Sofia, entre, não vai ficar ai né? –pergunta jogando água em mim.

-Não Jane, estou confortável aqui. –falo tranquilamente.

Jane começa a nadar para um lugar mais fundo e percebo que Noah e Jhoseph aparecem atrás de mim.

-Agora você não escapa, vai entrar, nem que seja a força. –fala me levantando.

Noah e Jhoseph me levam até o rio, não adianta gritar, Jane está longe de mais para me ajudar.

Caio na água e fico encharcada, quando Jane volta para a superfície nota que eu havia sido empurrada pelos dois.

-Você entrou! –fala alegremente.

-Claro que não, fui jogada pelos meninos! –falo rindo.

O tempo passa e percebemos que já é hora de irmos embora, então chamo Jane e nos despedimos dos meninos e vamos caminhando. Porém, no meio do caminho começo a ficar tonta, tudo começa a girar.

-Sofia, por que parou? –pergunta Jane.

-Eu estou tonta. –falo baixinho sem que ela me ouça.

-Sofia, você está bem? Sofia, fala comigo! –fala Jane desesperadamente.

***Desmaio***

Acordo em meu quarto novamente, a porta está fechada e sinto que trocaram minhas roupas molhadas, meu celular está do meu lado.

-Mãe! –grito alto para que ela possa me ouvir.

De repente, Jane entra em meu quarto e percebo que ela também já trocou de roupa.

-Sofia, acordou? –pergunta Jane.

-Sim, mas onde estou? Ou... O que aconteceu? –pergunto confusa.

-Inicialmente, você desmaiou no caminho por conta do remédio, não era para você entrar em uma adrenalina daquelas no rio, me desculpe. –fala Jane.

-Tudo bem, mas termine de me explicar. –falo olhando em seus olhos.

-Quando estávamos saindo da casa de Noah, você sentiu-se tonta e desmaiou, então chamei Noah imediatamente, e ele lhe trouxe até a sua casa. –fala triste.

-Ele ainda está aqui? –pergunto assustada.

-Não Sofia, ele já foi, não queria te incomodar. Seus pais ficaram muito agradecidos. –fala Jane séria.

-E onde estão meus pais? –pergunto com dúvida.

-Eles estão lá em casa, ai vim correndo para cá. –fala sorrindo.

Percebo que depois de alguns minutos, meus pais retornam.

-Sofia, amanhã vamos para a cidade vizinha, em Monte Castelo, você virá junto. Iremos até o psiquiatra. –fala minha mãe.

Fim do décimo terceiro capítulo!

Ao acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora