《10》

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(MEREDITH)
  Recebi uma proposta muito interessante de Cristina e logo de cara aceitei. Depois de tudo que havia acontecido, a morte de Derek, o melhor para as crianças era mudar de realidade por um tempo... MEU DEUS AS CRIANÇAS!
Não havia tido tempo de contar a elas sobre a morte do pai.
  Desci até a creche onde as crianças estavam, Zola e Bailey vieram correndo me abraçar. Depois do abraço, Zola olhou para meus olhos e me perguntou:
  - O que aconteceu, mamãe?
  - Filha... papai sofreu um acidente - respondi
  - Oh! Ele está machucado? - perguntou ela
  - Ele estava.
  - Os médicos estão consertando ele? - continuava perguntando Zola
  - Não mais - respondi, começando a chorar
  - Então você deve ir lá e consertar ele! - Disse Zola, desesperada
- Eu não posso filha!
- Por que?
- Porque ninguém pode consertar ele. Papai morreu, Zola.
  Na hora que terminei de dizer essas palavras, Zola e Bailey correram para meus braços, chorando. Zola estava desesperada e arrasada, já Bailey como é pequeno ainda não entende muito bem o que está acontecendo.
  Após acalmar as crianças, tive de deixá-las com a assistente social pois ainda tinha mais um trabalho a fazer, desligar o suporte de vida do amor da minha vida. Cheguei no quarto onde Derek estava. Estava todo machucado, com uma faixa na cabeça (como a de alguém que passou por uma neurocirurgia), entubado e com uma expressão sem vida.
  Amélia, irmã de Derek, estava a seu lado, chorando e me olhou quando entrei no quarto. Logo após a minha chegada, uma enfermeira entrou pela porta e nos perguntou:
  - Estão prontas? - perguntou para mim e para Amélia
  - Não, mas pode continuar - respondi a enfermeira, em prantos novamente
  A enfermeira iniciou o processo, estendeu um papel debaixo do queixo de meu marido, foi atrás de sua cama e desligou um dos aparelhos, voltou para seu lado e começou a tirar o esparadrapo que segurava o tubo que respirava por ele, quando eu gritei:
  - ESPERE! Por favor, me de um minuto - disse a enfermeira, fazendo ela se afastar do leito de meu amor.
  - Derek, está tudo bem, você vai, nós ficaremos bem. - disse a ele, chorando mais do que nunca e sentindo uma sensação de vazio no peito.
  Chamei a enfermeira, que continuou o processo, desligou a máquina que respirava por ele, terminou de tirar o tubo e se afastou. Os batimentos cardíacos dele foram caindo muito rápido, até ele dar seu último e profundo suspiro e o monitor apitar, indicando o fim de sua jornada:
  - Hora da morte, 03:45 - anunciou a enfermeira.j

(CRISTINA)
  Após a proposta feita por mim, Meredith falou que iria desligar o suporte de vida de Derek.
  Depois de um tempo, fui atrás dela. Achei ela chorando em uma maca, em um canto do hospital. Fui até ela, que já me falou:
  - Não fale nada a respeito de Derek comigo, pelo menos hoje não.
  - Ok. Só queria te avisar que consegui passagens para Zurique para hoje a noite, vou até sua casa arrumar tudo seu e das crianças para irmos, ok? - disse a ela
  - Ok. Ficarei aqui até o horário de você me buscar.
  Sai de lá, dando privacidade a ela e liguei para Owen...

E se? // CrowenOnde histórias criam vida. Descubra agora