10- Brilho de maçã (P2)

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*POV  ANDELISE*

Ele parecia ter tomado outro tapa na cara.

- Kile. Você está bem? Olha se não sentir o mesmo eu não me importo podemos continuar nossa amizade normal.

Fui interrompida por seus lábios encostando nos meus.

Eu não sabia o que fazer, me senti travada, impotente, diante dos seus atos.

Kile parou de me beijar e me olhou com seus olhos castanhos, pegou minhas mãos e levou para o seu pescoço, sem tirar os olhos de mim, tocou minha bochecha, e voltou a me beijar devagar, minhas mãos não ficaram muito tempo no pescoço, logo subiram para os seus cabelos.

Santo Deus, seus lábios eram macios e delicados, tinham gosto de torta de morango e cookies de chocolate que comemos no café da manhã.

Quando o ar acabou nos separamos devagar, demorei para abrir os olhos e sorri com o fato de ter tido um primeiro beijo incrível.

- Como conseguiu isso? – Perguntou.

- Isso o que? - Eu disse com a voz ofegante.

- Ter gosto de maçã, seus lábios têm gosto de maçã. - O senti sorri com o comentário, abri os olhos devagar e encontrei seus olhos castanhos me encarando.

- Ideia da Misty, brilho labial feito com suco de maçã de verdade. - Disse repetindo o que estava escrito no rótulo.

- Gostei disso. - Afirmou, nossas respirações finalmente voltaram ao normal.

- Eu também gostei disso. - Disse olhando em seus olhos castanhos escuro.

Ele atacou meus lábios novamente, sempre com as mãos na minha cintura e nuca, fomos interrompidos novamente pela falta de ar.

- O que vamos fazer agora? - Ele perguntou sem se afastar de mim.

- Se unir. Porque vai ter muita gente apoiando contra nós. - Disse e ele franziu o cenho.

- Quem?

- O Parlamento, eles são contra a esse tipo de união, sempre querem sobrenomes reais envolvendo tudo. E outra se nós conseguimos ganhar o Parlamento, vamos ajudar os nossos irmãos.

- O Brian e Annabel... - Ele começou.

- E Katherine e Kaden. - Completo sua fala. - São novos ainda, mas quem sabe, não é? Pediram nossa ajuda e nós vamos dar.

- Quando você começou a gostar de mim Lise?  Você nunca mostrou nenhum interesse. - Ele disse.

- Eu não sei. Hoje quando a Misty me chamou no quarto ela disse que eu estava chateando você, e que eu devia deixar você livre já que eu não te amava de verdade, aí eu fiquei com raiva e a gente brigou, depois da briga ela disse que conseguiu o que queria, me mostrar que eu estou apaixonada por você, eu fiquei tipo em um filme sabe? Todas as lembranças passaram de uma forma diferente na minha cabeça.

- Eu amo a minha amiga. - Ele disse, me puxando para mais para si.- Ela abriu os seus olhos. - Depois de um tempo em silêncio ele continuou. - Sabia que eu estava tentando me declarar para você?

- Sério? – Perguntei.

- Sim. Mas não tive originalidade o suficiente para um pedido descente, ainda bem que foi você que veio falar, se não seria um pedido todo cágado cheio de gagueira e suor.

Eu sorri com as suas comparações.

- Vamos contar para nossos pais? - Falei e ele concordou com a cabeça. - Eu chamo meus pais e ele você os seus, na biblioteca ok?

Sonhos Reais, Primeira Parte (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora