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Skylar Stevens

Em todo o mundo, existem dois grupos de pessoas: as pessoas sensíveis e as pessoas insensíveis. Sinceramente, não sei em qual grupo me encontro. Mas também, o que interessa? Na sociedade de hoje em dia, existem em maior grupo, as pessoas más e insensíveis. Umas pelo seu passado, outras porque nasceram assim e assim ficarão, e maior parte delas são motivadas a isso. As pessoas boas sabem ajudar e sempre que podem fazer algo para salvar alguém de si próprio, sabem que vale a pena tentar e não desistir, mas chega a um certo ponto que quando são as pessoas boas a precisarem de ajuda, ninguém está disponível para salva-las. E isso é o mal na sociedade de hoje. Agora todos se preocupam só e apenas consigo e poucos são aqueles que se preocupam com os outros.

Molly seria enquadrada no grupo das pessoas más e insensíveis. Ela destruiu a minha amizade com Luke e, apesar disso, usou-me para fazer as suas vontades e depositar as suas frustrações em mim. Talvez fosse apenas maldade, mas sendo isso ou não, eu sofri e eu só gostaria de esquecer que tal coisa aconteceu comigo.

- Mas estas criaturas não sabem por onde andam? Arg! - ouço a sua voz irritante, pela primeira vez em muito tempo.

- Talvez devesses abrir os olhos e veres por onde andas. Ninguém tem culpa de não saberes onde pões os pés. - sorri, irónica, mas logo me apresso-me a pegar no braço de Blue, que tremia como tudo, para continuarmos o nosso caminho.

- Vejamos só quem nós temos aqui... - ela observa-nos de alto a baixo. - Vejo que nenhuma de vós mudou. - um riso histérico e irritante soa nos meus ouvidos. 

- Desculpa mas eu tenho mais que fazer do que ficar aqui a ouvir-te. Não tens uma vida para tratar?!

Pergunto a todos os santinhos que mal fiz eu para merecer isto. O que está esta lambisgóia a fazer na minha escola?!

- Que assanhada que ela está. O Luke ia adorar ver-te, querida! - ela sorri, brilhando de malícia. 

- Oh, que bom! Manda-lhe comprimentos. - revirei os olhos e peguei no braço de Blue, puxando-a.

Não percebi o que a criatura quis dizer com «vejo que nenhuma de vós mudou». Ao que parece, Molly e Blue também se conhecessem. No entanto, a raiva dentro de mim cresce mais e mais, fazendo-me não pronunciar uma única palavra.

Em pouco tempo, e em passo apressado, chegámos à secretaria onde os rapazes já se encontravam a ver os seus horários, assim como já tinham as chaves dos respectivos cacifos nas mãos.

Faltam cerca de cinco minutos para o toque de entrada tocar, então despachamos-nos a pedir o horário e a chave do cacifo, ainda sem ter falado com os rapazes. Chegámos perto deles, verificando a nossa turma. 

- Oh, parece que desta vez não estamos destinados... - Calum soa triste, quando concluímos que as nossas turmas são diferentes das deles.

- É, parece que não... - suspiro. - Podemos sempre vermos-nos nos intervalos e horas de almoço! - tento animá-los, fazendo um pequeno sorriso curvar-se nos meus lábios.

- Sim, é verdade! Não desanimemos! - Michael diz, utilizando o seu sorriso.

Vai ser complicado habituar-me a não os ter por perto.

Caminhamos então, em direcção aos cacifos procurando pelo número de cada um. Quando encontrámos, metemos os nossos skates lá dentro e o material que não iríamos utilizar, por agora. Os cacifos são suficientemente grandes para metermos os skates lá dentro, o que facilita imenso.

Depois de alguns segundos em silêncio, eu observo as horas no relógio da parede sabendo que está quase na hora de entrar. 

- Então, vemos-nos no intervalo... – sorri de boca fechada, querendo aliviar o stress.

Skaters || Luke Hemmings [A EDITAR]Onde histórias criam vida. Descubra agora