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Chicago, 25 de Dezembro de 2011Normani acordou na manhã de Natal se sentindo bem, quentinha e confortável. E aquilo não era só por causa da mulher nua, incrivelmente linda e sexy deitada junta a ela, mas também porque a ventilação logo acima do sofá cama estava soprando um ar quente e constante.
A energia elétrica voltou. Aleluia.
Ela ficou deitada ali durante alguns minutos, mas também um pouco triste. Energia elétrica era bom. Ótimo, na verdade. Mas sinalizava uma coisa: um retorno à normalidade. O mundo real estava batendo às portas do pequeno ninho de amor delas, lembrando-as de que na verdade aquele espaço era um edifício de escritórios de seis andares em Chicago.
Durante 36 horas elas conseguiram fingir que o restante do mundo não existia. Agora que tinham luz novamente, estavam a apenas um telefonema de distância de todo mundo.
Normani devia aproveitar isso é telefonar para Sam, que talvez estivesse preocupado. Com sorte, ele teria estado ocupado demais para tentar contatá-la. Mas no mínimo ela precisava ligar para ele e lhe desejar feliz natal, ou pelo menos um bah, que bobagem!
Ela se perguntava se o Natal iria ser feliz para ela. Antes de ontem, ela teria tido de tal ideia. Agora, no entanto, honestamente, não tinha certeza.
Provavelmente seria inteligente impedir mais perdas, agarrar-se à lembrança do presente que ela já havia recebido neste ano, e sair enquanto a coisa estava indo bem. Ela e Dinah haviam compartilhado uma véspera de natal fantástica pela segunda vez na vida dela. Mas elas já haviam provado uma vez que não tinham como fazer durar muito além disso. Então que tipo de tola seria ao deixá-la voltar ao seu coração outra vez, do mesmo jeito que ela permitiria que Dinah voltasse aos seus braços?
Qualquer um poderia criar uma lembrança adorável e romântica das festas de fim de ano e um pouco de neve. Elas nunca tinham tentado existir no mundo real.
E talvez não devessem. Talvez não fossem destinadas a isso.
Entristecida por aquela ideia, Normani se sentou, lentamente e se espreguiçou. Ela espiou a parede de janelas, olhando por cima do ombro de Dinah, e percebeu que não apenas havia parado de nevar, como o céu está a tentando ficar azul e ensolarado. Também havia um som distinto, algum tipo de motor nos arredores.
Curiosa, ela saiu da cama e foi até a janela, que dava vista para o estacionamento. Para sua surpresa, já estava quase todo limpo. Um caminhão com um arado estava trabalhando no lote, e uma mini escavadeira estava cuidando dos montes de neve nas calçadas.
- Droga - sussurrou ela. Agora não apenas estavam eletronicamente conectados ao mundo, como o status "isoladas pela neve" estava prestes a mudar também. A aventura do feriado particular havia chegado ao fim.
- Feliz Natal - disse Dinah da cama, a voz rouca do sono.
Embora ela quisesse responder de forma gentil, as palavras ficaram um pouco presas na garganta, a qual foi se apertando a cada segundo desde que ela acordará.
- Bom dia.
- Está mais quente aqui, ou é só porque estou olhando pra você nua?
Ela riu baixinho e voltou à cama, se abaixando para beijar Dinah enquanto engatinhava para ficar ao lado dela.
– A energia voltou. E o estacionamento está quase limpo.
Dinah franziu a testa.
– Lembre-me de demitir aquela empresa de limpeza de neve.
Dinah não soava nem um pouco mais feliz do que Normani sobre ser “resgatada”. Talvez porque, tal como ela, Dinah não tinha certeza do que iria acontecer quando elas retornassem à realidade.
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The Emotions - Norminah (Dinah G!¡P)
FanficSeis anos haviam se passado desde que Dinah Jane e Normani Kordei tiveram um Natal muito quente em Manhattan. Nessa época, Dinah era apenas uma garota com corpo definido e um cinto de ferramentas, e Normani, uma ousada estudante de fotografa. Alguns...