12. Melhor que uma Malfoy

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- 𝓥ocê e o Weasley, huh? - Gale saltou ao ouvir a voz doce de Daphne em seus ouvidos. - Está querendo causar polêmica?

Gale ainda estava parada no lugar em que estivera conversando com Fred, tão absorta ao resto dos alunos que nem sequer percebera que a maioria estava desviando dela para poder passar. Daphne tinha um sorriso malicioso ao seu lado, e Tracey estava com ela, apesar de estar ocupada demais acompanhando Krum com o olhar para notar qualquer outra coisa.

- O que você quer dizer?

- Uma sonserina, Black e Gaunt, puro-sangue, com um traidor do sangue?

- Primeiro: um traidor do sangue? - ela franziu a testa, seguindo em direção à mesa da Sonserina. - Segundo: "com"? Conversei com ele apenas duas vezes.

- Os Weasley são conhecidos em todo o mundo bruxo por se envolverem com sangue-ruins. E você estava olhando encantada para aqueles fios flamejantes. - Daphne piscou e continuou a puxar Tracey pelo braço.

- Ah Merlin! Eles estão indo para a nossa mesa! - Tracey exclamou, parando de repente, antes que Gale pudesse responder. - Como eu estou?

- Maravilhosa, Tray. - Daphne revirou os olhos. - Em todo o caso, não vejo nada de ruim nele; muito pelo contrário...

- OK, Daphne. Entendi. - Gale a interrompeu, quando estavam chegando à mesa. - Weasley e eu não temos nada além de uma antipatia de minha parte que, aparentemente, não é recíproca.

Enfim sentadas à mesa da Sonserina, Gale percebeu que os alunos de Beauxbatons haviam se juntado aos corvinos, e Draco, Crabbe e Goyle conversavam animados com os alunos de Durmstrang, que pareciam achar interessante o teto estrelado e os cálices de ouro. Tracey acabara sentada em frente a um dos hóspedes, que a cumprimentara e ela quase não conseguira responde-lo. Filch acrescentara mais cadeiras à mesa dos professores que ainda estava vazia. Depois que todos os estudantes tinham entrado no salão e sentado às mesas das Casas, vieram os professores, que se dirigiram à mesa principal e se sentaram. Os últimos da fila foram o Prof. Dumbledore, Igor Karkaroff e Madame Maxime. Quando a diretora apareceu, os alunos de Beauxbatons se levantaram imediatamente. Alguns alunos de Hogwarts riram. A delegação de Beauxbatons não pareceu se constranger nem um pouco e não tornou a se sentar até que Madame Maxime estivesse acomodada do lado esquerdo de Dumbledore. Este, porém, continuou em pé e o Salão Principal ficou silencioso.

- Boa noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes - disse Dumbledore sorrindo para os alunos estrangeiros. - Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa. O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete. Agora convido todos a comer, beber e se fazer em casa!

A comida que surgiu à frente deles era ainda mais volumosa que de costume. Aparentemente, muitos pratos estrangeiros também haviam sido inseridos no cardápio, tanto do prato principal como da sobremesa, em que se viam diversos pudins diferentes. Depois que os pratos de ouro foram limpos, Dumbledore se levantou mais uma vez. Neste momento, uma agradável tensão pareceu invadir o salão.

- Chegou o momento - disse Dumbledore, sorrindo para o mar de rostos erguidos. - O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente, gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia - só então Gale percebeu que haviam mais duas pessoas sentadas à mesa dos professores -, e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.

Ao ver Crouch, Gale revirou os olhos lembrando de quando ele suspeitara que ela, Rolf, Harry, Rony ou Hermione tinham conjurado a Marca Negra na Copa Mundial de Quadribol.

A Última Gaunt [EM HIATO]Onde histórias criam vida. Descubra agora