Capítulo 7

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Atualmente
Chicago, 24 de dezembro de 2011

Dinah estava na casa dos pais fora da cidade quando veio um telefonema dizendo que Chip fora levado ao hospital. A pessoa que ligou informou a ele que o senhor havia ido lá fora para ajudar depois de um acidente, e que o esforço para desatolar o carro da neve aparentemente lhe causara um enfarte.

O policial que ligou não tinha mais informações, mas aquilo foi o suficiente para fazer Dinah retornar à cidade. Ela não tinha os números dos outros guardas consigo, nem poderia ter certeza de que eles conseguiriam entrar no escritório. Ela não fazia ideia se Chip ao menos havia trancado as portas principais quando saíra para ajudar o motorista, então alguém precisava ir até lá. E a bola sempre caía na mesa do chefe.

Ir dirigindo seria terrível, e ela já sabia que teria de passar a noite inteira no escritório. Felizmente Stella havia providenciado o sofá-cama. Além disso, ao passo que todos estavam decepcionados, especialmente sua irmã, que havia acabado de chegar com a família para passar as festas de fim de ano, Dinah não podia negar que não se importava por abandonar toda aquela alegria natalina. Ela não conseguia parar de pensar em Normani, e quanto mais tempo permanecia ali, mas havia chances de alguém notar isso. Ela simplesmente não estava no clima para dar explicações a um pai ou sobrinho barulhento.

Eram quase 2h quando ela chegou lá. A viagem levara três horas exaustivas e estressante. Os arados mal eram capazes de dar conta da neve espessa, ela recebera alguns olhares de bronca de alguns dos motoristas quando os seguira pelos trechos recém-arados da estrada.

O estacionamento particular não estava arado, é claro, e Dinah estava feliz por estar dirigindo um utilitário esportivo monstruoso com tração capaz de limpar as áreas com uns 30cm de neve.

Estacionando, ela se agasalhou, então saiu, o corpo imediatamente golpeado pelo vento intenso. O vento uivava estranhamente na noite e a neve parecia estar se movendo em todas as direções, para cima, para baixo, para os lados. Não que desse para ver muita coisa diante do rosto, e Dinah percebeu o motivo de repente.

Não havia luz. Em lugar nenhum.

Blecaute. Maravilha.

Felizmente, o prédio era bem isolado e muito quente. Ela tinha alguns cobertores extras para o sofá; ficaria bem durante a noite, e com sorte a energia estaria de volta de manhã. Se encurvando contra o vendo que tentava derrubá-lo a cada passo, Dinah seguiu pela neve úmida até a entrada, encontrando as portas trancadas. Ela possuía uma chave mestra, e a usou para entrar. As luzes de emergência conferiam pouca iluminação ao saguão, e ela seguiu cuidadosamente até a mesa do segurança, sabendo que havia algumas lanternas industriais armazenadas ali. Pegando uma, ela seguiu para as escadas, marchando de volta pelos seis andares poucas horas depois de tê-los descido em disparada. Subir, definitivamente era mais demorado.

Assim que chegou ao seu andar, estava pronto para dormir. Aparentemente ainda ia nevar por mais uns dias, então ela teria muito tempo para trabalhar. Agora, estava exausta, física e emocionalmente, e só queria dormir.

Uma vez dentro do escritório, em território familiar, Dinah desligou a lanterna. Esperava que a luz retornasse no dia seguinte, mas se não acontecesse, desejava poupar a bateria. Espreguiçando-se, ela tirou o casaco molhado e removeu os sapatos, então cruzou o escritório até a pequena área reservada.

Dinah se movimentava cautelosamente; estava ainda mais escuro naquele canto, pois não havia janelas. Ela ainda conseguiu a façanha de bater na quina do sofá-cama, e murmurou um xingamento.

Então, feliz pelo dia ter terminado, e por não poder ficar mais louca, ergueu as cobertas e se deitou.

Um barulho cortou o silêncio. Um suspiro baixo.

The Emotions - Norminah (Dinah G!¡P)Onde histórias criam vida. Descubra agora